No dia 21, terça-feira, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou a primeira fase da proposta de reforma tributária do governo ao Congresso Nacional. Nesta proposta, está a unificação de dois impostos, o PIS e o Cofins, que se tornariam o CBS, Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços.
E porque isso é importante para a gente? Bem, caso essa proposta seja aprovada pelo Congresso, os livros passariam a ser taxados em 12% pelo governo, automaticamente os tornando mais caros. Os livros são isentos de impostos pela Constituição e no caso do PIS/Cofins, está protegido desde 2004 por uma lei, depois de forte pressão do setor. E agora com essa nova reforma, se abre uma brecha para que os livros voltem a ser taxados novamente. 
Provavelmente falar em 12% não dê uma dimensão do todo. Mas imagine assim: a arqueiro tá com um lançamento novo e você precisa muito comprar! Só que ao invés dos 40 reais tradicionais (que já são bem carinhos) nós passaríamos a pagar 44,80 (é um cálculo rápido gente, só multiplicar 40 x 1,12). Seria o acréscimo de R$ 4,80 em uma única compra. Agora imagina se fossem 4 livros por esse valor, seria R$ 179,20, ao invés de R$ 160,00, se os livros fossem 40 reais. 
Para muitas pessoas, isso pode ser um valor irrisório, mas para a maior parte da população brasileira, que tem renda em média de R$ 1.439, é muito dinheiro, principalmente quando você tem esse valor para se sustentar ao longo do mês. Além disso, o brasileiro lê em média 2,46 livros por ano! E a gente sabe que existe uma grande parte da população que não lê nenhum. Desse modo, essa taxação só desmotivaria futuros leitores (além de não contribuir em nada com os autores nacionais e editoras).
#NãoATaxaçãoDosLivros

                                                                                      




Hoje, dia 25 de julho é o dia nacional do escritor. A data foi escolhida em 1960 pelo ex-ministro da educação e cultura Pedro Penido, em comemoração a realização do I Festival do Escritor Brasileiro que ocorreu nesse dia em 1960. 

Mas hoje, 60 anos depois da escolha dessa data, o que devemos comemorar e o que mudou? Primeiro, comemorar e parabenizar tantos escritores maravilhosos que nos presenteiam com suas obras e que graças a internet conseguiram lutar por um espaço maior. Mas as coisas continuam não sendo fáceis, viu. Principalmente em um país que prefere taxar livro e afrouxar o liberamento das armas (isso aqui é assunto pra outro post, aguardem) e o que o incentivo a cultura continua sendo pequenininho. 

São pessoas que lutam diariamente por seus sonhos e pela possibilidade de pôr o sorriso no rosto de alguém. É quem briga com o papel em branco, sem saber às vezes como começar uma história ou terminá-la. É quem chora e sofre, porque às vezes é tão difícil! E levanta de novo, porque escrever é simplesmente um vício. É quem trata seus personagens como filhos e dorme frequentemente com eles na cabeça. É quem do nada está em algum lugar e uma vozinha sussurra: “psiu, deixa eu te contar uma coisa”. É quem cresce através das palavras e ajuda muitos outros a se encontrarem por elas. 

Muito obrigada por existirem e fazerem a minha vida muito mais feliz. E também, aos poucos vou tomando coragem de assumir esse posto de escritora, meio tímida, mas realizada demais. P.S.: Hoje já recebi meu primeiro “feliz dia”.




