Eu não sei bem como começar. Sendo sincera, ponderei muito sobre como faria essa resenha, se juntaria os três livros, se faria individualmente. Desde já, posso admitir que fui com muitas expectativas conhecer mais da obra de Jenny Han, uma vez que li Para todos os garotos que já amei e tinha amado. Pensando bem agora, se eu não tivesse esperado tanto dos livros... Será que não teria sido tão decepcionante?

O verão que mudou minha vida

Autora: Jenny Han
Editora: Intrínseca
Ano de publicação: 2009
Número de páginas: 240
Narração: Narrador-personagem, 1ª pessoa
Título original: The summer I turned pretty

Sinopse: Uma garota. A primeira paixão. E um verão inesquecível.
Sempre que chegam as férias de verão, Isabel Conklin deixa para trás sua vida monótona na cidade e vai com a família para Cousins Beach. A casa de praia é seu segundo lar, e é lá que Belly reencontra as pessoas que mais ama: a melhor amiga de sua mãe, Susannah, e os filhos dela, Conrad e Jeremiah.
Ano após ano, ela tenta se aproximar de Conrad, mas nunca dá certo. Parece que o garoto nunca vai corresponder aos sentimentos de Belly. Dessa vez, no entanto, ela percebe algo diferente: Jeremiah passou a enxergá-la com outros olhos, e os dois estão cada vez mais próximos. Belly mudou. E esse verão tem tudo para ser o melhor de sua vida. 

Estava viajando no ano novo e estava com os três livros no Kindle, aproveitei para ler tudo de uma vez. Além de tudo, ainda demorei horrores para conseguir uma foto decente para o post e, ainda bem, só saiu porque a Isabelle me ajudou.
Demorei um pouco para engatar na história. Embora a escrita da Jenny Han seja bem leve, bem simples, não conseguia me prender tanto aos livros, era sempre um processo mais demorado.
O quadro construído sobre Isabel Conklin para nós, leitores, é de uma menina apaixonada - não necessariamente pelos irmãos Fisher, mas pela vida. Em tudo ela vê razões um tanto quanto poéticas: a forma como o mar a acalma, o significado do verão em sua vida, a insignificância das outras estações. Claramente expressões românticas sobre tudo o que está ao seu redor. 
Acontece que ela vê isso até demais. E, com isso, quero dizer que a protagonista é extremamente emocional e chata. Não me levem a mal, eu mesma sou muito emotiva. Não sei quantas vezes na vida já agi com o coração no lugar de pensar melhor a respeito. Mas ela usa isso, os seus sentimentos intensos, como justificativa para ser chata e inconsistente. Além de achar que o mundo gira em torno da sua própria vida.
Ao lado dela (e no seu pensamento também) estão os irmãos Fisher. Conrad é o mais velho, o cara fechado, ninguém nunca sabe o que ele está pensando, ninguém consegue decifrar suas expressões. É o certinho, que estuda muito, embora nem precise, porque se dá bem em tudo. O exemplo, o líder entre o grupo. E o Jeremiah, o mais novo, que é totalmente o oposto de Conrad. É super transparente, não leva nada a sério, faz piada com tudo. É o melhor amigo de Belly e confesso que no primeiro livro, acho os dois irmãos bem chatos. O Conrad, com esse jeito fechado, acaba sendo só arrogante na maior parte do tempo. E o Jeremiah, penso que há uma tentativa de fazê-lo ser leve, mas algumas vezes as brincadeiras passam do ponto, na minha opinião.
No decorrer do livro, Belly alterna entre momentos do presente e flashbacks para explicar algumas situações. Isso também acontece nos dois livros seguintes, como veremos nas próximas resenhas, mas no primeiro, isso não funciona muito bem para mim. Não há muito o que ser explicado que precise voltar ao passado para entender, porque pouca coisa mudou. Belly sempre foi a menina entre os meninos - os irmãos Fisher e seu próprio irmão, Steven -, deixada de lado, ignorada por ser a mais nova. E ela se martiriza demais por isso. Sente tanta pena de si mesma que quer que os outros sintam também. Culpa os meninos por não conhecer a cidade, culpa por não ir às festas com eles, culpa por não saber da piada ou por ser a própria piada. Tudo bem, eles têm a sua parcela de culpa nisso. Mas ela também não precisa depender totalmente deles.
Além de tudo isso, ainda tem a relação dela com a mãe dos Fisher, Susannah, que é a melhor amiga da mãe de Belly. Susannah é tudo de mais legal para Belly, porque está sempre mimando a menina, com presentes, maquiagens etc. Belly projeta na Susannah tudo aquilo que ela queria que a própria mãe fosse, ainda mais porque as duas são bem parecidas. A mãe de Belly, não. Laurel é talvez a personagem mais racional da história. É talvez a personagem que eu mais gosto, também. É a mãe que a Belly precisa, considerando todo o drama que ela faz questão de viver. Só a Belly não vê isso. E quando vê, parece que esquece rapidamente.
Assim, o livro 1 do Box Verão não é nada demais, para mim. É só uma menina que, como em todos os outros verões, vai para a casa de praia da família, vai nadar, fica com os amigos, sofre por amor. Não tem um clímax, sobretudo por ser muito clichê. Não acontece nada de muito surpreendente, é tudo já esperado. E, para seguir para o livro 2, o mérito é todo da Jenny Han pelos finais instigantes que todos os 6 livros que eu li dela possuem. Um final que mesmo o livro todo sendo enfadonho, me fez ler os outros dois. Mesmo sabendo o que ia acontecer. Mesmo já imaginando - e, porventura, adivinhando - qual seria o final definitivo.
Eu imagino que Jenny quis mostrar uma adolescente como tantas outras já conhecidas, quis que nos identificássemos com todo o drama de Belly. Por um momento, fiquei pensando se toda a raiva que eu passei com o livro não se justifica por eu ter passado da fase que a protagonista está vivendo e já visse as coisas de maneira mais racional, mais pé no chão. E, talvez, alguém com 15/16 anos consiga entender melhor a personagem e até mesmo enxergar-se nela. Eu só senti raiva. E tédio, na maior parte do tempo.
De qualquer maneira, decidi que leria - e, portanto, farei resenha - os dois próximos livros, pois, como eu disse, a autora tem um jeitinho de fazer com que nós desejemos saber o que acontece depois. Além disso, para entender porque a trilogia tem sido vendida como uma história de um livro só.


