Autor(a): Jill Mansell
Editora: Arqueiro
Nº de páginas: 335
Narração: 3ª Pessoa 

Sinopse: 

Clemency se apaixona por um belo estranho que senta ao seu lado durante um voo e logo começa a fazer planos para um futuro a dois, mas acaba se decepcionando ao saber que ele é casado. 
Sam, o homem encantador do avião, aparece três anos depois na cidade litorânea onde Clemency mora, só que não veio à sua procura: desta vez ele está envolvido com a irmã postiça dela. 
Ronan, melhor amigo de Clemency, aceita embarcar em um plano maluco e fingir um relacionamento amoroso com ela para provocar ciúmes. Pela primeira vez, o jovem sedutor não sabe o que fazer para conquistar a mulher que realmente ama.
E assim os desentendimentos e a confusão começam. 
Enquanto o sol esquenta a areia e o mar turquesa cintila, uma verdade fica clara: segredos enterrados sempre acabam vindo à tona.

É engraçado ver a minha expectativa no post que falo sobre os lançamentos da arqueiro no qual esse livro aqui estava incluído. Quero dizer a todos que fui tapeada por essa obra. Tudo o que eu imaginava foi de água a baixo.
Na realidade foi até bom, porque a quebra de expectativa sempre gera bons frutos, fazendo com que o leitor se surpreenda cada vez mais. Enfim, a Jill Marsell é uma autora super conhecida nos States e foi trazida agora para esse novo selo da arqueiro, o "Romances de Hoje", junto com mais duas autoras, a Lucy Diamonds e a Jenny Colgan (que já temos a resenha de seu livro aqui). No geral, esses livros falam sobre mulheres de hoje, com temas atuais e um bom romance, claro.
Mas agora vamos voltar para o livro. "Desencontros à Beira-Mar" realmente tem um titulo que faz total sentindo, porque o que mais rola no livro é desencontros e muita confusão envolvendo muita gente. Lendo a sinopse eu jurava que ia ser a típica comédia romântica onde a personagem principal se apaixona por um babaca que volta anos depois e pra fazer ciúme ela finge um relacionamento com o melhor amigo que sempre a amou. Já tava até com a música da Marília Mendonça na cabeça: "Quem eu quero, não me quer, quem me quer, não vou querer. Ninguém vai sofrer sozinho. Todo mundo vai sofrer.". Tapeada demais. O livro eu poderia dizer que não tem necessariamente um principal, ao contrário, são vários que tomam as páginas com o seu próprio protagonismo. Temos vários capítulos intercalados nas visões das personagens, com inúmeras linhas de histórias que se unificam, afinal, tá todo mundo conectado de alguma forma.
"Às vezes, só às vezes, você decide que não gosta de alguém, mas a pessoa acaba surpreendendo e se mostrando um milhão de vezes mais legal do que você imaginava." Página 16
Clemency realmente é muito engraçada, com pensamentos bem doidos, mas uma mulher de muita verdade e força, que me conquistou de cara. Sam não é aquele idiota babaca que eu pensava, ao contrário, ele tem uma história de plano de fundo super profunda e é um doce. Ronan, o melhor amigo, era o cara que adoraria chamar de melhor amigo (namorado também) porque ele é engraçado, romântico, lindo, o boa praça que toda mãe gostaria de ter como genro. Belle, a irmã de Clemency, é um saco. Ela tem um arco super interessante e legal de acompanhar, mas não deixa de ser chata e uma personagem que sinceramente não faria questão de conhecer. Existem outros personagens na trama, que a fazem ficar super amarradinha e que são ótimos também.
"Porque, às vezes, não importava o quanto apertasse o botão de apagar, aquilo que você estava tentando retirar do cérebro simplesmente se recusava a desaparecer" Página 41
Toda a trama se passa em St. Carys, que é uma cidadezinha litorânea fictícia, que eu adoraria passar longos dias (se existisse né), que trás todo esse clima praiano que eu amo. Praticamente toda a cidade é uma extensão da praia. Além disso, é muito interessante ver como a Jill criou todo o ambiente e ainda fez um mapa (presente no livro), fazendo aquela cidade mais presente ainda em toda a história.



Por fim, o livro fala realmente sobre muita coisa, desde adoção à descoberta sexual e que vale muito a pena ser lido. Porém, tenho as minhas implicações com o texto, que são bem pequenas, mas existem. Toda a história fala sobre temas chaves, mas acho que o fato dela falar sobre tantas coisas tornou os arcos fáceis demais, sem consequências reais e que poderiam acrescentar muito a história. O que parece pro leitor é que ela não quis focar tanto nesses assuntos (apesar de importantes) e resolveu descomplicar tudo. Realmente senti falta de diálogos poderosos a cerca desses temas. E eu sei que a história é uma comédia romântica, mas a minha diva Sophie Kinsella, já me mostrou que comédias tem muito a dizer e transformar, seja seus personagens ou mesmo o leitor.


                                   


                                                               




2 Comentários

  1. Ahhhh Adorei !!! Não sabia desse novo selo da arqueiro vou prestar atenção nos lançamentos !!! Quando eu li a sinopse a música da Marília também veio na minha cabeça �� kkkk

    Adorei o Post sério , fiquei super curiosa para ler o livro parabéns pelo trabalho ��

    Bjs Aruom Fênix

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    1. Fico muito feliz em saber que você gostou do post! Pois é, menina. Eles lançaram essa coleção nova (já li 2) e está previsto mais 3 livros para agosto (se não me engano). Ultimamente eu tô muito sertaneja e só lembrei dela kkkkkkkkkk
      Muito obrigada e volte sempre.

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