Autor(a): Elle Kennedy
Editora: Paralela
Nº de páginas: 280
Narração: 1ª Pessoa 

Sinopse:

Logan parece viver uma vida de sonhos. Com um talento incrível para jogar hóquei e um charme inato para conquistar mulheres, ele é uma das maiores estrelas da Universidade de Briar. Mas por trás do característico sorriso maroto, ele esconde duas grandes angústias: a primeira, estar apaixonado pela namorada de seu melhor amigo; a segunda, saber que sua vida, após a formatura, se tornará um beco sem saída. Um dia, por acaso, ele conhece Grace, uma garota tão encantadora quanto intrigante. Tudo nela parece ser original e deliciosamente contraditório: tímida, mas ao mesmo tempo vibrante; doce, mas ao mesmo tempo forte e confiante. A cada encontro, Logan se vê mais e mais envolvido. Mas um grande erro colocará o relacionamento desses dois jovens em risco. Agora, Logan terá que se esforçar para reconquistar Grace - nem que para isso ele precise amadurecer e encarar suas questões mais profundas e doloridas. 

"O Erro", conta a estória de Logan e Grace. Logan é defensor do time de hóquei da Universidade de Briar e como já é de se esperar ele é um garanhão, tipico estereotipo de esportista de obras norte-americanas. Grace começou a faculdade agora, está descobrindo novos rumos e tentando sair debaixo da asa de sua melhor amiga. Até que em como todo livro, o mundo dos dois acabam se colidindo quando Logan acaba errando o endereço de uma festa e vai parar em frente a porta de Grace. Nessa hora, ocorre algo que realmente só acontece em livro ou filme, porque Grace acaba o convidando para assistir um filme com ela e ambos acabam trocando saliva. Tudo bem que ela já sabia quem ele era mas não se deve abrir a porta da sua casa (ainda mais quando se estar só) para um desconhecido.
"Então quer dizer que você tem um talento para ler as pessoas. Você consegue me ler?"
Sorrio. "Ainda não consegui decifrar você."
Sua risada rouca aquece meu rosto. "Nem eu." Capítulo 11
Os encontros dos dois acabam se tornando rotineiros e além de bate-papo eles se pegam também (gente bonita tem que fazer isso) até que Logan acaba errando feio com Grace e terá que suar para reconquista-la.
Realmente achei de bom gosto como a autora montou a construção desse "erro" porque ela não fez algo super elaborado e caótico e sim algo simples que as pessoas são capazes de se identificar e por ser algo pequeno se torna muito mais profundo.
Apesar de todos os livros da série Amores Improváveis serem New Adult com uma boa pitada de cenas de sexo eles não deixam de falar sobre assuntos importantes e que tem que ser abordados pela sociedade. Essa inserção de determinados assunto é crucial para dar corpo ao texto da Elle e o aprofundamento nas personagens o que toda a experiência da leitura mais imersiva, pois é como se estivemos descobrindo a pessoa por completo.
"Por quê?, eu o desafio.
"Por que você gosta de mim?"
"Porque..." Ele leva a mão ao cabelo escuro. "Você é divertida. É inteligente. Doce. Me faz rir. Ah. e só de olhar pra você eu fico louco."
Engulo uma risada. "O que mais?"
O constrangimento cora suas bochechas. "Não sei direito. A gente não se conhece muito bem, mas gosto de tudo que sei de você. E tudo o que não sei eu quero saber." Capítulo 22
Logan é um personagem com várias camadas e é muito claro a divisão que existe do pegador da Universidade daquele que sabe que terá que abrir mão de toda uma vida para assumir responsabilidades que não quer e do vazio que se estabelece entre esses dois extremos, onde mora toda a sua confusão.
Grace tem outra jornada e é igualmente interessante de acompanhar, exatamente porque ela está se descobrindo como mulher, desenvolvendo sua independência e acima de tudo a sua autoestima. Essa situação é clara no livro quando ela não se deixa desvalorizar pelo momento que ocorre com o Logan e faz com que ele corra atrás dela, o contrário de muitas personagens presentes em outros livros.
Para finalizar, a Elle consegue construir muito bem seus personagens e desenvolver a história, mas acredito que toda a profundidade que a autora consegue trazer nas pequenas coisas e nos pontos de conflito ela acaba perdendo no desfecho da história fazendo a simplicidade se tornar muito rasa.






Ontem foi um dia muito bom, muito bom mesmo. O meu sorriso era tão largo e constante que temia a cada passo que algo mudasse e aquilo passa-se. E eu pensava em você, pensava em como era puta importante eu conseguir ser feliz unicamente e simplesmente por mim. Mas eu queria enviar uma mensagem pra ti, quando já tivesse chegado tarde em casa e estivesse me preparando para tomar banho, dizendo um: “tô muito feliz, e você?” e que você se importasse com a minha felicidade, me parabenizasse e dissesse que a gente deveria se ver naquela semana. Mas não, não foi isso que aconteceu. Eu continuei feliz, claro, afinal tinha tirado a nota máxima em uma prova que eu precisava muito, fui dormir tranquila, conversei com uma das minhas melhores amigas sobre uma tatuagem que ela fez e continuei a ler Harry Potter de madrugada, com a lanterna do meu celular. Só que bem lá no fundo, eu sabia o que queria, queria você, jogando conversa fora comigo, falando sobre a sua rotina de estudo e a ansiedade ou mesmo filosofando como a vida é engraçada e irônica, como em um momento estamos rindo e no outro chorando. Eu queria ficar rindo para a tela do celular e rindo contra a sua camisa quando te abraçasse apertado, só que isso parece muito mais com uma utopia. Sinceramente, não vou dizer que o erro foi meu, que eu simplesmente poderia ter uma conversa com meu coração e dizer pra ele tomar vergonha e fazer o seu único e perfeito trabalho de bombear sangue para o meu corpo, e não ficar imaginando e criando uma realidade que nunca existiu. Depois de 5 anos, eu pensei que tinha superado, que não estaria chorando de novo como a criança de 12 anos que chorou ao perceber que aquele menino por qual era apaixonada não podia ficar com ela. Enfim, acho que essa sou eu de novo, agora talvez por motivos mais maduros mas o mesmo coração infantil de 5 anos atrás. Eu sei que as coisas poderiam ser mais fáceis. 

Nota: Tava revirando as notas do meu celular atrás de uma coisa para a minha vó e acabei me deparando com esse texto de 24 de novembro do ano passado. Vou admitir para todos que cada palavra escrita veio de mim e das coisas que naquela época estavam acontecendo comigo. Lembro desse dia direitinho e de como pensei em tudo isso em pé na parada de ônibus. No fim, quero dizer que continuei muito feliz, exatamente porque tinha conquistado algo que não imaginava e provado para eu mesma que era capaz. Então é isso, mesmo que a gente sinta falta de alguma coisa, isso não irá anular nossa felicidade.