Contém Spoilers 




Sexta-feira passada, 18, foi lançada a 2° temporada de "Demolidor". Eu literalmente maratonei e acabei a temporada no outro dia de manhã. Nessa temporada, as coisas acontecem muito mais rápido que a anterior, e é dividida em basicamente 3 arcos: Justiceiro, Elektra e A Mão.



                            

Eu sinto falta da normalidade. Sinto falta de conversar com a minha amiga olhando no olho dela, enquanto a gente esperava o transporte. Sinto falta dos risos altos que outra amiga me causava, e ainda causa. Da bagunça tão feliz que era minha vida. Não que eu seja infeliz. Mas, eu costumava gargalhar mais. Costumava abraçar mais. E todas as minhas tardes eram uma comédia. E Deus, como eu sinto falta.
Mesmo das brigas que muitas vezes não faziam o menor sentindo. Amava o fato de todo mundo não ter vergonha e tirar as fotos mais sem noção possível. Porém as coisas mudam e é difícil saber que nem todos serão como você costumava ver e ter. As pessoas evoluem e coisas do tipo.
O conforto sempre é mais fácil. Então a vida vai lá e te dá sequências de tapas na cara, mostrando que não, não é fácil. Que vamos ter que engolir sapos e suprimir a vontade de mandar todo mundo tomar naquele lugar. As pessoas confundem gentileza, e já querem derrubar você. As pessoas ultimamente só vivem no seu mundinho e pensam que opinião e algumas brincadeiras não machucam, é, machucam, e ninguém é obrigado a ouvir certas coisas, então fecha a boquinha. Só por que você é grossa ou algo do tipo, não quer dizer que as pessoas sejam obrigadas a lhe aguentar, pois não são. Falta de educação é o que definitivamente caga com esse país. E às vezes eu me vejo sendo trouxa e passada pra trás, pois sou educada demais, e o mundo tá tão corrupto que todos querem subir em cima dos outros, eu sou obrigada a ser chata, falar que sinto falta de uns tempos atrás, pois tudo agora tá meio podre, e eu já estou no meu limite de educação. É ridículo dizer que colocamos sorrisos na cara e dissemos: Não! Imagina, tá tudo ótimo. Sendo que seu rosto bonito não passa de quilos de maquiagem, sua vida na internet é maravilhosa, e no fim, você está jogada na sua cama, pensando no que de fato está acontecendo com a sua vida.


                                                                           

                    

Eu quase tive uma arma apontada para a minha cabeça. Pegaram o meu celular e foram embora. Eu fiquei ali, parada, não acreditando no que tinha acabado de acontecer. Posso parecer muito corajosa e uma pessoa que tem opinião forte, - e eu realmente tenho - , mas não tenho um pingo de coragem. Não vou bater boca com ninguém armado ou que eu ache que está, eu sempre posso ser estuprada, assassinada, alguém da minha família sofrer. E pode não parecer, por essa minha capa de revoltada, que fala de tudo, como se fosse realmente da esquerda, - e não querendo generalizar, pois tem muitos da direita que são - , mas grande parte deles não acredita em Deus ou tem dúvidas, e eu por outro lado tenho muita fé, daquelas que fala nem que seja um pouquinho todos os dias com o cara lá de cima. E na minha visão ele é quem decide quando a hora de alguém chega, não qualquer pessoa que passa na rua, nunca nem te viu, nem conhece sua história, seus planos para o futuro e simplesmente tira a sua vida, seja por um celular de 600 reais ou uma carteira. Uma vida por acaso tem valor?
É ridículo estarmos reféns disso, e há horas que queremos que os direitos humanos vá para o espaço e enfiarmos balas na cara daqueles que só nos aprisionam. Mas então, quem somos nós para julgar o prazo de vida de alguém? Eu nem quero me meter nisso, pois é muito relativo e de cada um. Porém,
acho muito mais produtível alguém passar o resto da vida só do que levar um tiro na testa, pronto, acabou. Quem vai pagar os pecados daquele na realidade vai ser a família.
As pessoas são muito mal educadas, e não falo de educação acadêmica, digo no geral. Todo mundo gosta de meter o dedo na vida dos outros, batendo e agredindo como se isso fosse ser melhor, cometendo pequenas corrupções todos os dias. Seja por esse bixinho maléfico que está presente em cada um dia de nós, que nos torna capaz de fazer absurdos em situações extremas. É por mentirmos para nós mesmos, dizendo que tá tudo tranquilo, e completar com uma música besta, como se a cada passo dado que damos fora de casa não fosse uma virada de cabeça, um andado mais rápido. É o medo que milhares de mulheres sentem quando saem de casa de manhã cedo e voltam ao entardecer ou a noite, de ser violada, de ser imprensada na parede e alguém nunca visto passar a mão nos seios, na intimidade e simplesmente se enfiar no corpo de outro ser, por simplesmente querer, por simplesmente ser louco e não ter respeito por si próprio. É ver as pernas sangrando e saber que aquilo será um trauma para a vida toda.
Há bombas sendo lançadas e criadas a todo momento, os países criando grandes lacunas entre si, sorrindo para foto, mas com uma arma apontando na realidade.
Eu quero o direito de viver. Viver em paz e não ter que esconder meu celular no sutiã toda vez que eu for almoçar fora. Ver minha vó conversar com a vizinha no portão e não ter nenhum medo. Poder ir para os lugares e realmente aproveitar. Pelo menos é o que quero para mim e pros meus futuros filhos.
A arma está de novo quase sendo apontada na minha cabeça. Eu entrego o celular. Mas no fim eu durmo tranquila, eu continuo tentando ser feliz, pois sei que não fiz nada de errado, e essas pessoas que tentam roubar nossas vidas, nunca serão felizes de fato.



