Com certeza você já escutou uma música e se deixou levar pela imaginação, imaginando cenas, ou mesmo que aquela canção poderia ser a trilha sonora do seu casal favorito. E quando a gente ver a letra e percebe que tem uma baita história embutida ali? Não fica difícil criar toda uma narrativa, não é? 
Pensando nisso, escolhi fazer esse post com ótimas músicas que com certeza podem servir de inspiração para alguém (ou não). Pelo menos eu adoro escrever com música. Elas me botam no clima da história e me contam mais sobre os personagens. 

Goodnight n go, Ariana Grande

                     

A Ariana tem músicas maravilhosas e sou meio suspeita de falar, mas fiquei viciada nessa em especial, e ela daria um ótimo enredo. Digamos que aqui temos um casal cheio de químicas, joguinhos e que simplesmente não querem admitir que o sentem um pelo outro, mas dão qualquer desculpa para ficarem juntos.

From the dining table, Harry Styles 


                       

Essa música por si só já tem todo o roteiro pronto, amados. E ela é pra você ficar em posição fetal pensando porque a vida é tão cruel. Mas vamos pra nossa narrativa aqui: temos um casal complicado. Eles estão separados, talvez tenham tido uma recaída nesse meio tempo, mas dói muito, sabe? Porque eles se amam ainda e se veem tentando começar outros relacionamentos mas todos os seus pensamentos insistem em voltar um para o outro. E por mais que agora estejam separados eles ainda conseguem ter alguma esperança de se reencontrarem algum dia e se perdoarem por toda a dor que causaram. 

Furta-Cor, Scalene e Xênia França

                      

Escolhi essa em especial não só porque eu adoro ela, mas porque ela trás diferentes perspectivas e interpretações. Essa é uma forma maravilhosa de ver, pois assim ela pode ser inspirada por muitas perceptivas. Pode falar sobre os demônios internos, as incertezas, o caos, seja de um relacionamento a dois ou de você consigo mesmo. 

Tua canção preferida, Bryan Behr 

                      

Essa eu particularmente encontrei no processo de pesquisa deste post e achei ela incrível e perfeita para uma road trip. Então ela seria perfeita para aquela viagem de emergência entre amigos, talvez depois de um dos personagens ter perdido o voo para uma conferência e precisar ir de carro. Desde modo, com o rádio num volume rádio eles se apaixonam cada vez mais (também poderia ser um ex-casal, ou um casal brigado) 


E é isto, gente. Quis trazer algo mais diferente e com duas coisa que amo: livros e música. E também porque às vezes a gente escuta algo legal, tem uma inspiração fantástica e não ponhe no papel, então a dica da coach aqui hoje é: escreva. Só você pode pode criar essa história que parece ser tão legal. Por que não começar agora? 


                                                                                   




Autor(a): Sarah J.Maas
Editora: Galera Record 
Nº de páginas: 238
Narração: 1ª Pessoa 

Sinopse: 

O aguardado spin-off da série Corte de Espinhos e Rosas. Feyre, Rhys e seu círculo íntimo de amigos ainda estão ocupados reconstruindo a Corte Noturna e tentando manter a paz, conquistada a base de muito esforço e perdas pessoais, após a queda da muralha. Mas o Solstício de Inverno finalmente está próximo e, com isso, um alívio merecido. Compras, festas, celebração e a promessa de dias tranquilos.
A atmosfera festiva não consegue, entretanto, impedir que as sombras da guerra se aproximem. Em seu primeiro Solstício como Grã-Senhora, Feyre ainda lida com os horrores do passado recente e percebe que seu parceiro e sua família têm mais cicatrizes do que ela esperava - cicatrizes que podem impactar o futuro, e a paz, de sua Corte. 


