Enfim, chegamos a última parte do Natal com os Bridgertons, exatamente no dia 25, quando tá todo mundo derrotado depois de tanto comer na véspera. Hoje iremos falar sobre os 3 últimos Bridgertons e espero que tenham gostado do nosso amigo secreto sem bailes e ceias e só uma doida escrevendo besteira.

AMIGO SECRETO 

Foto: Blog Adormecidas

DAPHNE 

Achei de bom tom começar com aquela que me apresentou a família Bridgerton e praticamente ao mundo dos romances de época. Daphne é decidida e a mais velha entre as irmãs. Não tem muita paciência para seus pretendes chatos e as danças intermináveis. Gosta é de um bom desafio, na realidade. Além disso, ela luta por si e por aqueles que ama, com pressa em mudar as coisas e obviamente cometendo erros. Apesar de gostar muito dela, de seu jeito esperto e de não ter medo de expressar seus sentimentos, ela foi de longe a irmã que mais me decepcionou. Então meu presente é um semancol. Juízo, mulher! (Apesar de tudo, gosto dela, viu)

GREGORY 

Aqui temos um menino apaixonado. Disposto a tudo pelo amor. Diferente de todos os outros boys, Gregory não fica com o discursinho de: "Nunca vou me apaixonar. Sou putão." Só que exatamente como aquela música do Exaltasamba, ele se apaixonou pela pessoa errada. Tadinho, gente. Fica correndo atrás de uma que não tá nem tchum pra ele (tô musical hoje, viu) enquanto a dona da porra toda tá do seu lado! Mas perdoem o rapaz por ser meio lesadin, depois ele se toca e luta (luta mesmo) pela mulher que ama. A definição de homão. Vou dar um óculos de presente pro bixin. P.S.: La la la lucy (Ai, Gabi, só quem viveu sabe).

ELOISE 

A quinta Bridgerton, atiradora de Elite, fugitiva, melhor amiga da Penelope, escritora de cartas oficial da família entre tantas coisa mais se chama Eloise Bridgerton. Todo mundo acreditava que ela ia virar uma vitalina/moça velha (mulher que não se casa, como diz aqui no Ceará), porque aparentemente para a sociedade londrina 28 anos é uma idade muito avançada para uma mulher não estar casada (para um homem, não). A questão é que Eloise não está nem aí para esses babacas engomadinhos e para ela tudo bem não se casar. O negócio é que ninguém foge do amor, não é? E Eloise foge para encontrar ele como mulher decidida que é (e sofre, viu) e faz todos seus irmãos (menos o Colin) entrarem em estado de loucura. Para ela o meu presente é um kit detetive, com arma e tudo. 
Nota: E chegamos ao fim (Ahhhh)! Foi muito divertido escrever e compartilhar com vocês o amigo secreto da família Bridgerton e falar um pouco sobre esses personagens que amo. Espero realmente que tenham gostado dos posts e se interessado pelo mundo criado por Julia Quinn e fiquem esperto, porque 2020 será um ano e tanto para os fãs dos Bridgertons. 


Voltamos para a parte dois do Natal com os Bridgertons e nosso amigo secreto da alta sociedade inglesa. Para quem ainda está perdido neste rolê, clica aqui para ler a primeira parte que explico tim tim por tim tim sobre esse super evento. No post anterior tiramos Violet, Anthony e Colin, agora vamos tirar mais 3 papeizinhos e descobrir quem da família Bridgerton terá seus segredos revelados. 

AMIGO SECRETO

Foto: Blog Adormecidas


HYACINTH 

Ela é a caçula, curiosa e adora aprontar várias confusões (bem sessão da tarde, hein). Ela é perspicaz e não desiste de um desafio de jeito nenhum. O seu livro, "Um beijo inesquecível", é um dos meus favoritos. Diferente de tantas outras damas da sociedade, ela é birrenta, gosta de falar na cara das pessoas e apesar de seguir as regras não gosta nenhum pouco delas. Então, o seu atrevimento, jeito de moleca e tantas outras coisas mais que tiram o juízo de sua mãe e seus irmãos, faz com que ela seja completamente maravilhosa. Mas além de enaltecer o poder feminino, tenho que dizer que sou meio apaixonada - até demais - pelo boy dela e pelo fato dele ser apaixonado exatamente por ela ser quem é. Meu presente para a Hyacinth linda é uma caça aos tesouros, vou esconder tudo e sei que ela vai amar essa caçada. P.S.: Gareth sim ou Gareth não? GARETH MAISS.

