"Parece que existe um rio entre nós, e não sei como construir uma ponte."

Eu mal conseguia esperar o livro acabar para vir correndo falar sobre ele. Aproveitando o isolamento e os eBooks gratuitos disponibilizados pela Amazon, baixei vários deles e o da vez foi esse. A escolha foi aleatória, visto que baixei muitos, mas um pouco depois de começar a leitura, conversei com a Isabelle e ela me disse que não tinha baixado ainda porque havia lido algumas críticas e o livro não era tão bem avaliado quanto se espera. Quão grande foi a minha surpresa quando, ao terminar de ler, eu percebi que amei o livro? 

99 Dias: 1 complicado amor de verão

Autora: Katie Cotugno
Editora: Rocco
Ano de publicação: 2014 (Publicado no Brasil em 2018)
Número de páginas: 384
Narração: Narrador-personagem, 1ª pessoa
Título original: 99 DAYS

Sinopse: Será que um erro pode definir quem você é? Molly Barlow traiu seu namorado. Com o irmão dele. E a mãe dela fez o favor de escrever um livro contando a sua história, que deveria ser um segredo entre elas. Um livro que se tornou bestseller, e que virou a vida de Molly de cabeça para baixo. Para fugir da espiral de ódio e fofoca que suscitou em Star Lake, a garota decide viver um ano fora, num internato. Mas quando volta à cidade no verão, para passar os 99 dias que faltam até entrar para a faculdade, ela tem que acertar as contas com aqueles que lhe fizeram mal e tentar resgatar os laços com quem era especial para ela. Autora do bestseller Duas Vezes Amor, também publicado pela Rocco Jovens Leitores, Katie Cotugno conta a história de Molly Barlow em 99 capítulos - ou dias - de leitura vertiginosa, em que aborda temas como amor, traição, culpa e perdão.

Várias coisas nesse livro me fizeram engolir as páginas pela ansiedade de saber como seria o desenrolar das coisas. E, certamente, uma das melhores coisas foi a personagem principal, Molly, que nos conta sobre como decorreram os 99 dias que antecedem sua nova vida, saindo de sua cidade, onde todos a odeiam e fazem questão de deixar claro que ela não é bem-vinda.
Molly Barlow cresceu em torno da família Donnelly, com os gêmeos Julia e Patrick, e o irmão mais velho, Gabe. Os quatro desenvolveram uma amizade que chegava a alcançar níveis familiares, com os quais Molly já estava muito acostumada. Quando começou a namorar Patrick, todos imaginavam que seria assim para sempre - os dois juntos, os outros irmãos Donnelly como amigos, tudo na mais perfeita harmonia. Até a mãe de Molly publicar um livro contando a história do único deslize de Molly durante o relacionamento: trair Patrick com Gabe. 

"Star Lake tem esse ar de alguma coisa que foi mas não é mais, como se você caísse de paraquedas na lua de mel de seus avós por engano."

Molly passou a ser tão odiada por toda a cidade que decidiu passar o último ano do ensino médio em uma escola integral para meninas no Arizona, ou seja, do outro lado do país. Depois de se formar e antes de ir para a faculdade, Molly precisa voltar para a pequena e conservadora Star Lake e encarar as consequências do que fez.

"O segredo era quase pior que o ato, como todos os dias que passamos juntos depois daquilo foram uma mentira de proporções épicas, um milhão de pequenas inverdades formando uma crosta sobre a mentira maior."

Acontece que, pensando assim, ela merece todo o ódio do qual tem sido vítima desde que a bomba estourou. Merece que a chamem de "vadia suja" e que risquem o seu carro com uma chave. Pelo menos, é o que a própria Molly acredita. Mas, por outro lado, uma traição não é feita só com um, certo? E mesmo que a gente caia nessa de pensar que a culpa "maior" é dela, por ser a namorada, Gabe era o irmão e sinceramente? Para mim pesa muito mais.
Digo isso porque de tudo o que Molly tem sofrido, Gabe não sentiu nem a metade. Nem um quarto. Foi como se ele não tivesse nem feito parte disso. Julia, de quem Molly era muito amiga, passa a condená-la. Sem entender os dois lados. Sem dar novas chances. 
Acredito que 99 Dias seja muito sobre isso. Perdão, novas chances, erros e não necessariamente acertos, mas outras maneiras de seguir em frente. 

"Queria saber quem ele é agora, se é capaz de jogar fora uma coisa que quis por tanto tempo como se não fosse importante."