Olá, senhoras e senhores! Como foram os últimos dias de "tudo ok?"? Fizeram muito mela-mela, pegaram um sapinho básico ou pagaram mico na rua? Se ainda não, restam alguns dias de folia para você se aventurar (e talvez ler o que eu indicar hoje). E eu, uma mera leitora e estudante, estou aqui lendo sobre tretas entre feéricos, beijos na boca de gente bonita, sangue e tudo mais.
No entanto, podemos fazer desse carnaval algo mais light do que a minha leitura atual e se esbaldar naqueles romances que nos fazem suspirar (e talvez chorar igual uma condenada). Por isso, puxando o Bloquinho Adormecidas de hoje, temos os "Loucos por romance". 


Um Ano Inesquecível 

Para começar a nossa listinha básica, temos um livro super amorzinho e que já faz um tempão que li. "Um Ano Inesquecível" é composto por 4 histórias, cada uma se passando em uma estação diferente e para fechar com chave de ouro, o último conto da maravilhosa Thalita Rebouças se passa no carnaval. Quem não adora um amor nessa época do ano? 
Aliás, o livro já está resenhado aqui, então, se quiser saber mais é só dar uma olhadinha (é antiga, mas é válida). 

Sinopse: Dizem por aí que os melhores momentos da vida são vividos na adolescência. Os primeiros amores, os encontros, as festas, as viagens, as surpresas...E são sempre os instantes inesperados que transformam um dia comum em uma lembrança especial, daquelas que nunca deixarão de nos acompanhar
Este é um livro sobre esses momentos doces e sensíveis que não se apagam da memória tão facilmente. Quatro contos, em quatro estações do ano, sobre jovens que passam por vivências e sentimentos intensos. Paula Pimenta nos leva em uma viagem de inverno. Babi Dewet conta como um outono pode mudar tudo. Bruna Vieira mostra a paixão brotando com a primavera. E Thalita Rebouças narra um intenso amor de verão. Histórias de um ano inesquecível que vão ficar para sempre!

