Autor(a): Lauren Layne 
Editora: Paralela
N° de páginas: 176
Narração: 1° Pessoa 

Sinopse:

Nessa recontagem moderna de A Bela e a Fera, Lauren Layne nos traz uma história irresistível de perdão, cura, e, acima de tudo, amor. Aos 22 anos, Olivia Middleton tem Nova York aos seus pés. Por fora, ela é a garota perfeita  linda, inteligente e caridosa. Mas por dentro ela guarda um segredo terrível: um erro que a afastou das duas únicas pessoas que realmente importavam na sua vida. Determinada a esquecer o passado, ela deixa Manhattan e vai trabalhar como cuidadora de um soldado recém-chegado da guerra. Mas o que ela não esperava era que seu paciente fosse um jovem enigmático de 24 anos tão amargurado quanto cativante. Paul Landon está furioso   com o mundo, com a vida, com o seu pai e, acima de tudo, consigo mesmo. Depois de sofrer na pele os horrores da guerra do Afeganistão, a última coisa que ele quer é a companhia de uma princesa nova-iorquina linda, mimada e irritante. A presença de Olivia parece tóxica para Paul, mas ele não consegue afastá-la, mesmo tentando muito. Por mais que lutem contra uma atração intoxicante, Paul e Olivia não conseguem se manter distantes. Agora, precisam decidir: eles vão ajudar um ao outro a curar as feridas do passado ou vão se manter, para sempre, em pedaços?


Uma versão de A Bela e a Fera proibidão. De certa forma, quando eu li a sinopse eu esperava bem mais desse livro, mas bem mais mesmo. Devo dizer a todos que foi uma grande decepção. Eu realmente me forcei a acabar o livro e agradeci a Deus por ter finalmente chegado ao fim. Talvez eu esteja sendo dramática demais, mas faltou desenvolvimento na história toda. Tudo meio que acontece atropelado e várias ocasiões que poderiam se desencadear em bons conflitos são deixadas de lado e simplesmente não acontece nada. 
O problema de tudo é porque eu gosto de me apaixonar pelos personagens logo de cara, e tanto Olivia quanto Paul não geram essa simpatia no leitor. Até mesmo eles como casal não geram isso, porque a autora não soube criar uma tensão em volta dos dois e foi tudo muito direto. Diria que cabia mais umas 100 páginas para realmente desenvolver as personagens. Tanto que em muitos livros a gente acaba se apaixonando pelos personagens secundários e neste eles não tem  nem espaço.
Esse terrível segredo que a Olívia guarda não é nada de terrível assim, é uma história que todo mundo conhece e deve ter até visto no Caso de Famílias. A narrativa do Paul é mais complicada e tem tudo a ver com estresse pós-traumático e como a vida dele mudou depois da guerra e como obviamente ela deixou marcas visíveis e invisíveis, só que repito, não é bem trabalhada.
E já que estou sendo crítica além do normal, tenho que dizer que a capa do livro pode até ser bem bonito, e nós entendemos o quão importante é que a capa seja atrativa e instigue o leitor, mas também é importante que essa capa conte uma história e essa diz basicamente: somos dois jovens bonitos e ricos que querem se pegar. E realmente eles são dois jovens ricos e bonitos (apesar das cicatrizes do Paul) mas se você quer passar a mensagem para o leitor que aquela história fala sobre duas pessoas em pedaços e que elas precisam se reconstruir essa capa não fez sentido nenhum. A editora falhou miseravelmente nesse sentido. Apesar de eu não gostar muito das capas dos romances eróticos porque acho que reduzem muito a história a um tanquinho, pelo menos faz sentindo!
Agora, como em todo livro existem lados positivos e este está entrelaçado a como a escrita da autora flui bem, é uma escrita bem simples e isso gera uma boa comunicação com o leitor, mas o problema, foi que ela deixou tão simples, com capítulos tão pequenos que acabou não gerando um pingo de simpatia em mim. Os capítulos também são alternados nos pontos de vista de Olivia e Paul e isso é bom para gente ter uma ideia completa da obra.
Eu sinceramente não gosto de falar mal de livros, pois gosto de me apaixonar pelas histórias e quando não acontece eu fico realmente chateada.
Mas e você, já leu alguma coisa da Lauren Layne? Vale a pena ler os outros livros dela? Me diz aí nos comentários e também pode recomendar outros livros para futuras resenhas.


