Parece que eu já vivi está história, mas dessa vez ela parece mais bonita e com outros capítulos, mas o formato é o mesmo.
Eu ainda não disse a mim mesma que me apaixonei, pois isso ainda não aconteceu, mas sei que isso está a um passo de se tornar realidade, basta ele chegar um pouco mais perto. E dessa vez, não estou pondo uma armadura envolta do meu coração, estou deixando as coisas simplesmente acontecerem.
Então existe aquele que já chegou há muito tempo e é amigo de todo mundo. Mas é só isso: amigo. O problema é que o coração aperta ao saber que ele pode se machucar. Mas é melhor ele se machucar por uma verdade do que por uma mentira, certo? A diferença da história anterior, é que todos tossem por esse.
Então, você vai falar: Por que você não dá chance a ele? Por que fica nessa enrolação com o outro?
É, a gente nunca faz o que é dito "certo". Gostamos do difícil. Daquele jeito que insista todos os dias, que você se ilude, mesmo sabendo que isso não é o mais saudável. Então do que vale estar com um, pensando em outro? Só vai servir para magoar todo mundo.
É engraçado como a vida prega peças e temos que aprender a lidar com elas. Eu aguento o fado, se nada dê certo, mas não sei se outros aguentam. Então eu aceitei, dando esse tempo de liberdade para mim, deixando que os outros falem, mas sabendo muito bem da minha decisão. Durante esse tempo todo, me peguei fazendo perguntas para mim mesma, até perceber que a coisa mais linda em mim é minha confiança. Já duvidei de muitas coisas, e fui menos espalhafatosa, e me toquei que não deveria fazer isso por senhor ninguém. Encontrei uma nova faceta minha, me permitindo dançar mais, ri mais, ser tão expansiva quanto já era, além de falar pelos cotovelos.
Então, aquele primeiro carinha, que vive me encarando, serviu de alguma coisa. Por um período fiquei acoada e com vergonha de todos os meus defeitos, agora me sinto desejada - mesmo que não seja - e isso me fez mudar, brotou uma confiança que nunca tive, e estou muito feliz com isso, obrigada. Então, mesmo que nunca aconteça nada ou ele parta meu coração, serei grata por a confiança que me proporcionou.
No final, todo esse texto só quer dizer que não viverei de mentiras ou em uma falsa estabilidade. Me perderei nas verdades e no que realmente sinto, pois agora percebi que a minha felicidade deve vim em primeiro lugar.
                                                                              
                   



Eu queria matá-lo naquele momento. Queria jogar suas coisas pela janela, rasgar as cartas, quebrar o quadro que ele me deu com quase cem fotos nossas. Queria bater na cara dele de tanta raiva que eu tava sentindo. Naquele instante, eu só pensava em como nós não dávamos certo, em tudo o que já havia me dado a certeza disso. Foram tantos términos... Por que eu ainda insistia em tentar de novo? Por que eu ia atrás pedir perdão ou acreditava quando ele dizia que nós íamos tentar de novo e que desta vez daria certo? Nunca demos certo. 
Aquela coisa de "os opostos se atraem" aconteceu conosco, mas me mostrou que nem sempre a atração vai ocasionar algo bom. O nosso acaso não foi algo simples. Somos dois complexos sozinhos que quando se encontram, não conseguem organizar as ideias. O nosso mundo entra em colapso quando a gente se encontra. Eu sou muito carinhosa, e ele, muito desligado. Eu detesto rotina e posso estar o mais cansada possível, na sexta à noite eu sempre vou querer sair; ele é metódico e caseiro até demais. O gênero favorito dele é rap e eu curto uma coisa mais Cícero e Rubel. Eu escrevo poesia; ele curte mais as rimas e batidas que faz. Ele é calmaria e eu sou um furacão. Ele é pé no chão, pé atrás, realismo puro; eu voo, flutuo, se pudesse, morava em uma nuvem. São tantas as diferenças... Se eu estivesse disposta, ficaria aqui listando todas elas, se é que eu conseguiria. 
Mas foi naquela hora da raiva que eu lembrei do porquê de tentarmos tanto. O nosso amor é forte. A gente tenta uma, duas, três vezes se for preciso. Eu não ligo para o que dizem sobre ele. "Toma cuidado...", "ele é assim", "ele é tal e tal coisa". Ninguém se toca que pra mim ele é incrível. É complicado, desajustado... A única coisa que se encaixa entre nós é o beijo e a vontade incessante de ficar um com o outro. Inclusive, ele foi embora com raiva há pouco mais de 20 minutos e eu já estou com saudade. Eu sempre lembro, depois da raiva, o porquê de tentar de novo: eu amo esse menino. E por mais que as pessoas sejam viciadas em dizer que nós nunca daremos certo, importa muito mais pra mim que, para nós, esse "nunca" está bem longe. 
Está pra nascer um casal mais complicado que nós. Ele é difícil e eu sou ainda mais. Mas ele nunca vai deixar de ser o meu desafio favorito.

Ouça seus amigos. Quem te diz o que fazer, fala sobre quem você ama e ainda quer dar opinião desnecessária no seu relacionamento não é amigo. Beijo e tchau. ✨


                      