Se Miss Lizzy Falasse 

Aqui temos o romance para quem quer sofrer como se não houvesse amanhã e chorar para completar o pacote da sofrência. Mas apesar de toda a dor que esse livro me causou, ele merece ser lido em todas as épocas do ano e com certeza seria a bíblia do bloquinho do cantor Jão. Enfim, aqui temos dois amigos que se conhecem desde a infância e passam a história todinha brincando com a nossa cara e não se declaram um pro outro quando é claro que ELES SE AMAM. Desabafei. O livro também está resenhado, e se você quiser me ver surtando por mais alguns minutos é só clicar aqui.

Sinopse: Anna e Alex se conheceram na madrugada em que a casa da família dela foi engolida pelo fogo; queimou todinha, do começo ao fim. Pelo menos foi o que ouvi dizer. Eu ainda não estava lá. Em compensação, estive lá por muito tempo depois. Rodando por Sheffield e os acompanhando bem de perto, com meus autofalantes entoando músicas que eles chamavam de indie, mas que pareciam apenas barulhentas para uma caminhonete velha como eu. Fiz silêncio enquanto eles liam. Enquanto cochilavam. Se apaixonavam. Ah, sim, eu flagrei todos aqueles olhares de Alex, que Anna nunca viu. E todos os sorrisos dela, que por azar ele não percebeu. Ouvi as declarações que não fizeram, as discussões que engoliram, o amor que aquietaram. Até que nos mudamos para os Estados Unidos. Alex, sua infelicidade e eu. Por muito tempo, fomos só nós. Mas existem boatos de que Anna está chegando. Talvez não no melhor dos momentos, é verdade, mas quem sabe assim ele pare de meter os pés pelas mãos. E, bem, na pior das hipóteses, ainda nos reuniremos outra vez, como nos bons e velhos tempos.


Agora e Para Sempre, Lara Jean 

Talvez seja um erro indicar esse livro, já que ele é o último da trilogia, mas eu só tenho ele físico. Então, vou indicar a trilogia inteira de Para Todos os Garotos que já amei, porque os três tem uma leitura super fluída (Letícia que o diga) e dá para ler rapidinho e suspirar apaixonada pela história de Lara Jean e Peter (amo demais, gente). Você ainda pode aproveitar e assistir os dois filmes disponíveis na Netflix.
P.S.: E também temos resenha aqui, mona mur (dos três livros, viu). Clica aqui para a do primeiro livro, aqui para a do segundo e aqui para o terceiro e último. 
P.S².: Não vai ter sinopse, porque são três livros já.

A Casa dos Novos Começos 

Li esse livro ano passado e fiquei completamente apaixonada por ele e tudo o que ele significou para mim, principalmente por ser mulher. E ele é assim: romântico na medida certa, com cargas dramáticas e que ainda consegue nos fazer rir. Além do mais, o livro fala sobre mulheres e como elas ajudam umas as outras durante as adversidades. A história acompanha 3 personagens diferentes e em nenhum momento fica chato (só leiam, gente). Também tem resenha viu, clica aqui.

Sinopse: Em uma casa elegante próxima à orla, três moradoras têm mais em comum do que imaginam...
Uma terrível descoberta leva Rosa a largar uma carreira de sucesso em Londres e, num impulso, recomeçar a vida como sous-chef em Brighton. O trabalho é árduo e estressante, mas a distrai. Bem, pelo menos até ela conhecer a adolescente emburrada que mora no apartamento ao lado, que a faz questionar suas escolhas. 
Georgie se muda para o Sul com o namorado, Simon, atrás de uma incrível oportunidade... para a carreira dele. Mas ela está determinada a ser bem-sucedida como jornalista e faz de tudo para trabalhar para uma revista local. A princípio, a cidade parece recebê-la de braços abertos, mas não vai demorar muito até ela se meter em várias enrascadas.
Após uma grande tragédia, Charlotte passa as noites isolada em seu apartamento. Porém, Margot, uma senhorinha estilosa que mora no último andar, tem outros planos para ela. Querendo ou não, Charlotte vai precisar encarar o mundo real... e todas as suas possibilidades.
Quando as três se conhecem, a esperança renasce, a amizade floresce e um novo capítulo se inicia na vida dessas mulheres.

A Padaria dos Finais Felizes 

Por último, mas não menos importante, temos a musa maravilhosa da Jenny Colgan, ou a mulher que me fez virar sua fã só com uma introdução de "lugares para ler" em "A Pequena Livraria dos Sonhos". Já em "A Padaria dos Finais Felizes" eu passei muita fome, muita fome mesmo, viu. Mas além de tudo, fiquei completamente apaixonada pelos personagens e por Neil, o papagaio-do-mar. Então se cê gosta de coisas fofinhas que deixam o coração quentinho, este é o livro, my friend. E como sempre, temos uma resenha básica, clica aqui bonitão ou bonitona. 