BENEDICT 

O segundo filho e o mais alto de todos é um apaixonado e muito lesado, mas MUITO lesado. Com jeito de artista e um corpo escultural (o que é este homem saindo da água do jeito que veio ao mundo?). Apesar de seus músculos e da aura poderosa, ele possui um jeito muito doce e completamente apaixonante, só que pode ser bem vacilão também (eu não esqueço dos teus vacilo, boy). Por fim, Benedict, o artista da família, recebe de mim uma linda pintura imprensa diretamente do Pinterest.

FRANCESCA

Francesca é a filha que foge do fuzuê costumeiro de sua família. Mas retraída e pensativa, ela se faz uma caixinha de surpresa. E quando começamos a descobrir o que ela tanto guarda escondido de seu sorriso tranquilo ela se torna mais encantadora ainda. Foi nela que percebi uma profundidade que talvez não tenha sido tão trabalhada em outros personagens, talvez pela personalidade dela, ou por tudo que ela passou. Afinal, não é fácil perder um marido e um bebê tão de repente. Então, a gente já começa o livro dela, "Um Conde Enfeitiçado", com o coração completamente partido. Mas ela supera bebê e ave Maria, que superação! (Sou muito apaixonada no boy dela, muito muito muito mesmo). E para ela o meu presente é um pônei de pelúcia (Cê só vai entender a piada se ler. Tá perdendo tempo porquê?)




Nota: Gente, olha como eu tô rápida! Já temos a parte 2 do amigo secreto mais babadeira da alta sociedade londrina! Espero que tenham gostado e já a gente volta com a parte 3. Foto da mulher encontrada no Pinterest.


Passa o salpicão, o panetone, o arroz à grega, a farofa...Imagina como deve ser uma loucura o natal dos Bridgertons (e provavelmente nem farofa eles comem, afinal é em mil oitocentos e bolinha)! Então vamos adicionar muito chá nessa conversa e talvez alguns biscoitos. 
Natal com os Bridgertons foi uma ideia que surgiu depois de uma seguidora pedir no Instagram para que falassemos sobre a família mais agitada da alta sociedade. Com isso veio a ideia do amigo secreto, para que vocês pudessem conhecer os personagens um pouco mais. Além disso, serve como esquenta para a série que irá estrear próximo ano na Netflix. 

AMIGO SECRETO 



O primeiro passo é saber que a família Bridgerton é ENORME. De filhos temos 8: Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth (em ordem alfabética e de nascimento também). Além dos filhos, temos a matriarca e dona da porra toda: Violet Bridgerton. Para cada filho existe um livro com o adicional de um livro com segundos epílogos. Mas vamos deixar de conversar e começar o amigo secreto!

VIOLET

A minha primeira amiga secreta é exatamente quem começou toda essa história. Ela deu à luz a 8 filhos e viu seu marido morrer quando ainda não havia saído da casa dos 30. Ficou com um monte de filho pra criar enquanto ainda carregava Hyacinth na barriga. Anthony, o filho mais velho, tinha apenas 18 anos e carregou o peso de se tornar o chefe da família. Enfim, minha amiga secreta, Violet, é uma mulher forte, a verdadeira chefe dessa família e a casamenteira oficial. Para ela vou dar um conjunto de joias (bem chics). E só por sua presença quase onipresente em todos os livros você já deveria lê-los. 