             Há muito tempo eu não escrevo com palavras tão bonitas quanto antigamente, ando soltando uns palavrões no meio dos textos e isso sou eu quando não consigo me expressar de outra forma. Faz tempo que não uso um "tu","tua", "face". Faz tempo que não falo de amor,  pelo menos o carnal. Afinal, eu nunca senti isso. Talvez eu apenas tenha idealizado demais.
De fato eu nunca falei sobre mim. Nunca coloquei as cartas na mesa. Nós sempre falamos sobre você se amar, dá oportunidade a si mesmo e não ter medo de se arriscar, não é? Mas e quanto a nós? E quanto a mim? Eu escrevo isso porque é o que as pessoas precisam ler. Mas faço tudo o que digo nos meus textos para não fazer. Me olho no espelho e não gosto das espinhas, das sobrancelhas e do nariz. Você pode muito bem dizer: o que importa é o conteúdo, bem, sei disso, mas as dúvidas nunca pararão de existir.
Não gosto dessa superficialidade das pessoas passarem um quilo de maquiagem na cara e serem denominadas como "as lindas", tudo se trata de um reboco da cara para se tornar uma máscara, e eu já usei, e não vou dizer que é ruim de fato, é bom olhar no espelho e ficar satisfeito, mas ficar só nisso é ridículo. E eu tento, olho no espelho e falo que eu sou bonita e gostosa e muitas vezes funciona. Também prometi não me apaixonar fácil, falhei. Falhei por uma, talvez duas vezes. Porém aprendi que faz parte do ser humano. A gente é estupido tantas vezes na vida que passa a ser normal.
Hoje, senti um buraco enorme no peito, como se alguma pecinha tivesse faltando, e juro que não sei te dizer qual. Mas é assim, parece que eu toda sou uma loucura, um enorme quebra-cabeças que se renova a cada estação, adquirindo novas peças e jogando algumas fora. Alguns cantos permanecem vazios, mas buracos sempre iram existir, sempre irá existir aquele problema que apesar de não incomodar agora, uma hora vai. É como se fossemos sendo arranhados pela vida e a cada novo passo nos enchêssemos de band-aid,  logo depois a ferida é perfurada novamente e permanecemos nesse ciclo vicioso como se fosse uma droga. Algumas pessoas são assim: uma droga. Nessa imensidão tanta de gente, de tanto carro e tanto motel em cada canto da cidade e até no meio do nada, me caracterizo como cricri, daquelas loucas bem chata, que fala tanta coisa que tanta gente entende tão pouco, alguém que chora demais, mas sorrir demais também, como se a bipolaridade estivesse no meu cérebro, lutando entre si como EUA e URSS, quando até o mundo era meio louco. E boto tudo pra fora, vomitando versos bem nada haver, mas que fazem parecer que algumas pecinhas nunca faltaram.


Nota: Bem, esse é o resultado de uma noite bem ruim, onde fiquei martelando muita coisa e acabou saindo esse texto, que particularmente amo. O texto foi revisado, mas um erro sempre pode passar.

                                                                        

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CONTÉM SPOILERS!


De fato foi um episódio mil vezes mais leve do que o primeiro. Servindo para os fãs darem uma respirada e conhecerem um novo grupo, que no caso é O Reino.
O episódio é praticamente inteiro focado na Carol, com algumas partes no Morgan - esse que explica para Carol o que é aquele lugar enquanto a leva para o Rei Ezekiel, que serve tanto de explicação para ela quanto para o público.
Apesar de não ter lido os quadrinhos, eu pesquiso muito e escuto a opinião de quem já leu ou mesmo vejo imagens e disso tudo tirei que o Rei Ezekiel está uma cópia do que ele é nas HQs, só para vocês terem noção, observem essa imagem:
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Até a blusa é igual! Fora que sua personalidade também é fiel aos quadrinhos em relação a teatralidade, e de como ele realmente se porta como se fosse da realeza e obvio carisma que o personagem tem, fazendo com que o público se deixe envolver por ele e seu jeito pomposo.
Outro ponto é a Shiva, a tigresa de Ezekiel, que vemos que é computação gráfica, mas não atrapalha e ela na realidade é linda e seria muito complicado trabalhar com um tigre de verdade, nessa a equipe de The Walking Dead mandou bem.
Finalizando essa parte, o episódio também foca nos problemas de Carol, como no começo do episódio que ela começou a ver os zumbis como pessoas e todo o seu complexo agora de: "quero ficar só, blá, blá" e claro, vemos um possível envolvimento dela com Ezekiel. Isso pode levar há dois momentos nos quadrinhos, que são:
1. Nas HQs a Carol já morreu há um tempo, no período do arco da prisão, quando ela começou digamos que ficar louca e se lançou para os zumbis como se eles fossem suprir toda aquela vontade de encontrar o seu lugar, e nisso podemos levar ao que está acontecendo na série. Nos levando a crer que é possível haver uma futura morte dessa personagem, mas são apenas teorias.
2. Nas Hqs quem se envolve com Ezekiel é a Michonne, mas como ela está com o Rick agora, provável que essa trama passe para a Carol.
No fim, foi um episódio bom, apesar de muita gente ter reclamado, esclarecendo várias coisas sobre O Reino, a relação que ele tem com Os Salvadores  (uma ótima cena aliás) e como esse novo grupo se comporta.
Agora temos quatro grupos diferentes: Alexandria, O Reino, Hilltop e Os Salvadores. Nesses quatro grupos podemos ver diferentes sociedades e isso engradece demais a série.

Nota: Tirem algumas informações do canal no youtube Foxwalkerbr, que fala sobre twd e outras coisas.
                       

                                                        