Sinopse: Um balneário tranquilo, uma loja abandonada, um apartamento pequeno. É isso que espera Polly Waterford quando ela chega à Cornualha, na Inglaterra, fugindo de um relacionamento tóxico.
Para manter os pensamentos longe dos problemas, Polly se dedica a seu passatempo favorito: fazer pão. Enquanto amassa, estica e esmurra a massa, extravasa todas as emoções e prepara fornadas cada vez mais gostosas.
O hobby se transforma em paixão e ela logo começa a operar sua magia adicionando frutos secos, sementes, chocolate e o mel local, cortesia de um lindo e charmoso apicultor.
A padaria dos finais felizes é a emocionante e bem-humorada história de uma mulher que aprende que tanto a felicidade quanto um delicioso pão quentinho podem ser encontrados em qualquer lugar.

                                                                               


É época de folia, de por um top, um short Anitta e cair nos bloquinhos, ou não. Afinal, não é todo mundo que tem estrutura pra jogar glitter na cara e dançar até os pés racharem, às vezes a gente só quer descansar! Pegar um bom livro, ler despreocupada ou maratonar uma série até de madrugada. Por isso, no carnaval de 2020, estamos abrindo alas para o Bloquinho Adormecidas, uma festa silenciosa mas com muito samba no pé. E para começar, o ponta pé inicial será dado pela "Unidos dos amantes dos romances de época".
Ele é em comemoração a você que não irá vestir a fantasia de diabinha mas irá se deliciar com um duque/conde/marquês caindo de quatro por uma mocinha foda. Por esses motivos a indicação de hoje é da série "Os Rokesbys" da rainha suprema Julia Quinn.


Os Rokesbys 

Até agora foram lançados pela editora Arqueiro 3 livros da série que se passam antes de "Os Bridgertons" e todos são maravilhosos! Não sei dizer quando o 4 livro irá chegar nas livrarias, mas espero que em breve. 
Os romances de Julia Quinn são super leves e envolventes (não tem nada de boy lixo) e fazem o tempo passar e a gente nem perceber, ou seja, são perfeitos para os dias de carnaval. 

Uma Dama Fora dos Padrões 

O primeiro livro da série conta a história de Billie Bridgerton e George Rokesbys, um casal totalmente diferente um do outro e que parecem cão e gato quando estão juntos. Em falar nisso, as coisas entre eles (que se conhecem desde a infância) começam a mudar depois que Billie sobe no telhado para tentar salvar um gato (e ela nem gosta deles) e fica presa lá. Acho que vou parar de falar e deixar vocês curiosos para conhecer a história dessa mocinha que usa calças e do mocinho sério demais. 

Sinopse: Às vezes você encontra o amor nos lugares mais inesperados... Esta não é uma dessas vezes. Todos esperam que Billie Bridgerton se case com um dos irmãos Rokesbys. As duas famílias são vizinhas há séculos e, quando criança, a levada Billie adorava brincar com Edward e Andrew. Qualquer um deles seria um marido perfeito... algum dia. Às vezes você se apaixona exatamente pela pessoa que acha que deveria... Ou não. Há apenas um irmão Rokesby que Billie simplesmente não suporta: George. Ele até pode ser o mais velho e herdeiro do condado, mas é arrogante e irritante. Billie tem certeza de que ele também não gosta nem um pouco dela, o que é perfeitamente conveniente. Mas às vezes o destino tem um senso de humor perverso... Porque quando Billie e George são obrigados a ficar juntos num lugar inusitado, um novo tipo de faísca começa a surgir. E no momento em que esses adversários da vida inteira finalmente se beijam, descobrem que a pessoa que detestam talvez seja a mesma sem a qual não conseguem viver.

Um Marido de Faz de Conta 

Aqui temos o rolê mais aleatório que já encontrei em um romance de época. Porque, queridos e queridas, nesse romance que se passa nos Estados Unidos, temos um desmemoriado que acorda de repente depois de ter se ferido na guerra e descobre que tem uma esposa! O pobre do Edward não sabe nem onde está direito e se ver casado. Mas não se preocupem, porque Cecília, nossa mocinha, tem bons motivos e um bom coração. Além disso, o livro se concentra muito na relação dos dois e é interessante ver a construção desse amor, fugindo dos tradicionais bailes e tramas. P.S.: Essa foi a primeira vez que vi a escravidão sendo citada em um romance de época e achei super necessário. 