Quando eu era criança, a minha avó paterna dizia que "O Pequeno Príncipe" era o livro que todo mundo deveria ler e reler em diferentes fases da vida, porque ele sempre traria uma nova perspectiva sobre a história e causaria novas reflexões. Li quando era mais nova e confesso que não entendi muita coisa. Não me causou impacto, sabe? E por muito tempo não entendi o sucesso que esse livro faz com base nessa minha primeira leitura. 
No início desse ano, estava passeando por algum site de livros e vi a capa dele. Bateu a curiosidade de novo e resolvi reler, depois de mais ou menos 10 anos da minha primeira leitura. Foi completamente diferente da primeira, obviamente, e pude entender muito melhor porque gostam tanto.
Além de refletir sobre os significados dessa história, essa releitura me trouxe outra pauta: o costume de reler livros. Eu nunca tinha parado para pensar nisso, porque não tenho essa prática. Em 2020, com a quarentena e a pausa nas minhas aulas, andei arrumando a minha prateleira e separando alguns livros lidos há muito tempo para relembrar essas histórias. Também dei uma olhada em alguns livros já esquecidos na biblioteca do Kindle e percebendo como muitas histórias já se perderam na minha cabeça - restando apenas a sensação de que gostei muito ou mesmo nem tanto assim.
Uma dessas releituras foi a série completa de Harry Potter. A minha avó materna sempre amou muito e já releu tantas e tantas vezes que é capaz de ter trechos decorados. Eu, por outro lado, havia lido uma vez, quando era bem mais nova e os filmes ainda estavam em fase de lançamento. Embora ame todo o universo da história, sempre consumi mais os filmes e me preocupava muito mais em dedicar a minha leitura a coisas novas. Achava que não tinha como esquecer o suficiente para que a leitura fosse prazerosa e surpreendente. E, a título de registro, foi incrível reler essa saga; percebi como consigo gostar ainda mais da história, me "reapegar" aos personagens e fiquei presa - de uma forma bastante prazerosa - por alguns dias em um sentimento de nostalgia sem fim.
Outra história que resolvi revisitar foi a de "Por Lugares Incríveis". A adaptação saiu recentemente e foi assistindo a alguns vídeos de resenha que eu percebi como não lembrava de nada do livro e o filme, que tinha me causado indiferença, na verdade ficou bem ruim. E eu li esse livro em 2016, emprestado por um amigo. Ou seja, não precisava passar 10 anos para reler e ter novas sensações com essa leitura. Talvez seja mais como a minha avó paterna diz: a cada releitura, uma nova experiência. Talvez isso se encaixe a outros livros, não apenas a "O Pequeno Príncipe"
Estou me propondo a reler essas histórias das quais tenho boas memórias sentimentais, mas pouquíssimos detalhes armazenados sobre a história em si. O único receio agora é reler e perceber que a minha percepção sobre o livro pode mudar completa e negativamente, mas isso é assunto para outro post. 
Vocês costumam reler? Acham que a releitura pode trazer novas experiências, mesmo naqueles casos em que você conhece de cabo a rabo o que livro está contando? Diz aí se você costuma refazer essas viagens ou se tem vontade de adotar essa prática. Até a próxima!




Inimigos que se apaixonam

Eu não sei vocês, mas eu adoro histórias que os personagens simplesmente se odeiam e depois descobrem que são absolutamente loucos um pelo outro. É simplesmente maior que eu, gente. E acho que não é só eu que sou apaixonada por esse clichê, porque ele vem se repetindo muito nos últimos anos e até encontrei uma lista no Goodreads sobre o assunto, vou deixar o link aqui
Mas eu escolhi segui uma linha bem tradicional com as duas dicas de hoje, mas quero fazer uma menção honrosa aos livros "O jogo do amor/"ódio"" da Sally Thorne e "Anything you can do" da R.S.Grey.

1. Orgulho e preconceito, Jane Austen 

Orgulho e preconceito já consegue dizer a que vem até no nome. Aqui a gente tem um clássico (literalmente) e para mim é uma das melhores representações de inimigos que acabam se apaixonando. Pois Lizzie e Darcy foram complicados um com o outro, mas no final a gente já sabia que tudo ali era amor, né. Além disso, você pode ter acesso a obra em dois formatos, já que o livro foi adaptado em 2005. 
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2. 10 coisas que eu odeio em você 

                       gif Black and White movie 10 things i hate about you 10 Coisas que ...

Esse filme é uma preciosidade e acredito que 90% das pessoas o assistiram pelo menos uma vez na vida. Aqui tudo é amor e tem o Heath Leadger! Eu vou chorar, pelo amor de Deus. Mas pra quem nunca assistiu o filme, basicamente Patrick (o personagem do Heath) é subornado para tentar conquistar Kat, porque assim sua irmã, Bianca, poderá namorar. Acho que vocês já perceberam que temos uma reunião de clichês nessa obra, com o mais detalhe ser meio bad boy e ela toda meio nerd. E tudo isso foi uma adaptação moderna de "A megera domada", ou seja, Shakespeare também era fã de clichê. 

                                                                             



Amigos que se apaixonam 

Particularmente, eu adoro um clichê. Daqueles bem água com açúcar e que eu já sei muito bem o que me espera no final da história. E existem algumas divisões nessa ruma de clichê que encontramos pelo mundo. Então, durante esse mês, decidimos falar sobre alguns desses que fazem nosso coração ficar quentinho e feliz. 
Lembrando que o fato de um livro, filme ou série ter um enredo clichê não significa que ele é automaticamente bom ou ruim. Tudo está na forma como a obra é conduzida e como nos familiarizamos com os personagens. 
Para o post de hoje, vamos falar sobre um tipo de clichê que eu particularmente a-d-o-r-o: Amigos que se apaixonam. Quem não ama uma bela história de melhores amigos e sofre horrores com ela? Eu sempre sou muito tombada por essas obras. 