                      Imagem de flower, tumblr, and green

Minha vó quando nova, saia todas as manhãs para colher rosas, num campo longe de casa. Lá ela enchia o cesto de cor e se enebriava com o cheiro doce. Ela voltava para casa e toda noite soprava o fogo da lamparina. Isso acontecia todos os dias, até que ela viu ele no pomar, e como boba que era, sorriu. Sorriu, pois naquela época a maioria dos estranhos não faziam mal, ou pensavam que não faziam.
Eles se aproximaram, conversam por um bocado de tempo e sorriram infinitas vezes. Logo ela descobriu o nome dele, e ele o dela. Combinaram de se ver no dia seguinte, e assim fizeram.
Nisso tudo se passou um mês, todas as manhãs ela ia ao pomar, e além de colher rosas, sentava ao pé de uma grande árvore e conversavam horas a fio, sobre banalidades e sonhos que pareciam tão distantes. Ela dizia que queria ser professora e ele ria dizendo que seu sonho era ser músico, mesmo sabendo que aquele lance era difícil, mas disse que adorava uma prosa, depois de um forró bem coladinho, e que música significava isso para ele. No meio daquele sertão imenso, minha vó disse que também adorava o tal do forró bem coladinho, então ele a chamou para dançar. Assim, aconteceu o primeiro beijo deles dois. Não foi como os de hoje em dia, que quando cola a boca, a língua já tá lá e a mão já se perdeu em muitas curvas. Foi calmo, e singelo. Minha vó disse que naquele momento se apaixonou pelo tal Luiz Otávio, é, o povo do sertão adorava um nome composto.
Combinaram de se ver mais uma vez de noite, quando ia ter a grande festa em comemoração ao São João. Mas quando chegou em casa, se surpreendeu em encontrar seu pai junto de Barão Damião e seu filho Sebastião, é, os nomes também rimavam. Se apresentou, e ofereceu uma xícara de café, eles recusaram, muito obrigado
Sebastião a chamou até o canto da varada e perguntou se ela não gostaria de ir a festa de São João com ele, Ana olhou pelo canto do olho e viu seu pai a observando como uma clara ordem de "aceite menina", e mesmo com o coração gritando o nome de Luiz Otávio, ela aceitou. Ela sabia também, que ele estaria lá, coitada da minha vó.
O Barão Damião e seu filho foram embora, deixando Ana desesperada e com um pai perturbando a filha. Sua mãe chegou no centro e ficou enlouquecida quando soube que ela ia a festa com Sebastião, tratou logo de costurar um vestido novo. E minha vó, coitada, só sabia olhar para os lados e suspirar, pensando na aflição de encontrar Luiz Otávio. Meu Deus, o que ele acharia que ela estava fazendo?
Já tinha roído todas as unhas, quando a noite chegou. Sua mãe a empurrou para o banheiro do lado de fora da casa e ela se viu nua, jogando a água que estava na cumbuca na cabeça, queria passar o resto da noite no banheiro, mas a água no balde tinha que durar por mais três dias.
Entrou em seu quarto, passou o vestido azul sobre a cabeça, sua mãe jogou um pó branco em sua face e um batom vermelho sobre seus lábios.
Logo Sebastião chegou e foram para o baile. Logo digo que Luiz Otávio estava lá, e foi a maior confusão, com direito a briga e tudo.
Mas no fim, descobriu-se que Luiz Otávio era filho de um barão de outra cidade e foi bem mais fácil para os pais de vó Ana aceitarem o amor dos dois.
Mesmo assim, nada foi fácil. Minha vó Ana continuou querendo ser professora e Luiz Otávio querendo ser músico. Se mudaram pra São Paulo e por lá batalharam muito. Minha vó engravidou e depois de um tempo voltaram para o Ceará.
Agora posso falar, meu vô Luiz Otávio acabou desistindo da vida de música e se formou em direito, conseguindo se estabelecer em Fortaleza. Depois do primeiro filho, veio o segundo e no fim o terceiro. Minha mãe é a do meio, e eu fico feliz em saber que nos "derivamos" de um amor tão puro e que já enfrentou tanta coisa. Eles continuam juntos, se sentando toda tarde no jardim e contando histórias sobre a juventude.
E agora Analu está vindo por aí, pra conhecer as praias desse Ceará, afinal, aqui está bem longe de ser só Caatinga. E que ela descubra como é sentir a terra fofa nos pés e que se apaixone de um jeito tão inocente assim como meu avô e vó.

                                                                          







Vê-lo ir embora não doeu tanto quanto o depois. Ah, e como doeu. Disseram-me para ser forte, para não chorar por ele porque ele claramente não me merecia, para eu jogar tudo fora, excluir tudo; me disseram várias coisas, mas não me avisaram que esse depois duraria tanto tempo. Não me disseram que outras pessoas usariam o mesmo perfume que ele e que isso ia me torturar muito e de diversas formas possíveis e impossíveis. Que só de chegar perto desse cheiro, eu ia sentir toda aquela avalanche de coisas que eu senti naquele primeiro depois.
Não me disseram que aquelas músicas iam me fazer chorar só por lembrar de suas melodias, logo aquelas que a gente ouvia enquanto estávamos juntos. Nem muito menos disseram que aquelas letras sofridas que eu tanto abominava iriam me descrever tão bem e nem que aquelas bandas, que eram as favoritas dele, iam ser as que eu mais odeio hoje. 
Nunca me disseram que eu iria usar determinadas roupas e lembrar dele instantaneamente, porque as usei nas vezes em que estávamos juntos, ou o cheiro dele simplesmente ainda está ali. Meu quarto tem ele em partes que enquanto namorávamos nem o lembrava, mas agora é como se tivesse a sua foto ali pregada. Ele impregnou em mim de todas as maneiras. E de qualquer forma, não importa o que eu faça, sempre haverá algo para lembrá-lo.
Ouvi diversas coisas sobre o futuro; "vai ficar tudo bem", "você vai esquecer". Mas sobre o agora, ninguém me disse nada. Ninguém me disse como apagar, como matar cada memória e saudade existente no meu corpo. Ninguém nem se atreveu a me dar a solução precisa, porque suspeito que ela nem exista. Ninguém me disse, mas eu sei que esse agora é sem solução. O depois virá, ele será bom. Mas enquanto for agora, vai doer. E enquanto doer, não será o depois. Ninguém me disse, mas aprendi na prática que o único jeito de esquecer é conformar-se com a lembrança, pois ela afirma que existiu. E eu preciso me acostumar com os cheiros, as músicas, as roupas e vê-las de outra forma, como se fossem coisas quaisquer, como eram antes dele. Voltar a ser o que era antes dele. Isso ninguém nunca diz.


                   