Sinopse: Enquanto você dormia…
Depois de perder o pai e ficar sabendo que o irmão Thomas foi ferido durante uma batalha, Cecilia Harcourt tem duas opções: se mudar para a casa de uma tia ou se casar com um vigarista. Para fugir desses destinos, ela cruza o Atlântico, determinada a cuidar do irmão. Após uma semana sem conseguir localizá-lo, ela encontra o melhor amigo dele, Edward Rokesby, inconsciente e precisando desesperadamente de cuidados. Mas, para permanecer a seu lado, Cecilia precisa contar uma pequena mentira...
Eu disse a todos que era sua esposa.
Quando Edward recobra a consciência, não entende nada. A pancada na cabeça o fez esquecer tudo que aconteceu nos últimos três meses, mas ele certamente se lembraria de ter se casado. Apesar de saber que Cecilia é irmã de Thomas, eles nunca foram apresentados. Mas, já que todo mundo a trata como esposa dele, deve ser verdade.
Quem dera fosse verdade…
Cecilia coloca o próprio futuro em risco ao se entregar ao homem que ama. Mas, quando a verdade vem à tona, Edward também pode ter algumas surpresas guardadas para a nova Sra. Rokesby.

Um Cavalheiro a Bordo 

Admito que estava super ansiosa para esse livro, afinal, Andrew já havia aparecido do primeiro livro e ele é lindo, charmoso e tudo o que eu queria num boy. Mas nesse livro, a gente tem uma visão mais ampla dele (porque é a história dele, né) e me apaixonei mais ainda. Na realidade, esse livro se faz tão bom pelo carisma dos personagens, pois tanto Andrew quanto Poppy são muito carismáticos e se provocam e se atiçam a todo momento. E essa química entre os dois é essencial porque a história quase toda gira em torno apenas dos dois, por ambos estarem em uma navegação e ela recolhida no quarto do capitão. Minha única observação é que quando as coisas começaram a fluir entre Andrew e Poppy eles não tomavam banho há um tempão, deviam tá fedidos, viu. 

Sinopse: Ela estava no lugar errado…
Durante um passeio pela costa, a independente e aventureira Poppy Bridgerton fica agradavelmente surpresa ao descobrir um esconderijo de contrabandistas dentro de uma caverna. Mas seu deleite se transforma em desespero quando dois piratas a sequestram e a levam a bordo de seu navio, deixando-a amarrada e amordaçada na cama do capitão.
Ele a encontrou na hora errada…
Conhecido entre a alta sociedade como um cafajeste e um corsário inconsequente, o capitão Andrew James Rokesby na verdade transporta bens e documentos para o governo britânico. No meio de uma viagem, ele fica assombrado ao encontrar uma mulher na sua cabine. Sem dúvida sua imaginação está lhe pregando peças. Mas, não, ela é bastante real – e sua missão para com a Coroa o deixa preso a ela.Será que dois erros podem acabar no acerto mais maravilhoso de todos? Quando Andrew descobre que Poppy é uma Bridgerton, entende que provavelmente terá que se casar com ela para evitar um escândalo. Em alto-mar, as disputas verbais entre os dois logo dão lugar a uma inebriante paixão. Mas depois que o segredo de Andrew for revelado, será que ele conseguirá conquistar o coração dela?
E é isso, gente. Espero que tenham gostado da primeira edição do nosso bloquinho e já já voltamos com os romances de fazer o coração ficar apertadinho. 

                                                                           

Autor(a): Andresa Rios 
Editora: Clube P.S.:
Narração: 3ª Pessoa
Nº de páginas: 152

Sinopse: 

Helena quase é uma adolescente como as outras: escuta broncas da mãe, gosta de passar um tempo com a avó e tem uma melhor amiga. A diferença é que não se sente muito boa nessa coisa de ser humana. Foi por isso que optou pelo curso técnico oferecido em um hospital: para se preparar para um emprego mundano que condiga com sua identidade. Afinal, onde mais poderia estar rodeada de tantas mortes? Ou melhor, de tanta gente prestes a morrer, porque já faz algum tempo que ela descobriu ser a morte em pessoa. O problema é que talvez essa condição não seja apenas sua. Um garoto novo chegou à escola, e agora as pessoas não precisam de sua ajuda para fazer a passagem. Mas Helena não está disposta a abrir mão da única coisa que a torna especial. E vai lutar de todas as formas para desmascarar o impostor que está tentando tomar o seu lugar.