Patrick foi muito magoado. O que Gabe e Molly fizeram mexe com toda a família dos Donnelly, como mexe com a família Barlow também, porque Molly nunca mais foi a mesma com a mãe. Mas algumas atitudes não são justificáveis pela mágoa. Cabe a cada leitor decidir se entende Patrick ser estúpido, como ele é várias vezes durante o livro, por ter sido magoado ou se isso vai além. Ao mesmo tempo que Molly se sente mal por tê-lo traído, ela vê ainda muitos motivos para amá-lo, porque o que eles viveram foi muito mais importante para ela. 

"- Odeio isso - repete quando me alcança, quando está perto o bastante para eu poder sentir seu cheiro familiar. Meu Deus, Mols, como consegue não odiar isso? Estar no mesmo carro que você me faz querer arrancar a pele! Odeio isso. Odeio."

E do outro lado, o Gabe, tão divertido quanto a Molly, muito mais leve e compreensivo do que Patrick. Ele também é mais seguro do que Patrick e a única pessoa que dá margem à Molly sem que ela precise se humilhar para isso. Ele é o seu alívio durante os 99 dias. É por quem Molly está se apaixonando no meio desse furacão que são os sentimentos e a forma de sentir as pessoas de formas diferentes. 

"Ele me vê olhando em sua direção e sorri. Penso em suas histórias engraçadas, no jeito interessado como ele conversa com cada pessoa na cidade. Penso em como ele conhece minhas partes feias e gosta de mim mesmo assim, como não se mostra eternamente desapontado com a pessoa em que me transformei."

O que eu mais gostei no livro foi, definitivamente, a incerteza. Eu já perdi a conta de quantos livros de romance se torna fácil adivinhar com que casal aquele triângulo amoroso vai acabar. Isso porque, em algum momento, se tornava mais claro quem não seria tão doloroso magoar e quem doeria uma vida inteira se não fosse a pessoa escolhida. Penso, então, que é assim que a maior parte dos protagonistas fazem sua escolha. Quem é mais importante. Quem é mais fácil de tirar da própria vida. Não quer dizer que não seja difícil, mas eles sempre buscam o que doeria menos. 
No caso de 99 Dias, eu não senti isso. Eu não consegui imaginar com quem ela decidiria ficar, mesmo que tivesse a minha torcida. E, no fim das contas, a melhor coisa foi a decisão final. Porque é toda uma trajetória de culpa e traição, esperar finais perfeitos é idealizar demais até o que já está fadado ao caos. 
E foi assim que o livro me conquistou, foi quando percebi que é sobre histórias que nós vivemos durante a vida e que não necessariamente precisam sempre ser um drama completo. Não precisam ter um clímax surpreendente, muito menos um desfecho feliz e justo. Algumas histórias são simplesmente interrompidas, espontaneamente ou não. 
Tenho algumas críticas negativas em relação a relacionamentos abusivos e tendências à gordofobia, no que diz respeito ao Patrick durante o namoro deles e à Molly, que engordou alguns quilos durante o ano afastada e se sente mal por isso. 
Apesar disso, são intensos e divertidos 99 dias que, para nós, passam rapidinho em um ou dois dias, porque Molly é engraçada, envolvente e não tem como não sentir empatia por ela. Indico este livro para aqueles que gostam de uma boa história intensa, com indecisões e emoções inerentes ao nosso viver e se não se importam que as coisas são saiam exatamente como o esperado. 

"- Sabe o que a gente precisa decidir quando é escritor? [...] Que histórias devem ser resolvidas no final, Molly - diz. - E quais devem ser abandonadas."



Autor(a): Chimamanda Ngozi Adichie 
Editora: Companhia das Letras
Nº de páginas: 64
Narração: 1ª Pessoa 

Sinopse: 

O que significa ser feminista no século XXI? Por que o feminismo é essencial para libertar homens e mulheres? Eis as questões que estão no cerne de Sejamos todos feministas, ensaio da premiada autora de Americanah e Meio sol amarelo. "A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente. "Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente da primeira vez em que a chamaram de feminista. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. "Não era um elogio. Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: 'Você apoia o terrorismo!'". Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e — em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são "anti-africanas", que odeiam homens e maquiagem — começou a se intitular uma "feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens". Neste ensaio agudo, sagaz e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para pensar o que ainda precisa ser feito de modo que as meninas não anulem mais sua personalidade para ser como esperam que sejam, e os meninos se sintam livres para crescer sem ter que se enquadrar nos estereótipos de masculinidade.

