Autor(a): Judith McNaught 
Editora: Bertrand Brasil
Nº de páginas: 406
Narração: 3ª Pessoa

Sinopse:

O mais aguardado romance de Judith McNaught com orelha assinada por Carina Rissi. Alex sabe que é diferente das outras garotas. Após a morte do pai, viu a situação financeira da família caminhar perigosamente rumo ao abismo, e coube a ela se tornar "o homem da casa". Apesar das dificuldades, Alex ainda crê que alguma coisa extraordinária possa acontecer. No entanto, salvar a vida do belo Jordan Townsende, duque de Hawthorne e um famoso libertino, não estava em seus planos, assim como casar com a jovem que o livrara de uma bala no peito não estava nos de Jordan. O duque tem uma dívida com a srta. Lawrence...E ele nunca deixa de quitar seus débitos. Estabelecê-la em uma de suas propriedades, no interior, e, então, retornar a Londres e à cama de suas amantes parece ser o arranjo perfeito. Sua rotina não precisa ser abalada. Exceto que o espírito livre de Alex cativa Jordan, profunda e rapidamente. Um porco tarde demais, o duque percebe que seu coração de pedra não é tão duro quanto imaginou, e sua esposa pode ser um perigo muito maior que aquela bala.
"Amar significava se entregar por inteiro, sem negar qualquer parte de si, como o avô dizia."Capítulo 10
Caí muito de paraquedas nessa obra. Ultimamente tinha visto algum burburinho no Instagram, com recebidos desse livro e de "Agora e Sempre" da autora. Lógico que eu achei as capas uma lindeza só, né? Acabei vendo "Algo Maravilhoso" sendo comentando em um grupo que eu tô e decidi começar a ler, e menina do céu, o que essa mulher, Judith McNaught (com esse sobrenome que não consigo pronunciar) escreve, não é brincadeira. Acho que ela já acorda com o sentimento "hoje a minha mente poderosa irá brilhar e destruir corações". E vocês acreditam que o livro é de 1988? Pois é, quando comecei a pesquisar para saber mais um pouquinho da autora, descobri que esse livro foi lançando quando nem sonhava em nascer e minha mãe tinha 2 anos. Mas cá estamos nós. O livro foi relançado pela Bertrand Brasil e por isso voltou com essa pompa toda. Já tô falando demais, é melhor ir direto para a resenha. 
Para começar que Jordan se acha o rei da cocada preta, com o mantra de "Sou rico, bonito, minha família é uma fraude. As mulheres só servem para o meu bel prazer e blá blá blá blá". O menino só quer fazer o rala e rola com as damas e nada de compromisso (elas também querem se usufruir dos músculos do bonitão). Mas lá ele fica, no auto de sua mansão falando sobre como o sexo feminino é traiçoeiro e blá, blá, blá. Minha vontade era de olhar para a fuça bonita dele e perguntar: "Querido, cê já se olhou? Homens são tão maravilhosos e confiáveis, hahahaha". Claro que a personagem tem um background bem definido e fica bem claro isso, quando nas primeiras páginas é narrado uma família totalmente desestruturada, baseada em aparências. Além disso, ao longo do livro algumas coisas vão ficando mais claras e a gente diz: "Tá bom, querido. Mas não seja um lixo de homem, viu."
"Alexandra era bondade e carinho e confiança. E amor. Ela era a risada pairando pelos corredores, as flores desabrochando nas colinas." Capítulo 31
Alexandra é completamente o oposto. Desde menininha era muito claro que ela era uma joia, mas uma joia bruta, sendo completamente inteira e ela. Ela transpira felicidade e um ânimo que nem ao meio-dia eu tenho, e claro, um bocadão de ingenuidade (ninguém é perfeito). Aí você pensa: "Como é que um duque cheio de pompa e que só gosta de ladys tetudas, acaba encontrando uma mulher, que é praticamente uma menina ainda, totalmente diferente do que a aristocracia inglesa espera?" Simplesmente porque ela aparece em uma armadura e tudo para salvar o duque (que se acha o rei da cocada preta). E como em um passe de mágica, Alex e Jordan estão entrelaçados, unidos pelos preceitos da aristocracia (ele a levou para uma pousada para cuidar de seus machucados - o tonto pensava que ela era um menino! - e plink, mais um casamento para agitar as fofocas nos grandes salões de festa britânicos) e casados sem mal se conhecer.
               "A convenção é o refúgio de uma mente estagnada." Capítulo 4
Então o duque pensa: "Vou me casar com essa sequinha aqui, deixar ela lá na pqp e voltar para os braços das minhas amantes tetutas." Eu digo ou vocês dizem? Muito trouxa esse tal de Jordan. Lógico que ele se encanta pelo o que Alex é. Assim como o leitor, ele enxerga o brilho que Alex tem, a felicidade sem precedentes e um coração realmente puro. Mas Jordan está intoxicado pela sociedade e quis se blindar de qualquer sentimento intrometido. 
Tenho que dizer a você, caro leitor, que a história deu giro de 360 graus e que gritei "YUKÊ" com o espírito de Pabllo Vittar que me invadiu. A partir daí é tiro, porrada, bomba e muita treta! E treta da boa viu. Briga de pobre é bom porque tem aquele bate-cabeça, gritaria e tapa na cara, mas treta de gente rica é babado porque eles ficam só nas indiretas e geral repercutindo.
"— Quando não confiamos em ninguém — disse ela naquele misto de sabedoria e ingenuidade que Jordan achava tão afável —, é impossível se decepcionar com os outros. Mas também perdemos a oportunidade de sermos completamente felizes." Capítulo 10
Jordan continua o revoltatinho e Alexandra brilha! Brilha mais que o Edward Cullen no sol! Tal hora e eu batendo palma para essa mulher. 
O romance deles em meio a tanta treta realmente evolui e apesar do Jordan ser meio revoltado (todo: "sou duque, sou perigoso"), acabei me apegando muito a ele e admirando o seu crescimento ao longo da trama. Afinal, Jordan não é um homem tóxico, e sim, uma pessoa que foi negligenciada do amor e agora não sabe como sentir. Alexandra é Alexandera né. E Judith McNaught (mesmo com esse sobrenome que não consigo dizer direito) é um arraso e merece ser lida. 


                                      

                                                            






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