Estimados leitores,

Aproveito o gancho deixado pela minha querida colega, Lady Isabelle, para construir o nosso editorial de hoje. É de extrema importância partir da definição de romance de época para realizar o nosso trabalho, mas é normal que surjam dúvidas sobre outros tipos de romances semelhantes que acabam confundido essas humildes jornalistas também. 
Por isso, considerei necessário definir os romances clássicos, históricos e de época, para podermos seguir em frente com o nosso ofício sem perigo de escorregar - embora não haja problemas em cometer deslizes. Este jornal é definitivamente livre para receber críticas construtivas e correções necessárias. Sem mais delongas, vamos às definições:

Romance Clássico

Trata-se daquele romance que, no período de produção, eram contemporâneos à época; atravessaram gerações e gerações, séculos, mantendo (e até mesmo aumentando) o seu valor literário. Jane Austen, as irmãs Brontë, o nosso José de Alencar (suas obras como A Viuvinha e Cinco Minutos)... São obras que permanecem relevantes nos dias de hoje, inseridas na contemporaneidade de suas épocas (séculos XVIII e XIX, por exemplo).

Romance Histórico

Nesse tipo de romance, a ficção é ambientada no passado, marcado pela influência de eventos históricos em seu enredo. Essa influência interfere diretamente na construção dos personagens e da própria narrativa, como também no desenvolvimento dos conflitos. Como exemplo, tem-se Guerra e Paz, de Tolstói, O Corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo, e até mesmo Iracema, de José de Alencar. 
Aqui, vale destacar que é necessário distinguir romance histórico da ficção histórica. A segunda determina e estabelece os fatos históricos, apresentando o romance como "coadjuvante" ao fato relatado, enquanto o primeiro, como dito antes, ambienta-se utilizando o período como pano de fundo da história. 

Mas e o Romance de Época?

Como a Lady Isabelle nos apresentou anteriormente, o romance de época preocupa-se em "retratar uma realidade vivida durante o período", podendo usar os fatos históricos, mas o foco mesmo é o desenrolar do romance. Sendo assim, o romance de época não é produzido "na época", mas ambientado nela, apresentando aspectos culturais, sociais e permitindo que nós, seus leitores, possamos acessar essas características. 

É importante, para nós, delimitar essas diferenças para dar continuidade ao nosso ofício. O editorial será de grande ajuda para essas meras jornalistas, inclusive, como um material de fácil acesso sempre que for possível. Espero ter ajudado, caro leitor. Até breve!

Atenciosamente,

Lady Letticia.



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