Corte de Gelo e Estrelas é aquele livro pra gente dar uma respirada e matar a saudade dos personagens maravilhosos criados por Sarah, depois de uma longa jornada cheia de acontecimentos e reviravoltas que causaram um turbilhão de sentimentos nos leitores (pelo menos em mim, né). Mas não pense que não passaremos por fortes emoções aqui, afinal, a Sarah não dar descanso para ninguém! 
Diferente dos outros livros, neste temos a oportunidade de conhecer a narrativa de outros personagens de forma aprofundada, com capítulos focados neles, e para mim os mistérios e as dúvidas que os cercam são o ponto alto do livro.  
Lógico que Feyre e Rhys continuam sendo a peça chave da história e vemos de uma forma muito sensível as cicatrizes invisíveis que os dois tem e como eles tentam levar suas vidas mesmo marcados. Além disso, a relação deles é posta de uma maneira menos intensa e podemos ver as minucias do relacionamentos dos dois e é lindo ver a felicidade que um trás para o outro, dando amor, apoio, respeito e construindo um futuro juntos. Enxergar toda essa vulnerabilidade deles os trouxe muito mais para minha vida.
"— Eu preciso criar, ou seria tudo por nada. Eu preciso criar, ou vou desabar de desespero e jamais deixarei a cama. Eu preciso criar porque não tenho outra forma de expressar isto. — A mão dela repousou sobre o coração, e meu olhos arderam. —  É difícil — disse a fêmea, sem que seus olhos deixassem os meus —, e dói, mas se eu parasse, se deixasse que este tear e a lançadeira se calassem...— Ela por fim tirou os olhos de mim para olhar para a tapeçaria. — Então não haveria Esperança brilhando no Vazio." Capítulo 15

Mas realmente o destaque está para a figura da Nestha e do Cassian. Como eles tem química, meu pai! Faz com que a gente leia super rápido, praticamente correndo os olhos sobre as páginas. A Nestha por si só já é uma personagem muito interessante e o contraste que ela tem com ele torna as coisas febris! Ver ele com raiva e ao mesmo tempo louco por ela fez a leitura toda valer a pena. Eles tem um potencial gigantesco e espero de coração que a Sarah os explore definitivamente em outros livros. 
Não poderia deixar de falar também de Elain e de sua relação com Lucien que me deixa muito agoniada! Meu Deus, que nervoso que me dá esses dois. Mas super acho que eles deveriam se pegar pra só ver como é. Não deixando de fora o Azriel que tornou isso praticamente em triângulo amoroso. E eu fico doida, louca com isso tudo. Preciso de um desfecho na minha mesa agora. Também tenho pena do Lucien, coitado, só se lasca. O Azriel também. Eu super cuidaria deles, sem problema nenhum. 
E a Mor e a Amren são icônicas. Só isso a dizer. Elas são personagens super carismáticas e que possuem camadas e mais camadas para serem exploradas. Além disso, toda a discussão que os livros trouxeram ao longo dessa jornada foram essenciais para torná-los não apenas fantasia, mas uma história que pode causar um real impacto nas pessoas.
Enfim, me apaixonei completamente por todo esse universo e é muito difícil dizer adeus, mesmo que temporário, para personagens que se tornaram meus amigos, que me fizeram sorrir, ficar nervosa, triste e além de tudo, me fizeram feliz. Tenho muito orgulho de ter essas pessoinhas como amigas. 

                        

 






Autor(a): Sarah J. Maas 
Editora: Galera Record
Nº de Páginas: 683
Narração: 1ª Pessoa

Sinopse: O esperado terceiro volume da série best-seller Corte de Espinhos e Rosas, da mesma autora da saga Trono de vidro. Em Corte de Asas e Ruína a guerra se aproxima, um conflito que promete devastar Prythian. Em meio à Corte Primaveril, num perigoso jogo de intrigas e mentiras, a Grã-Senhora da Corte Noturna esconde seu laço de parceria e sua verdadeira lealdade. Tamlin está fazendo acordos com o invasor, Jurian recuperou suas forças e as rainhas humanas prometem se alinhar aos desejos de Hybern em troca de imortalidade. Enquanto isso Feyre e seus amigos precisam aprender em quais Grãos-Senhores confiar, e procurar aliados nos mais improváveis lugares. Porém, a Quebradora da Maldição ainda tem uma ou duas cartas na manga antes que sua ilha queime.