COLIN

O meu próximo amigo secreto (porque tirei todos) é o terceiro filho e tem um dragão dentro da barriga. Se ele fosse brasileiro e vivesse neste século, iria se esbaldar no São João! Amo que ele interfere na maioria dos relacionamentos dos irmãos (e só pra coisa boa) e quando a briga ta pegando fogo ele tá batendo uma boquinha. Menina, o nome dele é Colin.
O mais engraçado de tudo é que quando chega no seu livro, o boy caí de quadro igual um cachorrinho por quem ele duvidava se apaixonar. O tombo foi MARAVILHOSO! Além disso, durante sua história, pudemos descobrir outras facetas dele fora a parte comilona. P.S.: De "Os segredos de Colin Bridgerton", a melhor personagem é a Penelope (e você só vai descobrir lendo, bebê), ela realmente é a joia de toda a trama. P.S.:² E meu presente séria uma cesta de café da manhã! 

ANTHONY 

O terceiro e último de hoje é o visconde libertino que todo mundo ama (eu acho, né). Esse boy, frequentemente irritado e gritando "Vou matá-lo" a todo instante gosta do babado! E ele é decidido, viu. Quando começamos a leitura do seu livro, "O Visconde que me Amava", ele bate o martelo e decidi que quer casar (mas ele vai mirar na pessoa errada. A vida não seria tão fácil assim, bebê). E é lindo ver outro macho sendo tombado pelo amor e por uma abelha! A estrela desse livro é a abelha. Obviamente não irei revelar porque ela é tão importante. E também é durante sua história de amor meio cão e gato, que temos o jogo de pall mall, e garanto que sua vida irá mudar depois de descobrir sobre o taco da morte.
Eu poderia o presentar com várias coisas, então escolhi fazer um kit: um pote de mel, um par de meias com estampa de abelha, um dorflex, advil e provavelmente um calmante.

Nota: Decidi dividir o post de amigo secreto em 3, porque provavelmente ficaria cansativo falar sobre toda a família Bridgerton em um post só e também para saber se vocês estão gostando dessa ideia. Espero que tenham se divertido. P.S.: Ilustração encontrada no blog Miss Bennet.
                                            


Foto: Blog Adormecidas
Autor(a): Heloisa Bernardelli
Editora: P.S.:
Nº de Páginas: 228
Narração: 3ª Pessoa

Sinopse:

Anna e Alex se conheceram na madrugada em que a casa da família dela foi engolida pelo fogo; queimou todinha, do começo ao fim. Pelo menos foi o que ouvi dizer. Eu ainda não estava lá. Em compensação, estive lá por muito tempo depois. Rodando por Sheffield e os acompanhando bem de perto, com meus autofalantes entoando músicas que eles chamavam de indie, mas que pareciam apenas barulhentas para uma caminhonete velha como eu. Fiz silêncio enquanto eles liam. Enquanto cochilavam. Se apaixonavam. Ah, sim, eu flagrei todos aqueles olhares de Alex, que Anna nunca viu. E todos os sorrisos dela, que por azar ele não percebeu. Ouvi as declarações que não fizeram, as discussões que engoliram, o amor que aquietaram. Até que nos mudamos para os Estados Unidos. Alex, sua infelicidade e eu. Por muito tempo, fomos só nós. Mas existem boatos de que Anna está chegando. Talvez não no melhor dos momentos, é verdade, mas quem sabe assim ele pare de meter os pés pelas mãos. E, bem, na pior das hipóteses, ainda nos reuniremos outra vez, como nos bons e velhos tempos.