E aí, mores, todos em casa? Espero que sim. Lógico que para aqueles que não tem o privilégio de fazer a quarentena, desejamos um ótimo trabalho e que se protejam ao máximo. Mas para aqueles que tem um tempão a mais com essa bendito "confinamento", a dica de hoje é esse livro curtinho da Chimamanda e que é super importante. 
Para vocês entenderem o quanto a leitura é rápida, li todo o livro enquanto esperava a minha vez de fazer as unhas! E foi forte. Exatamente como uma conversa de amiga para amiga, aberta, sincera e dolorosa. Pois a cada frase dita por Chimamanda sobre o que ela escutou e escuta no cotidiano, sobre ser mulher, negra e nigeriana, senti socos no estômago. Além disso, parecia que estava escutando alguém falar pra mim porque concordei com a cabeça diversas vezes para a tela do celualar, pois a dor por ela sentida eu já senti em diversos momentos da vida. 
"Se repetirmos uma coisa várias vezes, ela se torna normal. Se vemos uma coisa com frequência, ela se torna normal. Se só meninos são escolhidos como monitores da classe, então em algum momento nós todos vamos achar, mesmo que inconscientemente, que só um menino pode ser o monitor da classe. Se só homens ocupam cargos de chefia nas empresas, começamos a achar "normal" que esses cargos de chefia só sejam ocupados por homens."
Ela começa dizendo que nem se enxergava como feminista a princípio, e a primeira vez que alguém a chamou desse jeito foi um amigo e não de uma forma elogiosa. Esse ponto me tocou muito porque já fui tratada dessa forma, como se pelo mero fato de defender os direitos das mulher automaticamente me tornasse amarga, infeliz e odiasse os homens. 
A autora então cutuca e diz: Então sou feminista e feliz. E isso ocorre centenas de vezes quando todas as pessoas a sua volta tentam desvalidar sua luta meramente pela palavra "feminista". 
E é nesse ponto que vemos o quanto as pessoas fecham os olhos para os problemas que ocorrem com as mulheres e tratam com naturalidade todas as violências que frequentemente sofremos. Então, quando levantamos a nossa voz para simplesmente dizer um "basta", nós somos as revoltadas, mal amadas que não depilam a axila. Pois é preferível nos chamar de histéricas, loucas, do que reconhecer seus privilégios e entender que a hora de falar é nossa. 
"Ensinamos as meninas a se escolher, a se diminuir, dizendo-lhes: 'Você pode ter ambição, mas não muita. Deve almejar o sucesso, mas não muito. Senão você ameça o homem. Se você é a provedora da família, finja que não é, sobretudo em público. Senão você estará emasculando um homem.'"
Buscar a igualdade de direitos, a equidade, deveria ser visto como lindo e todos deveriam agarrar nossas mãos (não nesse momento, lógico) e apoiar a luta feminina. Mas não. É simplesmente melhor ignorar do que tentar aprender o mínimo. O "normal" não pode ser quebrado. Erros não podem ser assumidos. 
"Sejamos todos feministas" deveria ser lido por todo mundo. Ele explicita o abraço que um mulher dar na outra em sinal de apoio por entender a sua dor. Mostra para os homens o quanto eles precisam aprender sobre a nossa realidade e se permitirem sair da bolha que habitam. E vamos incluir vovós, vovôs, pais, mães, amigos e todo mundo mesmo, porque eles também precisam aprender. Chega de normalizar machismo. 
E apesar de tentar me esquivar do ódio, assim como a própria Chimamanda diz, é difícil. É uma batalha contínua. Só que não há como não se enfurecer com o assédio diário, as mortes, violências e tantas outras coisas mais. O que nos resta é transformar esta dor em sorrisos de luta. 
P.S.: Gente, o querido presidente da república, fez um pronunciamento na terça-feira, 24, falando coisas absurdas sobre o atual momento que vivemos. Reitero aqui a importância de vocês se protegerem como puderem e seguirem as recomendações dos órgãos de saúde. O que estamos enfrentando é sério, muito sério. Não bote a sua vida em risco, apesar de saber que muitos não tem essa possibilidade, pela visão deturbada desse homem.

            

                                                                           


Autor(a): Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Nº de Páginas: 656
Narração: 1ª Pessoa

Sinopse:

O esperado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro. Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.