De todos os livros da série Deusas da P.S.: que li até agora, Helena foi o que achei mais diferentão desde quando recebi os primeiros e-mails do clube explicando sobre o que seria a história. E realmente ele tem a pegada mais diferente, porque a protagonista do livro é a morte. A morte no corpo de uma adolescente como qualquer outra e não entende porque logo ela é a responsável de fazer a passagem das pessoas para o outro lado. 
As coisas começam a mudar quando um novo boy (e bonito, viu) começa a frequentar sua escola. Dizem que garotos são sempre um problema, não é? Só que eu tenho certeza que se quando é a morte, os problemas surgem naturalmente, ainda mais quando Helena descobre que existe outra ceifadora tentando roubar seu posto. Aparentemente o mercado está disputado e Helena não quer perder seu job. 
"Sentiu um gosto na ponta da língua. Se parecia com molho de tomate. Helena sorriu. Nunca soube o porquê de todas aqueles sons, cheiros e sensações, mas todas as almas que levava deixavam uma marca para trás. Com o tempo, começara a pensar que era parte da teoria da vida passando diante dos seus olhos: talvez, naquele momento, Conceição estivesse se lembrando de coisas boas que aconteceram em sua trajetória. Um almoço de domingo, quem sabe? Ou um jantar romântico. Helena adorava imaginar, porque o contexto sempre lhe era agradável." Página 10
Apesar do livro ser curtinho, muitas coisas acontecem e talvez esse tenha sido um problema. Porque toda a mitologia que Andresa criou (e eu tenho certeza que existem várias nuances da história na cabeça dela) é extremamente rica, e percebi isso apenas pelas pequenas informações que são reveladas durante a leitura. Então, a sensação que tive quando finalizei o livro era que apesar de ter gostado muito da leitura, fiquei com aquele gostinho de quero mais e que sabia que a mitologia criada tinha potencial para muito mais. 
E a história fala sim sobre duas mortes e não tem nada de obscuro (ou trevoso) nisso. Na realidade, o tema morte é muito naturalizado e tratado com muita simplicidade, mostrando que é algo que vai chegar a todo mundo e que vai doer mesmo. Mostrar que o sofrimento, o luto e toda a dor causada por uma morte atinge todo mundo (e que isso é normal) é um dos trunfos do livro.  
Além disso, se fala muito sobre amizade, problemas familiares e um pouquinho de romance, sem aquela rivalidade chata entre mulheres. 
Helena - Os dois lados da morte é o livro que vai tirar aquela ressaca literária irritante, te fazer refletir, se divertir, e vai acabar quando cê mal perceber. 
P.S.: Ainda dá pra comprar o livro nesse link e acompanhar a Andresa no @andresa7ios

                                   

                                                               

Imagem do Blog Adormecidas

Autor(a): Barbará Sá, Bruna Catarina, Cínthia Zagatto, Jariane Ribeiro, Jéssica Anitelli, Laura Cossete, Vallen Lee
Editora: P.S.: Edições 
Narração: 1ª e 3ª pessoa
Nº de páginas:142

A primeira antalogia da P.S.: Edições é uma coletânea de 7 contos de autoras nacionais, sendo que 2 foram convidadas, uma foi a organizadora e 4 participaram de um concurso promovido pela editora. O tema central do livro é o amor. O sentimento que atravessa décadas, cruzando de 1950 a 2010, representado de diversas maneiras, desde o amor que sofre e encara a realidade de um mundo cruel à aquele fofo e engraçado de quem precisa se libertar um no outro.
Os contos são curtinhos, com personagens cativantes e de todos os tipos, o que o torna super representativo e consegue atingir mulheres brancas, negras, baixas, altas, héteros, bi, lésbicas, mas principalmente aquela mulher que deseja conquistar os seus sonhos, e não falo de amor aqui. Sonho de se descobrirem como são, de liberdade, de luta de causas e de além de tudo se aceitarem.
São histórias diferentes, mas todas falam sobre ser mulher, amor (e suas consequências) e de como temos que batalhar para sermos aceitas independente se estamos nos anos 50 ou em 2020.