Fazia tempo que eu não ficava assim. E eu odeio isso. Odeio essa sensação de impotência e de não poder controlar meus pensamentos. Já ia falar que eu pareço uma adolescente com sua primeira possibilidade de "ter alguém" e lembrei que sou exatamente isso.
Eu li livros demais, e na maioria dos casos tudo era muito lindo. Podia dá muito errado no começo, mas no fim tudo se resolvia. E aparentemente todo mundo é muito bem resolvido sobre beijar ou ficar, não levam tudo para o emocional, e não existe muito esse problema de "será que ele me quer?".
A diferença é que na adolescência isso fica martelando na cabeça. Você se pergunta se você é bonita o suficiente o tempo todo, se ele só vai querer ficar com você ou se ele pelo menos não te acha uma idiota. É, adolescência é um saco, e essa fase mata qualquer um de agonia.
Alguns conseguem ser puramente carnais e só se preocupam com desejo. Eu nunca fui assim, sempre pensei demais e fui sentimental, continuo sendo aliais. Essa história de beijar um e amanhã ele já poder está com outra, nunca entrou na minha cabeça. Desculpe se sou sentimento demais.
Gosto dessa coisa de poder viver em conjunto e ter alguém com quem contar. Só que chegar até lá é uma tortura. Quero colocar na minha cabeça outras coisas, mas ele não sai, e talvez seja só a idealização que criei na minha mente. E descobri que sou muito boba, pois fico louca com um sorriso ou só de imaginar algo. E eu que nunca fui envergonhada, fico morrendo de vergonha dele, e todo mundo fica dizendo tanta coisa que aparentemente eu congelo. Fico querendo me enterrar em um buraco, e se dependesse de mim, a gente nunca se falaria, mas o destino deu um empurrão, fez todos os movimentos e quando vi, ele estava na minha frente e tudo fluiu. E ele foi fofo, sorriu várias vezes e me peguei saindo de lá saltitando. Ele quebrou minhas pernas e conseguiu invadir meus pensamentos. Odeio isso. Eu sei que estou me iludindo demais, mas não consigo controlar. Só que meus pés ainda estão cravados no chão e não tenho medo se algo me atingir. Uma amiga me disse para arriscar, e Deus, eu estou arriscando, só que do meu jeito, morrendo de vergonha e soltando um palavrão ali e outro aqui.
No fim, coloco na minha cabeça para não ter medo do que vem por ai, de não me sentir feia só por causa das espinhas e do meu nariz grande. Pois no fim, o que importa é o que sou, e se isso não for o suficiente, o problema não será mais meu.
Eu que já me privei tanto de sentir, pareço está transbordando agora.

Nota: Oi gente, eu sei que o blog tá amarrotado de textos, mas muitas coisas aconteceram, e aparentemente temos muito o que dizer. E se você tiver passando uma fase como essa do texto, eu entendo completamente e sei que é um horror, principalmente pra quem é ansiosa como eu. Cuidem-se. 

                                                                              

  

Encontrei essa Tag no blog Leituras e Gatices e achei super interessante e decidi trazer aqui para o blog. E lembrando que a Tag foi criada pelo blog Entretanto. É isso, espero que gostem.


1. Só eu que li? - Um livro que a maioria das pessoas desconhece, mas você leu.


Reconstruindo Amelia

                           
Bom, pelo menos eu não conheço alguém que tenha lido. Ele não é tão "pop" como outros livros, mas com certeza está na lista dos meus favoritos. Eu acabei conhecendo ele por acaso em uma post de um blog - que não lembro agora - e acabei me apaixonando. Se quiser saber mais a resenha está disponível aqui no blog.


2. Só eu que não gostei? - Um livro aclamado, menos por você.


A Coroa


                           
Não só por mim, mas a maioria dos sites de avaliação de livros "A Coroa" ganhou uma boa nota. E pra mim foi decepcionante, principalmente por causa da qualidade dos outros livros. Resenha também disponível.



3. Só eu que vi apenas o filme? - Um livro que você quer muito ler, mas só assistiu ao filme.


Maze Runner - Correr ou Morrer


                       
Tenho muita vontade de ler toda a trilogia em si, até já peguei os livros, mas não deu tempo de ler. Fica para uma próxima.


4. Só eu que não li nada dele(a)? - Um autor famoso de quem você nunca leu um livro.


Agatha Cristie


  

E eu até tenho um livro, lembro que comprei ele até na Bienal daqui de Fortaleza. Várias amigas minhas já leram, mas eu sempre acabo colocando uma leitura na frente e nunca deu certo ler algo dela.



5. Só eu que gostei do malvado? - Um livro com um vilão (ou não-herói) pelo qual você torceu mais do pelo mocinho.


Sombras e Ossos.


                            
Não quero dá spoiler, mas nesse livro eu tive foi abuso da mocinha e amava o malvado. Não sei se isso vai continuar nos próximos livros. E em breve tentarei trazer a resenha para o blog. 

6. Só eu acho que panela velha é que faz comida boa? - Um livro já desgastado, mas que você ama.


Misto quente - Charles Bukowski


                              
Eu me apaixonei por "Misto-Quente" e toda a ousadia de Charles Bukowski. Também entrou no hall dos meus favoritos e estou louca para ler mais livros do Bukowski. Resenha disponível.

7. Só eu que leio nacionais? - Um autor nacional que você adora.

Pedro Bandeira

                                           

Esse senhorzinho com certeza marcou a infância de muita gente. Inclusive a minha, adoro os livros dele e até hoje leio e acho que todo mundo deveria ler. 

8. Só eu que amo clássicos? - Um livro clássico que você gostou.


Dom Casmurro - Machado de Assis



                                   
Tenho uma certa vergonha em dizer que não li muitos clássicos, quase nenhum e não cheguei a acabar Dom Casmurro, mas é maravilhoso e a Letícia também adora. 


9. Só eu que li antes de virar filme? - Um livro que foi/vai ser adaptado para o cinema e você leu antes.


Fallen - Lauren Kate



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Bem, eu espero que ainda tenha o filme, pois parece que esse negócio não vai sair nunca. Tá previsto para 2016, mas ando duvidando muito.
Mas amo os livros e a série Fallen me marcou. Ficaria muito feliz com o filme, ficaria, é esperar não colocarem na geladeira e lançarem, afinal já gravaram.


10. Só eu que odiei o (a) principal? - Personagem principal que você odiou.


Fani - Fazendo Meu Filme


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Assim, até que me afeiçoei a Fani, mas as burradas que essa menina faz não dá pra desculpar. Ainda vou ler o 4° livro e certeza que vou ter mais raiva ainda, ó menina para fazer uma coisa simples se tornar difícil. Resenha disponível.