Quando li "Corte de Espinhos e Rosas", o primeiro livro da trilogia, jurava que já tinha sido impactada (e tombada) o suficiente. Queridas e queridos, como eu estava enganada! "Corte de Névoa e Fúria" é tão maravilhosamente incrível que parece um surto coletivo. Até agora, depois de 2 dias que acabei a obra ainda estou processando a quantidade de informações que a Sarah despejou em 656 páginas. 
E exatamente por ser um livro muito grande e com reviravoltas e mais reviravoltas é difícil não entrar em grandes spoilers. E eu juro, queria tanto gritar aqui tudo o que acontece nesse livro, mas como não sou malvada não entrarei em detalhes. 
"Queria que meu coração humano tivesse mudado com o restante, se transformando em mármore imortal. Em vez do pedaço de escuridão em fragalhos que agora era, vazando pus para dentro de mim." Página 15
Enfim, depois dos acontecimentos de "Corte de Espinhos e Rosas" (já resenhado aqui), Freyre obviamente não é a mesma, afinal, agora é uma feérica, apesar de manter o coração humano e com isso seus princípios. É como se ela estivesse com a Síndrome do Impostor e sentisse que nada daquilo fosse de fato dela. Além disso, depois de Tamlin recuperar sua força por completo ele aparenta querer minar tudo o que ela é (mesmo que seja por sua preocupação). E o fato dele não conseguir ouvir o seus anseios e de também estar quebrado, faz com que ele se torne uma pessoa que Freyre não quer mais ficar perto. Exatamente por ele não enxerga-la como dona de si. 
Nesse ponto acho importante falar como a história fala sobre o machismo de uma maneira bem clara, e de como homens simplesmente às vezes (em muitos casos, né) não conseguem ver uma mulher como dona de suas decisões e capaz de cuidar de si. Na realidade, são esses que enxergam a mulher apenas como um objeto que deve ficar guardado e sem voz. 
"Ninguém era meu mestre, mas eu podia ser mestre de tudo se quisesse. Se ousasse." Página 338
No fim de tudo, o Tamlin precisa mesmo é de um psicólogo! O macho apesar de ser lindão consegue ser muito vacilão no segundo livro. E é aquilo né, bebê: Quando um macho perde o protagonismo, logo surge outro. E esse outro não é qualquer um. 



Rhysand, ou só Rhys, é o Grão-Senhor da Corte Noturna e diferente do primeiro livro, onde ele não teve tanto espaço, nesse ele se faz rei. Através das páginas e tantas aventuras que vivenciamos juntos descobrimos minúcias do mistérioso e sarcástico Grão-Senhor e eu, que pensava que estava com meu coração blindado, me vi sendo invadida por um novo amor e me apaixonei pelo feérico que só se veste de preto e tem grandes asas. 
Outro detalhe incrível desse livro é exatamente Freyre descobrindo seus poderes e se transformando numa mulher mais foda ainda. E como o livro é em 1ª pessoa, toda essa evolução e os sentimentos conflitantes pelo qual ela passou eu senti na pele.
"Não me importava de sair das sombras, não me importava de sequer estar nas sombras, na verdade, contanto que ele estivesse comigo. Meu amigo por tantos perigos — que lutara por mim quando ninguém mais lutaria, nem mesmo eu." Página 463
Somos apresentados a outros personagens: Mor, Amren, Cassian, Azriel. Todos na Corte Noturna e com nomes que certamente não pronunciei direito. Todos eles são muito bem desenvolvidos (e apaixonantes), com seus mistérios e tramas próprias que fazem a obra se tornar mais incrível, mas não vou falar muito deles porque quero que vocês tenham o prazer de os conhecer. 
Por fim, Nestha e Elain, irmãs de Freyre, tem papel fundamental na trama e me fizeram querer gritar e surtar igual uma louca (fiquem ligados nessas garotas!). Até o Lucien que aparece pouquinho acabou com meu psicológico. 
"Corte de Névoa e Fúria" é um livro incrível, daqueles que tinham que ter na capa "Puta que pariu, é só tombo atrás de tombo" e me fez ter uma das melhores experiências literárias que já tive, causando incomodo, raiva, fúria, tristeza, felicidade e surtos intermináveis que me fizeram soltar todos os palavrões possíveis. 
P.S.: Já favoritei o primeiro livro, nesse acho que vou ter que dar mil estrelas e corações.