1. Fazendo meu filme, Paula Pimenta 

                            Fazendo meu filme em quadrinhos - Volume 2: Azar no jogo, sorte no ...
                                   Fazendo meu filme em quadrinhos: Volume 2 - Azar no jogo, sorte no amor?

Fazendo meu filme é uma série de 4 livros que fez e faz muito sucesso no Brasil. Me lembro como se fosse hoje das minhas colegas do 9 ano pirando por causa da história da Fani e do Léo. E só pelo fato da Paula Pimenta ter conseguido estourar entre o público jovem no mercado editorial brasileiro que é tão difícil, demonstra como o seu material é bom. Na trama nós conhecemos Fani, seus vários amigos, e Léo. Eles são amigos há um bom tempo. Ele apaixonado por ela há mais tempo ainda, mas sem coragem de dizer os seus verdadeiros sentimentos para ela. Então, durante 4 livros acompanhamentos a história deles ao longo dos anos e como o amor pode ser beeem complicado. 
 


2. Simplesmente Acontece

  Filme assistido: Simplesmente Acontece - Dose de Ilusão

Olha, o tanto que eu sofri com esse filme não está escrito, viu! Aqui acompanhamos a história de Alex e Rosie, amigos desde a infância e puta merda, como eu chorei nessa bagaça! Aqui é muito claro para absolutamente todo mundo, mas todo mundo mesmo, que eles se amam, querem se pegar, dar uns beijo na boca e fazer uns filhos. Mas nãoooo. Sendo assim, somos levados por anos e anos de sofrimento, com tanta coisa acontecendo na vida deles e ainda tem um CASAMENTO para você se descabelar e sofrer mais um pouco. Enfim, o filme é baseado no livro de mesmo nome da Cecelia Ahren, aquela mesma mulher cruel de P.S. Eu te amo. Então, é uma dica em dobro. O filme está disponível no Prime Video. 

Acho que é isso, eu poderia falar sobre vários outro filmes e séries com esse tema, como "Se Miss Lizzy Falasse" e "O melhor amigo da noiva", mas agora quero saber de vocês quais são seus títulos favoritos envolvendo melhores amigos que se apaixonam. 

                                                                                      




Feel the Beat

Sinopse:

Em Feel the Beat, April (Sofia Carson) é uma dançarina que não consegue seu sucesso na Brodway e decide retornar à sua pequena cidade natal. Relutantemente, ela é recrutada para um grupo de jovens dançarinos desajustados para um grande competição. 

Sabe aqueles filmes da sessão da tarde, que a gente assistia deitada no sofá ou na cama? Ou quando assistíamos High School Musical e queríamos sair cantando por aí? Bem, é isso que senti com Feel the Beat, só que ao invés de querer soltar a minha linda voz, queria dançar como a boa dançarina que sou. 
O filme começa com April fracassando na sua vida como dançarina na Brodway e tendo que voltar para casa, em uma cidadezinha pequena nos EUA. Chegando lá, ela se vê na posição de professora de um grupo de jovens dançarinos diversificados e bem desajustados, preparando- os para uma grande competição. Além disso, ao voltar para sua cidade natal, April recontra seu ex-namorado (e que boy, meus amigos). 
A trama é bem simples, com April tendo que superar o seu orgulho e avaliar o que realmente é importante na vida, apreendendo o que realmente vale a pena com esse grupo de crianças maravilhosas. 

    Feel the Beat: Conheça o filme de Sofia Carson que está no top 10 ...
(Reprodução Netflix)

Por falar em crianças. Aqui temos um grupo bem diversificado, com crianças pequenas, maiores, pré-adolescente, uma surda e que possuem diferentes aspectos em sua vida. Por esse caminho, a dança também as une através das adversidades, conquistando inclusive os seus pais. 
Agora uma pausa para falar de Nick (Wolfang Novogratz). Apesar do romance entre ele e April não serem a figura central do filme, a fofura entre os dois é a coisa mais "iti malia, que lindos", e eu já tava "vamo se beijar, meu bebê". 

                       the novogratz | Tumblr
 (Reprodução Netflix)

Enfim, Feel the Beat é o filme perfeito pra assistir quando a gente tá meio pra baixo (ou não) e permitir ser feliz pelas pequenas coisas da vida. Acredito que o que faça uma obra realmente ser boa, não é uma trama super encaixada, cheia de peculiaridades e uma grande carga dramática, e sim em como nossos sentimentos são levados durante aquele período. E tudo o que eu senti com Feel the Beat, foi uma felicidade pura que há muito tempo não sentia.