Nas palavras de "The Killers", "Agora estou caindo no sono/E ela está chamando um táxi/ Enquanto ele está fumando/E ela está dando uma tragada/Agora eles estão indo para a cama/ E meu estômago está embrulhado/ E está tudo na minha cabeça, mas/Ela está tocando o peito dele agora/Ele tira o vestido dela, agora, me deixe ir." Com certeza essa poderia ser a trilha sonora deste livro. Afinal, a história é uma grande tortura formatada em 228 páginas. Pois não é fácil está instalada na casa dos pais da noiva do seu melhor amigo (e por quem é apaixonada há anos) esperando o dia do casamento deles. É exatamente isso que Anna tem que suportar.
Anna e Alex são amigos desde a infância. Moldaram a vida um no outro desde então. Trocavam ligações de longa duração, silêncios duradouros, confidências, mas nunca tiveram coragem de assumirem o que sentiam de mais profundo um pelo outro. Parecia que em todos os momentos que poderia se encaixar um "mais" surgia um grande "porém". Dessa forma, a relação dos dois foi se distanciando cada vez mais, até chegar no dia que Alex vai entrar em uma igreja com uma mulher que não se chama Anna.
"Era de uma melancolia pouco familiar descobrir que até o calor da presença dele lhe causava incômodo, e, cada vez que ele se aproximava, seu coração parecia gritar, aflito para que Alex se afastasse antes que fosse tarde demais." Página 42
"Se Miss Lizzy Falasse" é uma grande viagem. Embarcamos no lado do passageiro e Miss Lizzy, uma caminhonete antiga, relata os anos de burrice de seu dono e a melhor amiga. Com o rádio ligado no último volume, tocando uma música indie/rock que certamente não conheço, ela fala que Alex viu a casa de Anna pegar fogo por inteiro quando ainda estava na casa dos 10 - ela sequer existia para os dois -, e que desde então não se largaram. Gostavam de serem dois estranhos, com gostos musicais parecidos e aversos a uma baladinha pop e romântica. O que é irônico, eu e Miss Lizzy rimos, afinal, a história dos dois se encaixa perfeitamente em "You Give me Something" do James Morrison - o que eles não gostam nenhum um pouco. Apesar da máscara de indies intoxicadores de pulmões, a vida os muda e os leva para caminhos diferentes.
Intercalando entre flashbacks do passado e dias antecessores ao casamento de Alex, o que a voz embargada de Miss Lizzy causou foi dor. Dor por ela e eu entendermos que tamanho sofrimento foi causado pelo medo e pelos vários momentos de silêncio dos dois. Silenciosamente, se reconhecendo no olhar um do outro, nas histórias e nos passos esquisitos de dança, sabem que são apaixonados um pelo outro, mas não dizem nada.
"Seu coração, o mesmo que parecia ter pego um resfriado violentíssimo pouco antes, de repente saltou de onde estava e esperneou aflito ao ver seu visitante mais assíduo bem ali, tão perto outra vez." Página 89
Talvez, e acho que a velha caminhonete concorda comigo, o pior papel nessa história seja o da Madson, a noiva. Apesar de ter chamado ela de burra incontáveis vezes, e por ela ser na teoria a personagem que separa os dois principais, deve ser muito doloroso perceber que o cara que você está prestes a se casar nunca vai te amar da mesma forma que ama a melhor amiga. Sinceramente, não entendo por que ela ainda se prestou o papel de ficar, só que ao mesmo tempo, sei que quando a gente gosta de alguém é difícil deixar a pessoa ir, mesmo sabendo ser o melhor para ela.
Nessa viagem com Miss Lizzy, atravessando anos, vendo Anna e Alex se tornarem melhores amigos, se apaixonarem, escutarem músicas até quase estourarem os tímpanos, dançarem, fumarem e beberem até demais, me tornei um misto de felicidade e tristeza. Felicidade de poder visualizar a beleza do amor do dois, como amigos e amantes. Tristeza em observar o medo, o silêncio e as tantas burradas que me fizeram praticamente gritar para as parentes e chorar igual uma louca em um sábado solitário.
"— O jeito como você olha para ela. Alex, você nunca me olhou dessa maneira, e eu não tenho certeza de que algum dia você vai." Página 145
Por fim, depois dessa montanha russa de sentimentos e praticamente uma road trip, o que tiro dessa história bonita e extremamente delicada, é que antes se nos entregarmos alguém, precisamos nos entregar para nós mesmos. Por que no fim, o "porém" que os separou por tanto tempo, se chamava Alex e Anna (Madson só tava lá pra sofrer, coitada).
Lembrando que a primeira versão da história está disponível no Wattpad, intitulada por Friendzone e vocês poderem adquirir este lindo livro no site da P.S.:.