                                                                         


Fins acontecem. Sim, logo de cara assim, pra você nem duvidar que este será um texto direto e frio. Bem frio. Porque é isso que ele foi quando terminou com tudo. Mas fica! Lê até o final! Eu não vou ficar lavando minha roupa suja aqui. Mas, sim, fins acontecem. Pode ser que não; pode ser que você encontre um cara tão perfeito e incrível e tudo de bom que vocês ficarão juntos pro resto da vida, porque pra ele você também é perfeita e incrível e tudo de bom, e para vocês dois, essas coisas são o suficiente. Nem pra todo mundo é.
O fim pode acontecer e não há como prever isso. Pode ser hoje, pode ser amanhã. Mais uma vez, pode ser que nunca aconteça. Pode ser que vocês, de fato, nem venham a acontecer. E toda aquela minha promessa de ser direta e facilmente compreendida foi embora pelo ralo agora mesmo: não há como ser simples quando o assunto é relacionamento. Não existe uma formula exata, uma forma que encaixe vocês dois e os transforme no casal perfeito como diz nas revistas. Vocês podem ser como quaisquer outro que já tenha existido, mas vocês também podem ser como ninguém nunca foi: o tipo de casal que só vocês mesmos poderiam ser, por terem a própria essência, o seu próprio jeito de agir e pensar e tratar o outro.
O que ninguém realmente conta: o amor não é tudo - e eu não estou o banalizando, de forma alguma. Se existe alguém no mundo que acredite no amor, esse alguém sou eu. Mas ele não é tudo quando se trata de um casal, de duas vidas tentando tornar uma só. O amor vai ser o essencial, sim, mas a partir dele outras coisas deverão surgir: paciência, cuidado, abrir mão do seu querer e do seu orgulho pelo outro, paciência, preocupação e mais paciência. Amar significa ter o outro em sua própria vida, o que significa aceitar os seus defeitos. E nem pra todo mundo isso é fácil. Na verdade, pra poucas pessoas é.
A coisa toda com o ciúme é o de menos se outras coisas mais difíceis aparecerem: o fato de ter que organizar o seu tempo pra dedicar uma parcela dele àquela pessoa, a questão do "incluí-la" em sua vida, a parte de acostumar-se com dividir o seu dia-a-dia com alguém. Levando em conta que você não seja adepto a relacionamentos abertos, você com certeza vai querer que essa pessoa participe efetivamente da sua vida, e isso leva tempo, esforço e coragem. Toda essa história exige essas três coisas, além de, é claro, amor.
Mas, no fim das contas, é preciso não ter medo. É preciso dar a cara a tapa pra ver no que dá, porque como eu te falei, relacionamentos não vêm com manuais. Você precisa se arriscar pra ver no que dá. E se quebrar a cara, fica tranquilo. Pode ser que o melhor ainda esteja por vir... E se o próximo doer de novo, tenta novamente. E de novo e de novo e de novo. Até dar certo. Tenta outra coisa. Tenta se amar. Tenta parar de procurar e deixa chegar. O importante é nunca parar de tentar. O que alguns até chegam a contar: a vida gosta de nos testar.



Hoje eu parei pra pensar se você viesse com um manual, um manual que me instruísse como lidar com você do início - quando as coisas eram maravilhosas - ao fim - quando eu tenho que aprender a te esquecer. No início, talvez em nem lesse. Não ia precisar. As coisas iam tão bem... Deixaria tudo rolar. Mas agora, vivendo o fim, eu certamente leria só com a esperança de encontrar na última página uma frase que me garantisse: tudo vai ficar bem. E era só isso que eu queria que alguém me dissesse. Antes, era você esse alguém. Mas sem você, eu preciso de qualquer outra pessoa que me diga que eu vou superar você. Eu preciso superar.
Sabe o que é pior? Não consigo te cortar de tudo - nem de nada, na verdade. Você ainda está em tudo o que é meu: nas coisas que eu escrevo, nos filmes que eu vejo, nas músicas que ouço. Em todo canto, aonde quer que eu vá, existe um pouquinho de você... E assim não dá pra esquecer. Talvez eu nem queira esquecer de fato, porque enquanto durou, eu quis que ficasse. Eu fiz questão de te impregnar na minha mente, guardar teu cheiro nos mínimos detalhes, te beijar toda vez como se fosse a última e tornar aquilo memorável - até encontrá-lo outra vez e de repente não encontrar mais. 
Escrevi uma história com você porque senti que era real. Achei  que fosse verdade, que de alguma forma fosse eterno - apesar de saber que o "para sempre" não se promete a ninguém. Mas eu queria de todas as formas que você fosse permanente como ninguém mais foi, porque você parecia ser o certo. E é incrível como a vida sempre dá um jeito de nos mostrar que não existe essa coisa de "manual", não existe uma fórmula para vivê-la. Eu quis mostrar pra vida que eu sabia de tudo, mas ela me mostrou prontamente que não adianta de nada ser cheio de certezas e não ter reciprocidade. 
Quando eu me pego esquecendo aos poucos, uma música nossa começa a tocar, um texto meu aparece diante dos meus olhos, e tudo volta. Sentir tua falta já é costume, uma rotina desde a hora que eu acordo até a hora de dormir, quando sonho com você e com seus olhos castanhos que já faz tempo desde a última vez que eu os vi de perto. E antes de dormir, nas minhas orações diárias, eu sempre peço para que Deus cuide ainda mais de ti agora, já que eu não tenho mais esse alcance. 
E essa é só mais uma carta que eu não vou conseguir terminar, porque dentre todas as coisas que eu aprendi com você, você nunca me ensinou a te dizer adeus.

N/A: Eu nunca vou saber me despedir.


                   

Fechei os olhos e estava tudo escuro, os abri, a escuridão permanecia ali. Eu tentava fugir da escuridão, mas parecia que nunca chegaria a luz. Todos os dias sentava sozinha no pátio da escola, observando minhas unhas, fingindo pura diferença, querendo que alguém chegasse e pergunta-se: "tá tudo bem?" As falsas sempre chegavam, perguntando a cor do meu esmalte e comentando sobre o novato, como se a minha cara de choro não fosse nítida e as olheiras não fossem profundas. Mas eu ouvia, acenava com a cabeça e respondia, pelo menos alguém estava ali, mesmo que no fundo eu continuasse me sentindo só.
É horrível não se sentir parte de algo, com todos falando amenidades e você querendo comentar algo mas se sentir inteiramente só. O pior é me tocar que as amigas que achava que eram de verdade cravaram uma faca nas minhas costas. Mas minha mãe disse que ninguém está livre do sofrimento e que nos magoar faz parte, e que isso é só o começo.
Então eu mudei de escola. Decidi que agora iria ser diferente. Não ia me adaptar ao que as pessoas eram, seria eu. Cortei meu cabelo na altura dos ombros e fiz uma franja. Passei um protetor labial e coloquei a blusa da minha série preferida. Fui ao primeiro dia sorrindo e não tendo medo das encaradas. Se alguém falasse alguma besteira sobre mim eu revidaria ou daria as costas.
Voltei para casa sorrindo, encontrei meninas e meninos que gostam das mesmas série que eu, dos mesmos livros e que perguntaram onde eu havia cortado o cabelo. Respondi tudo sorrindo e conversando até demais, rindo demais. E tinha sido apenas o primeiro dia.
Uma hora acabamos encontrando o nosso lugar, mesmo que demore. Principalmente quando decidimos que nada vai atrapalhar nossa felicidade.

