Eu sou cheia de fases.
Eu amava escrever tudo o que eu vivia, até descobrir o que é viver de verdade. E aí eu descobri também que a realidade é mil vezes melhor do que aquilo o que eu escrevia e descrevia, e que a vida sempre pode te surpreender um pouco mais a cada dia, que as coisas quase nunca são do jeito que você imagina. E o amanhã pode ser sempre melhor na vida real do que nos seus sonhos se você não colocar tanta expectativa em cima dele.
As minhas diversas fases me ensinaram a aprender com os meus erros. E das diversas vezes que eu já errei, aprendi também a pedir desculpas e dizer: "Sim, eu errei, mas reconheço e quero tentar outra vez", porque não há nada melhor do que se redimir consigo mesmo. E mesmo que as minhas fases sejam muitas, e que muitas vezes eu não reconheça nem a mim mesma, uma hora eu sempre volto para aquela de sempre... Uma menina confusa e complicada demais, mas que tem consciência disso e não vê problemas em conviver com uma mente bagunçada e imprevisível demais.
Uma pessoa (que é muito incrível e me fez o favor de entrar na minha vida para ficar) sempre me repete o seu mantra: "Uma coisa de cada vez, e tudo ficará bem". E eu nunca tive tanto a certeza de uma coisa quanto eu tenho disto: mesmo que as fases sejam infinitas, e que eu não consiga me estabilizar como uma só, as minhas mudanças sempre irão me reinventar, e eu sempre vou me adaptar. E até hoje, desde que me entendo por gente, eu sempre amei recomeçar, recriar-me, renascer. Afinal, é como li uma vez em uma pichação de um muro no centro da cidade: "Todo fim significa, também, um recomeço. Uma história precisa terminar para que outra melhor aconteça.".