              

                                                              

Foto: Blog Adormecidas

Autor(a):
Jenny Colgan
Editora: Arqueiro
Nº de páginas: 336
Narração: 3ª Pessoa 

Sinopse: 

Um balneário tranquilo, uma loja abandonada, um apartamento pequeno. É isso que espera Polly Waterford quando ela chega à Cornualha, na Inglaterra, fugindo de um relacionamento tóxico.
Para manter os pensamentos longe dos problemas, Polly se dedica a seu passatempo favorito: fazer pão. Enquanto amassa, estica e esmurra a massa, extravasa todas as emoções e prepara fornadas cada vez mais gostosas.
O hobby se transforma em paixão e ela logo começa a operar sua magia adicionando frutos secos, sementes, chocolate e o mel local, cortesia de um lindo e charmoso apicultor.
A padaria dos finais felizes é a emocionante e bem-humorada história de uma mulher que aprende que tanto a felicidade quanto um delicioso pão quentinho podem ser encontrados em qualquer lugar.
"Mas agora, com o sol aquecendo as costas dela, respirou fundo e tentou focar no futuro, em vez de no passado. Sim, o futuro era um cenário assustador, mas que cenário não era?" Página 72
Desde que li "A Pequena Livraria dos Sonhos" - já resenhado aqui - me apaixonei completamente pela escrita da Jenny Colgan. Ela escreve o tipo de livro que abraça, lhe bota num cantinho e enche o seu coração de coisas boas. Isso começa logo pelas propostas dos livros da autora. O primeiro fala sobre uma livraria móvel e esse sobre uma padaria, o que significa que durante todo a trama fiquei passando fome. Era como se conseguisse sentir através das páginas o cheirinho de pão no forno e o gosto do mel na língua. 
Polly, a personagem principal, não apenas tem o nome da Polly Pocket, como tem um marido: Chris, o vacilão, e eles estão em falência. O começo da história lembrou muito o começo de "A Pequena Livraria dos Sonhos", exatamente porque ambas as personagens principais estão ferradas, desempregadas e sem saber o que fazer.
"Só por um segundo - um delicioso segundo -, o mundo inteiro congelou, e Polly percebeu que ele estava prestes a beijá-la. Durante esse longo instante, ela soube que o beijo seria tudo o que sempre sonhara, tudo o que sempre desejara; soube que, depois, a despeito do que fosse acontecer, talvez nunca mais fosse querer beijar outra pessoa." Página 259
Polly precisa arrumar um emprego e achar uma casa para morar - já que o seu apartamento chic que dividia com Chris foi devolvido ao banco, e ele não a chamou para ficar com ele na casa de sua mãe - e nisso tudo acaba se mudando para Mount Poulbearne, uma pequena ilha na Cornualha (e totalmente fictícia).
A partir do momento que Polly se muda para a cidadezinha com uma ponte que fica submersa de hora em hora, sua vida começa a mudar. Polly começa a fazer seus vários pães deliciosos e quando ver toda a cidade já ama a sua comida. Porém, só depois ela finalmente consegue ver o seu hobby como fonte de renda e começa a ganhar um dinheirinho (afinal, ela precisa).
Nesse meio tempo, Polly conhece Tarnie, um pescador bonitão e super prestativo, além de seus companheiros de tripulação (que são muito fofos também), Huckle, o gigante e loiro norte-americano que produz mel e a Sra. Manse, sua senhoria e dona da única padaria da cidade.
A história contém um romance lindo (apesar de achar que a autora se repete), mas o ponto chave é a construção de Polly. De como ao longo das páginas ela ressignificou a sua vida. Saindo da fossa e se superando, fazendo o que gosta e sendo ela de verdade.
A cidade também é uma personagem. O fato dela se manter longe e ao mesmo tempo perto da cidade grande, de se fazer como refugio, constrói toda a ambientação da história. E ela também se reconstrói com a evolução de seus habitantes. Então, saímos de uma simples cidade pesqueira para um lugar que significa "lar".
"— Minha rainha — recitou 'Fulano', em um tom grave e monótono, lendo um cartão. — Que a força esteja conosco conquanto viajamos pela galáxia da vida. Prometo nunca ceder ao lado negro..." Página 307 (Botei "Fulano" para não entregar quem é o personagem) 
Uma parte muito importante também é a importância que se dar aos pescadores e ao mar. Parece que às vezes nos automatizamos e esquecemos que o alimento que consumimos foi produzido por alguém. O caso dos pescadores é bem especifico, visto que é uma profissão super perigosa e que esquecemos constantemente de reverenciar. Não posso deixar de falar, exatamente por causa dos vazamentos de óleo nas praias do nordeste (e porque sou nordestina) de como temos que defender o mar, os animais e a profissão das pessoas que precisam trabalhar nele.
Por fim, Jenny Colgan consegue entregar mais um livro maravilhoso, que encheu o meu rosto com sorrisos intermináveis, me deu muita fome e tem receitas maravilhosas. Além disso tudo, a história tem o MELHOR casamento de todos e Neil, o papagaio-do-mar, é a grande estrela desse livro (a coisa MAIS linda desse mundo)