Nota: Esse texto é dedicado a Sabrina, que algo relacionado a amizade. Tentei me esforçar e espero que o texto tenha saído bom, e a mensagem serve para todos: não tenha medo de ser quem você é. Sejam felizes mesmo, e se você se sente deslocado, não se preocupe, um dia você irá encontrar o seu lugar.

                                                                           

                         Imagem de baby, cute, and family

Sinceramente, eu esqueci qual foi o último dia dos pais que passei lado a lado com meu pai. Dizer que eu não sinto falta seria total mentira, mas hoje não quero falar de coisas tristes, vamos trocar o disco.
Talvez você seja muito nova, como eu, ou seja uma futura mamãe ou um futuro papai, mas vamos partir da ideia que você está longe de ser mãe ou pai e ainda não encontrou alguém.
Sempre esteve na minha cabeça que o pai dos meus futuros filhos precisa ser "perfeito" para eles, colocando eles em primeiro lugar independente de tudo. Existem pessoas ruins no mundo e eu descobri sozinha, mesmo com a capa de proteção da minha mãe e da minha vó. Quero que a vida de quem sair do meu ventre seja completa, com um pai que vá para todas as festinhas da escola, que eu possa dividir a dificuldade de educar uma criança. Que possamos fazer planos juntos e que não seja apenas trocar fraudas.
Deve haver mais sorrisos do que lágrimas. Então pense antes de ser pai, ou se esse alguém com quem você está vai ser bom o suficiente. Viver sem a presença de um pai é uma droga. Ver duas vezes por ano não é suficiente, nem as ligações são. Pai de verdade tem que está presente, sabendo das notas da escola e das paixões, pai é com quem você sempre deve ter assunto para conversar e receber um dos melhores abraços do mundo. Que ele saia para passear e que o meu futuro filho, o seu, não tenha medo de se abrir e confessar os segredos que os aflige. Não vai ser fácil de nenhum jeito, mas que ele esteja lá para acolher nos braços e dizer que tá tudo bem ou dá um sermão.

Nota: Saindo bem tarde, mas esse é nosso Feliz Dia dos Pais! Espero que todos tenham aproveitado esse dia, até mesmo aqueles que a mãe, a vó, ou tio sejam o "pai", os abrace e diga o quanto são importante. Se está com magoado para ligar pro seu pai distante, perca seu orgulho e puxe o telefone do gancho. De resto é isso, esperamos que tenham um ótimo final de feriado. 

                                                                                           


Também já encontrei defeitos em mim,
Já olhei no espelho e fiquei extremamente insatisfeita com o tanto de imperfeições que estavam no meu rosto, no tamanho do meu nariz ou como minhas sobrancelhas sempre parecem precisar de uma ida ao salão. Os meus dois dentes da frente são separados e tenho um freio enorme, preciso até fazer cirurgia. Quando tô de biquíni ou lingerie e vejo minhas estrias tenho vontade de enterrar minha cabeça na areia. Então eu paro, respiro e digo: "eu sou é muito é gostosa". Tudo bem que não é em todas as vezes.
Mas existe o tipo de pessoa que só se bota para baixo, deixa de aproveitar muita coisa por causa do outro. Se você é assim, se ame mais. Olhe que beleza é algo tão relativo e às vezes nem tão importante. O que adiantar o menino ser o maior gostoso, mas ser um babaca? A menina ter o cabelo igual de uma propaganda de shampoo, mas ser puramente fútil? Nos apaixonamos pelo que a pessoa é, não apenas a casca, mesmo que exista toda a questão da atração.
Não precisamos necessariamente nos achar a última coca-cola do deserto. Mas precisamos estar confortáveis conosco, nem que seja preciso ir para a academia de segunda a sexta e estar no salão toda semana. As pessoas falam demais, inclusive nós, julgando sempre o nosso vizinho, mas isso não quer dizer que você é menos. Passe aquele batom vermelho, vista aquele vestido que você tanto gosta. Coloque aquela blusa com uma estampa bem louca e talvez até uma gravata. Coloque aquela música que faz os seus quadris balançarem e a sua voz acabar. Olhe no espelho e veja as infinitas possibilidades que temos de encontrar a felicidade.
Não se preocupe com os filtros nas fotos, ou o retoque no nariz. Como uma professora minha disse uma vez: "Nós nascemos para ser reais, não perfeitos." Mas você também deve olhar ao seu redor e observar. Será que as pessoas que pessoas que estão a sua volta, realmente te fazem bem? Você está sendo você mesmo? Repense sobre isso e veja que talvez o problema não seja você. As pessoas sabem estragar as outras.
Encontre o seu lugar, o que te faz. Seja em um grupo de natação ou em um de pokémon. Seja você e independente de tudo, se ame.


                                                                                    


Foi basicamente por este tweet (e por outro que a Editora Seguinte dizia que elas sairiam em turnê por outras cidade do Brasil) que eu corri loucamente à procura do livro Por Lugares Incríveis. Cartas de Amor aos Mortos eu já li, já fiz resenha e já chorei várias vezes relendo o livro (ou aquele finalzinho dele maravilhoso). 
Quando eu descobri sobre a vinda das duas, fiquei louca procurando o livro de Jennifer Niven, do qual eu já havia ouvido vários elogios de amigos que leram e consideram essa a sua melhor experiência literária. Resolvi experimentá-lo e eu preciso dizer que comigo não foi muito diferente. Estou completamente apaixonada por este livro.

Por Lugares Incríveis

Autora: Jennifer Niven
Editora: Seguinte
Número de páginas: 400
Narração: 1ª pessoa com alternância de eu-lírico
Título original: All The Bright Places

 Dois jovens prestes a escolher a morte despertam um no outro a vontade de viver.