Nota: Sim, eu realmente fui assaltada. E acredito que estava na hora da nossa menina agir novamente. Sinceramente eu tô bem cansada de toda essa violência, e nós que vivemos no Brasil sabemos muito bem como é isso, por isso que eu não julgo quem diz que preferiria morar em outro país, pois eu também sou uma delas. Não é falta de patriotismo. Eu amo meu país, mas aqui aos poucos está virando um campo de guerra. 





                                                                 

    
 Autor(a): Gayle Forman
 Editora: Novo Conceito
 Páginas: 224 


Sinopse:

A última coisa de que Mia se lembra é a música. Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera...e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas. 





Resenha: 

Já faz algumas semanas que li Se eu ficar, e nessa semana assisti de novo o filme que curiosamente tava passando no Telecine (não, não é merchan) e pude ver claras diferenças. que eu logicamente não tinha visto antes, quando assisti a adaptação pela primeira vez. E estou falando isso pois a minha relação com a duologia de Gayle Forman é bem complicada, pois eu assisti o filme primeiro, depois li o segundo livro e só agora li Se eu ficar.
Definitivamente eu posso dizer que prefiro o livro mil vezes, apesar que não senti todas as coisas que todo mundo diz que sentiu, não escorreu nenhuma lágrima, nem no filme, e olha que eu sou coração mole. Acontece que nada especificamente me pegou de surpresa.
O livro definitivamente é mais violento, principalmente na cena do acidente, onde Mia descreve que metade do cérebro de seu pai está num canto, que sua mãe bateu a cabeça tão forte que ficou de outra cor, e que uma grande mancha de sangue está sobre o corpo de Mia, sua perna tão machucada que é possível ver o osso.
O mais importante da história em si é a família de Mia, com lembranças que me fizeram me afeiçoar com seus parentes, trazendo uma certa tristeza pois sempre há a imagem que poderia ser nossos pais. O irmão, Teddy, também é uma importante parte disso, e vemos ele crescer conforme as memórias e nos apegamos cada vez mais.
Adam se torna apenas mais uma parte, não o centro como no filme, e eles nunca se separaram, ele não tem problemas com a família nem nada do tipo. Ele é apenas um garoto normal, e é muito natural como eles se envolvem, como se sempre fossem um casal, mas nada que nos faça ter uma embatia direta com o Adam. A presença de Kim também é muito maior, e vemos diferentes conflitos que ocorrem que lembraram muito minhas amigas e como a nossa média de namoro parece ser na faculdade mesmo.
O livro eu poderia classificar como muito mais indie do que pop, no caso do filme, e ele realmente mexe com você. Sobre perspectivas de morte e vida, questionamentos sobre o que valem realmente a pena.





Nota: Ah Isabelle por que você deu só 3 luas? Bem gente, eu acho Se eu ficar um livro bom, que eu li rápido, consegui entrar na história, mas é só isso: bom. Mas futuramente tentarei postar a resenha de Pra onde ela foi, o segundo livro, que maravilhoso. É isso, espero que tenham gostado.