Esse é um papagaio-do-mar. Não é a coisa mais fofa?


                                    

                                                               


Via Pinterest

A casa silenciosa. Os raios de sol entrando de fininho por trás da cortina, invadindo o quarto pintado de branco, assim como meus olhos sonolentos e inchados de choro. Sentada sozinha no meio da cama grande, enrolada em dois lençóis, escutando apenas o barulho do primeiro noticiário, perguntava-me quando aquilo ia passar. Por que viver doía tanto? 
Os dias eram cinza, cercados por ambientes claustrofóbicos. O ônibus lotado das seis e meia da manhã; a sala pequena de iluminação amarelada que dividia com mais 3 pessoas no trabalho; as ruas cercadas de prédios altos que não permitiam a visualização perfeita do céu; o barulho constante de buzinas; a poluição que preenchia meus pulmões. Então voltava para casa, com as pernas doendo por causa do salto, comia alguma coisa processada e gelada enquanto assistia ao mesmo canal até dormir e começar tudo de novo no outro dia. Isso era viver de verdade? Dias iguais. Caminhos iguais. As mesmas pessoas.
Com esses questionamentos, arrastei os pés sobre o piso frio. Hoje poderia ser diferente. Depois do banho tomado, de deixar a água lavar as impurezas do corpo e da mente, decidi sair. Parei sentada na areia da praia, observando o azul do céu se confundir com o azul do mar. As ondas se formavam pela força dos ventos, nasciam como gente, cresciam cheias de força, querendo levar tudo, e se derramavam como se não houvesse nada para trás, perdendo a força até se encontrar sugada. Eu estava assim, sendo sugada pelo peso da existência, questionando os parâmetros e sendo jogada de um lado para o outro em uma sociedade automática. 
Afundei na água salgada, enxergando tudo azul, puxei o ar e senti o calor dos raios de sol no meu corpo, assim como o brilho que impossibilitava a visão. Aquilo era viver: sentir o calor na pele ao mesmo tempo que se sente flutuar, com o salgado ardendo nas feridas e o líquido beijando-as em perdão. Quando saí do mar, decidi que iria fazer diferente, mesmo que doesse mais do que já doía. Pelo menos queria sentir a vida novamente, como naquela manhã de domingo.

Nota: Acho que fazia um bom tempo que a gente não vinha com um texto e é sempre necessário esse momento de pausa pra botar alguma coisa pra fora. Esse texto diferente dos outros eu fiz obrigada pela faculdade, mas gostei muito dele e acho que alguém pode se identificar e perceber como viver é diferente para cada um, mas todos passamos por certas angústias e que a melhor coisa é se permitir viver e ser feliz do seu jeito.