Sinopse

"Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, Violet se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com logos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família.
Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los."

Eu não sei como começar dizendo isso, mas apesar dos dois encontrarem em si mesmos o sentido da vida, em diversas partes do livro eu me peguei tendo sérias crises existenciais. O livro traz dúvidas como: o que estou fazendo com a minha vida? Morrer é realmente a única saída? Por que é tão difícil outras pessoas entenderem a nossa cabeça?
Finch é um garoto claramente problemático, mas infinitamente enigmático. Logo de início você percebe que ele tem problemas, do tipo "problemas mentais que as pessoas apenas usam para rotulá-lo como esquisito". E em diversas partes do livro eu me identifiquei com ele. Eu não tenho nenhum distúrbio mental, mas entendia quando os outros não o compreendiam, quando suas decisões tomadas não eram entendidas e aceitas pelos outros. 
Este livro me fez querer viver. Fez-me querer visitar lugares incríveis e ter alguém para viver isso comigo. Ultravioleta Markante (como Finch chama Violet) encontra no garoto um recomeço, como se sua nova vida se iniciasse ali.

"Amo: o jeito que os olhos dela brilham quando conversamos ou quado ela me conta alguma coisa, o jeito que ela fala as palavras pra si mesma quando lê concentrada, o jeito que olha pra mim como se só eu existisse, como se visse através da carne e dos ossos e de tudo que não importa e enxergasse só o eu que está ali, aquele que nem eu mesmo vejo." (página 226)

Diversas coisas me encantam. Um dos motivos para gostar de Cidades de Papel, por exemplo, são as andanças dos personagens, e isso é o que não falta neste livro.  Se tem duas coisas que eu amo são livros e viagens, e livros que me trazem viagens dentro deles são os meus favoritos, certamente.
Uma das coisas que eu mais gostei é que é simplesmente a vida de dois jovens com muitos problemas e de antemão, tentando não dar spoilers, eu não julgo Finch por suas decisões. Às vezes, nós simplesmente não temos o poder de escolha - os outros podem até achar que sim, mas somente nós sabemos o que se passa dentro de nós mesmos.

"Olho para ela longamente. Conheço a vida bem o suficiente pra saber que não podemos acreditar que as coisas vão ser sempre iguais, não importa o quanto a gente queira. Não podemos impedir que as pessoas morram. Não podemos impedi-las de ir embora. Não podemos impedir nós mesmos de ir embora. Me conheço bem o suficiente pra saber que ninguém consegue me manter acordado ou me impedir de dormir. Tenho que fazer isso sozinho. Mas, cara, como gosto dessa garota." (página 121)

Eu amei este livro. Ele aborda a morte - e principalmente o suicídio - de uma maneira diferente, de maneira que eu nunca havia pensado antes, que nunca nem passou pela minha cabeça. Não é só um romance adolescente. Não são apenas dois jovens que se amam e se salvam. É algo muito mais profundo do que isso e foi o que me apaixonou. E, além de tudo, ele é repleto de citações incríveis e referências lá no fim sobre o início da história. Foi muito difícil escolher esses trechinhos para colocar aqui, mas certamente foram os meus favoritos. Fez-me chorar, rir, sofrer e ter existencialismos que jamais tive. Vai para a lista de favoritos e para a lista de "todos devem ler isto antes de morrer".
A melhor parte ainda vem: li uns meses atrás no Beco Literário que o filme de Por Lugares Incríveis foi confirmado! De acordo com o site, ainda não existem certezas a respeito da produção, mas Elle Fanning foi escalada para interpretar Violet e tais informações foram divulgadas pela própria editora do livro aqui no Brasil. Estou muito ansiosa e ainda mais apaixonada, se é que é possível.
"E se a vida pudesse ser assim? Só as partes felizes, nada das horríveis, nem mesmo as minimamente desagradáveis. E se a gente pudesse simplesmente cortar o ruim e ficar só com o bom? É isso que quero fazer com Violet - dar a ela só o bom, manter o ruim longe, para que o bom seja sempre tudo o que temos à nossa volta." (página 145)


Desde que assisti How To Get Away With Murder e tantas outras séries de temática de advocacia, a Netflix me indica Scandal. Então, eu decidi dar uma chance. Confesso que, desta forma, tenho bastante coisa para falar sobre. 

Scandal

A série, que está em sua 5ª temporada, foi criada por Shonda Rhimes, que também produziu Grey's Anatomy e How To Get Away With Murder - o que nos faz querer que a série seja muito, muito boa. A primeira temporada, que conta com 7 episódios, eu devo dizer que não me prendeu 100%. Continuei assistindo e a segunda é, de fato, bem melhor. 

Sinopse

Uma ex-consultora de mídia do Presidente, Olivia Pope (Kerry Washington) dedica sua vida a proteger e defender as imagens públicas da elite americana, resolvendo problemas antes que o mundo saiba que eles já existiram. Depois de deixar a Casa Branca, ela abre sua própria empresa, na esperança de iniciar um novo capítulo - tanto profissionalmente como pessoalmente -, mas ela parece não conseguir cortar completamente laços com seu passado. 
Olivia é a chefe da equipe formada por Harrison Wright (Columbus Short), Quinn Perkins (Katie Lowes), Stephen Finch (Henry Ian Cusick), Abby Whelan (Darby Stanchfield) e Huck (Guilhermo Diaz).
Desse modo, a trama apresenta um grupo disfuncional que tem a função de mediar as crises empresariais e políticas de seus clientes. A Olivia Pope & Associates é uma firma composta por advogados e investigadores chamados para resolver situações que precisam ficar longe da mídia e da curiosidade do público, antes que cause um escândalo.