Encerrar uma série é sempre difícil, e apesar de saber que ainda existe uma novel sobre o universo para ler, já me sinto meio órfã (Na realidade, não mais. Pois vi que vão sair mais livros. Vamos todo mundo gritar!!!). Acompanhar Feyre nessa jornada tão mirabolante e apaixonante foi extremamente gratificante e uma das minhas melhores experiências literárias. 
Em "Corte de Asas e Ruína" temos a ascensão da guerra. Então, a gente já sabe que em algum momento vai rolar tiro, porrada e bomba. Porém, imaginei que o ritmo do livro seria mais agitado, com pancadaria do início ao fim, só que isso não acontece, e as porradas mesmo ficam mais pro final da narrativa. 
"— Porque você é minha igual — explicou ele. — E por mais que isso queira dizer que apoiamos um ao outro em público, também quer dizer que concedemos um ao outro em público, também quer dizer que concedemos um ao outro o dom da honestidade. Da verdade." Página 197
Isso significa que a trama percorre por um meio político e nos apresenta Prytian e seus Grão-Senhores por completo. O que foi interessante por nos permitir conhecer as outras Cortes, ampliar a mitologia e causar empatia pelos personagens. Porque para mim esse é o grande segredo da escrita da Sarah: conseguir fazer com que nos apaixonemos pelos personagens, da mesma forma que consegue que os odiemos. De uma forma que ela não os deixa perfeitos e sim reais. Todos ali tem suas cicatrizes e importância. 
E é visível esse desenvolvimento nas irmãs de Feyre: Nestha e Elain. Principalmente em Nestha. As duas não haviam sido tão exploradas nos dois primeiros livro e admito que tinha um certo ranço da Nestha. Mas neste elas são bem mais exploradas e conseguem muitas vezes roubar o protagonismo de Feyre. 
Afinal, o papel delas e principalmente de Nestha são o tema central do livro para mim. Ambas depois de despedaçadas, violadas, são o começo da reconstrução da família de Feyre há tanto tempo destruída. 




Existem muitas alegorias em torno nas duas, desde de como foram Feitas no livro anterior. Estas alegorias, representações, são uma das coisas que existem de melhor na saga criada por Sarah J. Maas. Pois apesar de ser uma fantasia, ela discorre sobre preconceitos, machismo, violência e tantos outros assuntos que precisam ser sentidos e discutidos pela sociedade. 
     "Não sabia por quanto tempo minhas irmãs e eu tínhamos nos deitado ali juntas, da mesma forma como uma vez dividimos aquela cama entalhada naquele chalé em ruínas. Então...Naquela época, nos chutávamos e revirávamos e lutávamos por um pouco de espaço, algum respiro.       Mas naquela manhã, conforme o sol nascia pelo mundo todo, nós nos seguramos com força. E não soltamos." Página 571
Voltando a conclusão da guerra do rei de Hybern. Somos presenteados com inúmeros momentos de: Meu Deus, o que tá acontecendo aqui? Além de gritar de estéria e felicidade em certas ocasiões. E chorar também. Amados, chorei largada, viu. Meu emocional foi até lá em cima com as últimas páginas, como se alguém tivesse me levando numa montanha russa muito louca. Isso para mim é uma das melhores coisas que uma experiência literária pode causar, te levar aos extremos e se infiltrar na sua pele. 
Apesar de o segundo livro ser o meu preferido, simplesmente não consigo dar uma nota menor que 5 luas depois de ter sido levada nessa trajetória tão maravilhosa. Fazia um tempo que não me tornava tão apegada a vários personagens e me sentia parte de uma família como me senti aqui. Espero reencontrá-los sempre.