1950
A Trapezista de Brilhantina, Valen Lee

Sinopse: A cidade de Diamantes atribuiu a palavra tragédia à definição do circo. Vera Lúcia nunca viu um de perto, mas isso nunca impediu que desejasse voar em um trapézio. Agora que pode acontecer, ela irá até contra a família para não perder a chance.

O conto que abre o livro fala sobre muitas coisas em poucas páginas e ainda consegue transmitir uma mensagem importante para o leitor. No primeiro conto da dupla intitulada Valen Lee, as duas me mostraram confiança e uma harmonia praticamente perfeita (é sério, não fazia ideia de que eram duas autoras).
O propósito de todos os contos era a luta de mulheres pelo o amor. E no primeiro contato com o livro, foi interessante ver como essa luta por amor não está apenas ligada a um relacionamento amoroso, pois apesar de Vera Lúcia encontrar a personificação do amor em um homem, a verdadeira luta dela é pelo sonho de ser trapezista, pelo o que realmente ama.
Foi uma leitura super rapidinha e agradável, mas pelo fato das autoras terem pouco espaço para desenvolver algo tão drámatico, com grandes desdobramentos, fez com que a história terminasse no seu clímax, realmente me impactando, mas que fez com que sentisse falta de algo a mais.
     
     

1960
Encontro ao nascer do sol, Bruta Catarina

Sinopse: Após se casar e ser uma esposa obediente e respeitosa, como a mãe lhe ensinou, Francisca conhece a filha do vizinho, que acaba de voltar da cidade grande. E de repente conversar com ela é muito melhor do que estar na companhia do marido.

É sempre uma satisfação ver mulheres que falam sobre livros tomarem o lugar de protagonistas e escreverem suas próprias histórias. E é um privilégio falar sobre a história escrita pela Bruna. Enfim, Francisca tem um boy lixo dentro de casa (o que apesar de se tratar da década de 60 não se difere de diversas realidades de casais de 2020), e não conhece o amor. Tudo o que ela conhece é o ciúme e o mau humor de seu marido.
Tocar no ponto do machismo é algo que automaticamente a leitura se identifica, afinal, infelizmente, todas as mulheres são vítimas de machismo. E por mais que seja um assunto tão discutido, é algo que a gente sempre precisa está gritando por aí enquanto formos obrigadas a ouvir tantas atrocidades diariamente. Sobre o amor, gosto como as coisas entre as duas personagens é natural. Os sentimentos surgem espontanemente e nem elas sabem explicar direito o que estava acontecendo entre si. Por fim, só senti falta de um pouco mais de espaço para o casal.


1970
Julgando amor, Barbará Sá

Sinopse: Estagiar naquele escritório de advocacia já vai contra seus princípios, e Isabel ainda tem que se esconder do presidente. É culpa de Antônio que seus pais estejam em "viagem" para fora do país. E é melhor que nem descubra que namora o filho dele.

Barbará já é bem conhecida no mundo dos livros (bem digital influencer rica) e creio eu que já tenha alguns contos na Amazon (não tenho certeza). No seu conto da década de 70, temos praticamente um conflito de classes e ideologias. Eu particularmente adoro! E me revolta muito saber que existem pessoas hoje que acham 'ok' toda a opressão que ocorreu nesse período (não sei porque ainda me surpreendo com a humanidade). E aqui temos um problema, porque Isabel gosta do filho rebelde do dono da empresa de advocacia que trabalha e este nem imagina que a "comunista" é estagiaria da sua empresa. Esse foi o primeiro conto que os personagens não se apaixonaram, mas que já estavam apaixonados, e foi legal ver como a autora escreveu sobre um casal que já tinha construído uma história. Gosto muito de conflitos políticos e históricos, e ela soube representar isso bem, só esperava um conflito mais "papoco" nas últimas páginas.


1980
O sol sempre nasce por volta das seis, Jéssica Anitelli 

Sinopse: Poderia ser uma noite como todas as outras para aqueles que enfrentam a ditadura, mas a sede de um jornal da resistência foi descoberta. Amora conseguiu fugir, e agora Dandara precisa encontrá-la antes que seja capturada por um torturador. 