[Alerta spoiler!] A questão que implica em diversos problemas na série é que durante a campanha eleitoral do presidente, ele e Olivia engataram em um caso amoroso. Isso traz à série um drama que vez ou outra me dá vontade de abandoná-la. Isso também faz com que o próprio presidente seja um canalha milhões de vezes com a própria esposa, justificando que Olivia é o amor de sua vida. Queria encontrar com o personagem e dizer "querido, me poupe!". [Fim do spoiler]
Outra questão que me intriga é que diversas vezes durante a série, Olivia é apresentada como uma mulher forte, segura de si, cheia de segurança e desimpedida, quando, na verdade, chora o tempo todo e sofre por um amor não resolvido. Às vezes, deixa de agir racionalmente para agir com os sentimentos. Eu digo isso porque meu exemplo de mulher poderosa em casos assim seria a grande Annalise Keating (de HTGAWM). Tento não comparar as duas, mas é inevitável, levando em consideração o papel das duas em suas respectivas séries. As duas são símbolos de força, de poder, advogadas com muitos contatos e que sempre acabam tendo que recorrer para o trabalho sujo. Mas ao contrário de Olivia, Annalise passa por cima de tudo e de todos para o seu sucesso. 



De qualquer maneira, a série tem os seus pontos que me prendem à ela. Gosto da trama na Casa Branca, de como até mesmo o político mais limpo possui corrupção por baixo dos panos. E talvez isto represente alguma coisa em relação à minha personalidade, mas eu sempre gosto dos personagens mais esquisitos e misteriosos: o meu favorito de Scandal é o Huck, o que faz o trabalho sujo. É o meu favorito e talvez o único que eu goste de fato, além do Harrison e Stephen, que até tenho um certo afeto. O restante, nem mesmo fazendo 10 coisas boas anulam 1 coisa ruim que tenham feito; todo mundo é sujo nessa série.


"Huck, você tem que parar de matar pessoas.
- Por quê?"

Mas talvez isso seja exatamente uma coisa boa para a história. Não há ninguém perfeito, não tem um bonzinho neste meio. Todos são vilões, mesmo que façam coisas "boas", passam por cima de qualquer um para conseguirem o que querem. E esse "passar por cima" vai de tomar um cargo importante à realização de um assassinato. 
Os fãs vão me odiar, mas eu não tive um "feeling" enorme pela série. São só pequenos aspectos que me fazem continuar assistindo, mas só até aparecer outra que chame um pouquinho minha curiosidade, e eu mudo. Mas uma coisa é certa: a série apresentou um crescimento admirável e a melhora é nítida. Que continue assim!



"Eu quero ser um gladiador em um terno."


Essa semana, enquanto assistia uma das minhas séries favoritas do momento, percebi que eu nunca havia feito um post sobre ela. E é uma série que me intriga bastante, mas é como Suits e White Collar - sobre as quais eu já falei aqui: a cada episódio, um novo caso, mas uma "temática" para cada temporada. 

Elementary 

Li que a série fora renovada para sua quarta temporada em 2015 e fiquei muitíssimo feliz, pois assisti às 3 primeiras e estava nervosa para saber se estava muito atrasada. A série iniciou em 2012 e mostra uma versão contemporânea de Sherlock Holmes, famoso personagem criado por Arthur Conan Doyle, mas, no caso da série, são histórias que se passam em Nova Iorque (outro motivo para amar). 

Sinopse

"Elementary trata-se de uma adaptação de Robert Doherty para a obra de Arthur Conan Doyle, que traz os personagens Sherlock Holmes e Dr. Watson para o tempo presente vivendo em Nova Iorque. Na série, Watson foi transformado em mulher, interpretada por Lucy Liu.
Sherlock (Jonny Lee Miller) é um ex-consultor da Scotland Yard que chega em Nova Iorque após passar um período em um centro de reabilitação. Forçado por seu abastado pai a dividir seu apartamento com a Dra. Joan Watson, uma cirurgiã que perdeu a licença há três anos quando um de seus pacientes morreu, ele precisa se manter sóbrio e longe das drogas. Assim, Watson pasa a acompanhá-lo em seu trabalho como consultor da polícia de Nova Iorque."


Eu posso ficar horas falando sobre o quanto Sherlock é incrível. Sherlock é incrível. Mas isso não é novidade para quem já conhece o personagem original. Mas mesmo que esse tenha outros aspectos comportamentais, ele continua sendo incrível. Mostra-se humano, mesmo que certos momentos de frieza faça com que quem assista não consiga criar um afeto por ele. Contudo, para mim foi inevitável. Você vê que ele tem sentimentos, tem um lado que poucos têm o privilégio de conhecer e me apaixonei pelo personagem.
Watson também é incrível. Achei uma particularidade fantástica o fato dela ser mulher, pois é uma outra abordagem que acontece na série. [Pequeno spoiler] No início, o pai de Holmes pagava para que Joan fosse sua acompanhante, mas depois de um tempo, dispensa seu trabalho. Watson não quer se desvencilhar de Holmes, então continua trabalhando com ele, mesmo sem receber seu salário. Quando Sherlock descobre, oferece a ela a posição de aprendiz de detetive, alegando que com ela, ele se concentra melhor. [/Pequeno spoiler] 
E uma das coisas que eu mais gosto na série é da relação dos dois. Sherlock não deixa nada claro, não fala sobre emoções literalmente. Mas Joan desperta nele esse lado humano, esse lado que se abre para a conversa. Assim como em Suits há a relação de Mike e Harvey e em White Collar, a relação de Neal e Peter, em Elementary, a relação de Joan e Sherlock é do tipo que há confiança acima de tudo. Sherlock confia nela, pois sabe do bem que Watson o faz e Joan confia em Holmes porque consegue ver o lado bom dele. 


A cada caso, vejo o trabalho sublime de Holmes e o avanço de Watson. E a cada novo episódio, não só o crescimento pessoal, mas do conjunto, da parceira de ambos. Há muitos segredos na série, dúvidas que só nos são apresentadas um pouco antes de serem respondidas. Você se pega tentando suspeitar dos mais bonzinhos e julgando cada caso. O lado investigativo, policial e essencial a cada episódio te prende à série e faz querer mais e mais. 
Vez ou outra, dou um tempo da série. Apesar de ser maravilhosa, são mais de 20 episódios por temporada e às vezes torna-se cansativo. A temática abordada ou os elementos colocados para mexer um pouco com a série - como personagens novos e vilões diferentes a cada temporada - é o que me faz voltar. Até agora, a minha temporada favorita é a segunda e só me resta torcer para que a série continue exatamente daquele jeitinho que eu gosto: Sherlock e Watson com diversos problemas pessoais, mas resolvendo-se a cada caso e mostrando o quão incríveis são juntos, a junção perfeita.