                                                                  


                                                       


Autor(a): Sophie Kinsella 
Editora: Record 
Número de Páginas: 378
Narração: 1° Pessoa 

Sinopse: 

De uma forma divertida, Sophie Kinsella nos mostra que as pessoas que mais conhecemos são aquelas que também mais podem nos surpreender. Juntos há dez anos, Sylvie e Dan compartilham todas as características de uma vida feliz: uma bela casa, bons empregos, duas filhas lindas, além de um relacionamento tão simbiótico que eles nem chegam a completar suas frases  um sempre termina a fala do outro. No entanto, quando os dois vão ao médico um dia, ouvem que sua saúde é tão boa que provavelmente vão viver mais uns 68 anos juntos...e é aí que o pânico se instala. Eles nunca imaginaram que o "até a morte nos separe" pudesse significar sete décadas de convivência. Em nome da sobrevivência do casamento, eles rapidamente bolam um plano para manter acesa a chama da paixão: de um jeito criativo e dinâmico, passam a fazer pequenas surpresas mútuas, a fim de que seus anos (extras) juntos nunca se tornem um tédio. Porém, assim que o Projeto Surpresa é colocado em prática, contratempos acontecem e segredos vêm à tona, o que ameaça sua relação aparentemente inabalável. Quando um escândalo do passado é revelado e algumas importantes verdades não ditas são questionadas, os dois  –  que antes tinhas certeza de se conhecerem melhor do que ninguém  – começam a se perguntar: Quem é essa pessoa de verdade?...". Um livro espirituoso e emocionante que esmiúça os meandros do casamento e que demonstra como aqueles que amamos e achamos que conhecemos muito bem são os que mais podem nos surpreender. 

            "  — Se amar é fácil, então você não está amando direito. (Capítulo 13)"

O título original dessa obra é "Surprise Me" que seria em tradução livre: Me Surpreenda, e acho que é exatamente esse o espírito de todo o livro. Dan e Sylvie, um casal que já estão juntos há 10 anos e descobrem, após o resultado de um check-up anual que provavelmente vão ficar mais 68 anos juntos. É claro que os dois dão uma surtada e se perguntam como passarão por esses longos anos.
É um livro definitivamente sobre casamento e isso foi uma experiência muito legal para mim, que nunca havia entrado em contato com um livro que tratasse diretamente sobre o assunto. Sylvie tenta procurar de várias formas as melhores alternativas para passarem esses anos e os dois acabam no "Projeto Me Surpreenda", onde os dois preparam pequenas surpresas um para o outro, para manter a chama do casamento acessa.
É óbvio que nem todas dão certo, e até uma cobra é envolvida no meio. Entre ensaios sensuais e lembranças do passado estava claro que algo ia dar errado.
Mas observando por um contexto geral, o livro nos primeiros capítulos não me prendeu tanto, mas depois eu simplesmente não conseguia parar de ler e se tornou o melhor livro que li em janeiro. Ao longo dos capítulos, aqueles personagens que achávamos que já conhecíamos de cara, desabrocham para o leitor e a cada página se torna mais fascinante. No começo do livro eu não havia percebido, que além da obra obviamente falar sobre casamento, ele fala sobre amadurecimento e mesmo sobre empoderamento feminino. Sylvie tem uma crescente enorme ao longo da história e um livro que de certa forma era para ser engraçadinha, no final estava me fazendo refletir e conter as lágrimas.

"— Acho que um relacionamento é como duas histórias — Digo, por fim, abrindo caminho com cautela em meio aos meus pensamentos. — Como...dois livros abertos, pressionados um contra o outro, com todas as palavras se misturando em uma grande e épica história. Mas, se pararem de se misturar...— Ergo a cabeça para dar ênfase. — Então voltam a ser duas histórias independentes. E é ai que acabou. — Junto as mãos, derramando champanhe.  — Os livros se fecham. Fim." (Capítulo 10)

Dan é um amor e gerou muitos conflitos no meu coração, até eu perceber que ele era uma estrela que brilhava lindamente em toda aquela bagunça de palavras. As personagens secundárias são muito importantes, desde os vizinhos, Tilda e seu filho Toby e o professor Russel, eles demostram outra parte da vida, de suas próprias experiências e de seu amores. O local que Sylvie também trabalha é uma graça e pude jurar que no começo pensei que Robert, o sobrinho da dona, poderia ser um problema (vocês vão entender quando ler).
Então existe um ponto delicado, este que todo mundo consegue se identificar, que é a família. Sylvie perdeu o pai há alguns anos e era praticamente Deus no céu e ele na terra. Um homem simplesmente endeusado por todos — menos por Dan. — e que adorava os longos fios louros de Sylvie. A mãe dela sofre por uma visão perfeita de seu falecido marido e como gosta de enxergar as coisas da sua maneira. As gêmeas do casal são uma fofura a parte e torna todo o casamento de Dan e Sylvie mais sério ainda. 


"— Costumo acordar cedo. — Diz ele, por fim. — Então vejo Owen despertar todas as manhãs. E cada manhã revela algo novo. A luz captura seu rosto de uma determinada forma, ele tem um pensamento novo, ele compartilha uma lembrança. Amar é achar uma pesssoa infinitivamente fascinante. — John parece perde-se novamente em pensamentos...e então retorna. — E portanto não é uma conquista, minha querida. — Ele me oferece um sorriso suave e bondoso. — É, sim, um privilégio." (Capítulo 16)
Por fim, assim como o título original, o livro surpreende, de uma forma que eu não imaginaria o qual profundo ele foi. Definitivamente, Sophie Kinsella é uma deusa e esse livro já está entre os melhores que li na vida. Pois além de tudo, entre loucuras e tiradas engraçadas, ele é verdadeiro e eu sempre vou adorar quando uma história citar uma estria ou outra, pois isso gera representatividade e realidade no que autora apresenta.