O grande diferencial desse conto pra mim é o fato dele passar durante apenas um período, da noite até o início da manhã. É como se fosse realmente um filme que começa cheio de adrenalina no meio da escuridão e termina com um sopro de esperança ao nascer do sol. É uma mensagem linda e trouxe realmente um clima da correria para a história. Já faz uns dias que li e algumas coisas ficaram gravadas na minha mente exatamente como cenas de um filme. O negócio é que essa uma noite tinha muito potencial para se desenvolver e talvez umas páginas a mais tornassem o arco mais legal ainda.


1990
Rivais?, Laura Cossete 

Sinopse: A melhor aluna e o garoto mais famoso da classe estão concorrendo ao comando do grêmio estudantil, mas algo aconteceu no porão da escola para mudar o foco da disputa. Agora eles estão mais preocupados com uma aposta do que com as eleições. 

Quando acabei de ler "Rivais?" depois de um simulado da autoescola, tava rindo igual uma boba, com aquela sensação gostosa de ter acabado de ler um bom romance. Nesse mesmo momento me perguntei porque nunca lido nada da Laura. Onde cê tinha se escondido, mulher? Ou onde eu estava? Porque você escreve de um jeito tão gostoso e que me traz tanta felicidade que quero gritar pro mundo o quanto é maravilhosa. Na história, ela conseguiu trazer tudo que gosto: muitas referências, de locadora de filme a *NSYNC, rivalidade, uma mocinha decidida e um mocinho descarado (Deus, me desculpa, mas eu amo). Consigo ver o atrevimento dele de longe e quando ela dizia que ele tava sorrindo eu tava sorrindo também! A Laura dá um show sobre como construir personagens em um piscar de olhos e nos conectar com eles na primeira página. Quero dizer que queria mais deles! Se você quiser escrever e mandar pra mim eu leio com todo o prazer, viu.

           

2000
Amor nas alturas, Jariane Ribeiro 

Sinopse: O sonho de Vivi é ter os novos sapatos de salto de All Star, mas nem mesmo com sua altura natural ela tem coragem de ficar de pé na frente de Enrico, o adorável advogado corporativo sem alma que sempre vem cortar o cabelo no salão de sua avó. 

Jariane, mulher, como tu escreve bem! Tô morrendo de amores pela Vivi e o Enrico até agora. Esse aqui foi outro conto que li na autoescola e fiquei igual uma abestada rindo pro tempo. Eu nasci em 2000, então, esse conto me amarrou no momento que ela começou a falar sobre internet discada, o Orkut, o MSN (que saudade de tremer o bate-papo do povo), a Kelly Key (e eu comecei a cantar Baba, baby igual uma doida) e toda a transformação tecnológica que houve nesse período. Além disso, ele tem que um ar jovial e Vivi falando mal do capitalismo que eu amei! Amei! E amei! Enrico ainda mais é um fofo que escreve depoimento no Orkut e quer ser defensor público. Vivi também tem problemas com sua altura (a gata é um poste e lindona), mas ela descobre o que é alguém realmente valorizar ela e mostrar que mulherão da porra que é. Enfim, amei!

           

2010
Trabalhada no amor, Cínthia Zagatto 

Sinopse: Lana precisa aceitar que a loja de cupcakes não é sua. Enfiada no trabalho exaustivo, que vem roubando todo o seu foco, ela esquece mais um encontro com Davi. Em meio a uma tempestade que parou São Paulo, é melhor correr se quiser chegar a tempo.

Cínthia é uma mulher bem sucedida e que foi obrigada a passar quase um ano aguentando meus e-mails pedindo segunda via de boleto. Tenho até vergonha, gente. Também tenho vergonha de ter e-book dela no Kindle e só ter tido o primeiro contato com sua escrita agora, mas foi lindo também. Aqui temos menina Lana vacilando com seu boy e consigo mesma. A gata fica igual um pinto molhado e pensando "Perdi meu boy, pqp" e nessa viagem de metrô e muitas reflexões, ela descobre que não tem que só que lutar pelo amor de Davi, mas por ela. Gostei de tudo, pô. Também fiquei rindo para as paredes igual uma abestada. 

                  

Espero que tenham gostado da resenha e se vocês escrevem, as meninas da P.S.: estão lançando mais um concurso da segunda antalogia delas sobre o dia dos namorados, e você pode participar pagando o preço do livro (que cê recebe independe de ganhar ou não). Pra saber mais é só clicar aqui.