Autor(a): Sophie Kinsella
Editora: Record
N° de páginas: 384
Narração: 1° pessoa 

Sinopse: 

Em "O segredo de Emma Corrigan", Sophie Kinsella segue a receita que fez da série Os delírios de consumo de Becky Bloom sucesso de público  foram mais de 35 mil exemplares vendidos só no Brasil — e crítica. Com humor e muito charme, ela nos apresenta a Emma, uma inglesa perto dos 30 anos, mas longe de uma definição de vida. Na memória ela guarda situações ultraconfidenciais: como perdeu a virgindade enquanto os pais assistiam Ben-Hur na sala de TV, o que pensa sobre o namorado, as peças que prega nos colegas de escritório, seu peso real. 

Sinceramente, acho que estou me encontrando em um novo gênero, assim como sou simplesmente apaixonada por romances históricos, estou literalmente caindo de amores por chick-lits. O livro todo é maravilhoso, com ótimos diálogos e personagens que nos conquistam nas primeiras páginas. Sophie Kinsella pega em um ponto bem específico quando se propõe a falar sobre segredos, daqueles que todo mundo tem, mesmo que você jure ser a pessoa mais sincera do mundo. Todas as pessoas, escondem algo, mesmo que seja quando você quebrou o copo do liquidificador e tentou juntar os pedaços e fingiu que nada tinha acontecido (desculpa, mãe).
Essa foi a minha primeira experiência de fato com a escrita de Sophie, só tinha assistido o filme de "Os delírios de consumo de Becky Bloom" e sabemos que nunca vai ser a mesma coisa que um livro. O que mais chama atenção e envolve o leitor é porque a escrita é simples (e isso é um elogio), se tornando muito dinâmica e verdadeira. Acho que "verdadeiro" é a palavra que descreve esse livro, com todo o fracasso que a vida adulta pode gerar, com todas as nossas inseguranças e em como nos prendemos em situações constantemente porque simplesmente não sabemos que caminho ir, e assim, nos deixamos influenciar por ambientes tóxicos, onde um grande números de pessoas apenas deseja a sua derrota.
Emma é uma garota comum, e isso nada de mal tem, pelo contrário, acho fantástico. Ela fala pelos cotovelos e está constantemente pensando em coisas malucas, tem um namorado legal, mas ele é meio sem graça, e está insegura sobre muitas coisas, principalmente por ter sido deixada de lado pelos pais e sempre está de alguma forma sendo diminuída pela prima e o seu marido, que rir das suas diversas carreiras e faz piada com a sua vida.
"— Claro que disseram! — Posso ouvir a histeria na minha voz. — Eles não diriam exatamente: "Certo, pessoal, é isso aí, vocês todos vão para o beleléu!" — O avião dá outro salto aterrorizantes e eu me pego agarrando a mão do sujeito, em pânico. — A gente não vai sobreviver. É isso. Estou com 25 anos, pelo amor de Deus. Não estou pronta. Não realizei nada. Não tive filhos. Nunca salvei uma vida...— Meu olhar cai aleatoriamente na matéria sobre "30 coisas antes de fazer 30 anos".— Eu ainda não escalei uma montanha, não fiz tatuagens, eu nem sei se tenho um ponto G..."
Todas as inseguranças que ela carrega foram muito bem compreendidas por mim, principalmente na parte que ela fica nervosa para ter um encontro e sai em disparada para depilar as pernas. É desse tipo de normalidade que sinto falta nos livros de hoje. Outro ponto muito importante para mim é que Jack é um cara sensacional, o mesmo cara que ela contou todos os seus segredos no avião, e que por acaso é podre de rico e seu chefe, tem um toque de diversão e uma vontade de ver o real das pessoas que instiga muito. Ele, com seu puro charme e tom que desbanca qualquer modelo, é totalmente diferente do que vários livros pregam por aí, com o CEO da empresa sendo uma máquina de músculos, com tom arrogante que até dói e uma coleção de carros. Se bem que ele tem uma coleção de carros, mas não acontece aquele fetiche todo, onde a personagem principal fica: "Oh meu Deus, como ele é rico e poderoso". Ele só é um cara muito legal, que instiga toda a verdade em Emma.
Acredito que desde a sinopse dê pra perceber que os dois uma hora ou outra vão acabar se envolvendo, e é uma relação muito bonita, porque enquanto muitos tratavam Emma com desprezo e falsidade (inclusive sua prima), ele gostou dela exatamente daquele jeito, sabendo todos os seus segredos, e de como ela é, toda maluca e engraçada.
 "— Segunda, 7 da manhã. — Ele lê em voz alta. — Corrida rápida ao quarteirão. Hora do almoço: aula de yoga. Tarde: fita de pilates. Sessenta abdominais. — Ele toma um gole de uísque. — Muito impressionante. Você faz tudo isso? — Bem — Digo depois de uma pausa. — Não consigo exatamente fazer todos...quero dizer, eu fui muito ambiciosa...você sabe...é...pois é!"
Porém, o livro não se trata só disso. A obra em si fala muito sobre como somos falhos, isso em relação a amigos, parentes, namorados, etc. E às vezes escondemos tantas coisas apenas para agrandar ao outro, e isso muitas vezes acaba dando aquela "torta de climão" no natal, onde todo mundo é um pouco falso. Apesar de Emma ser uma garota comum, daquelas que mentem até o próprio peso, ela não deixa de ser uma mulher forte, que sabe que deve ser valorizada, mesmo com todas as suas inseguranças, pois mesmo em diversas situações, nós temos a terrível mania de sempre pôr o peso da culpa nos nossos ombros. Acredito que temos muito com o que aprender com Emma Corrigan, com Jack Harper, e todas as amigas malucas (uma inclusive que não é amiga de ninguém) de Emma, e que não devemos ter vergonha de quem somos, pois isso é o que nos faz reais e únicos.
Por fim, fiquei muito feliz em saber que em breve terá uma adaptação para o cinema, produzido e protagonizado por Alexandra Daddario (que mulher maravilhosa) e que poderemos desfrutar dessa maravilha na telona.
O segredo de Emma Corrigan entrou para a lista dos meus livros favoritos e me deu a certeza que todos escondemos alguma coisa de alguém.


          

Nota: O blog fez 5 ANOS! Já faz uns dias desde a data (dia 7/12), e acabou que eu e a Letícia nos esquecemos totalmente. Só queria dizer que apesar de tantos problemas, o blog tem sido uma das coisas por quais eu mais me orgulho e é incrível ver em como mudamos de tantas formas, e melhoramos, ainda bem. No fim, recomendo que não leiam os textos do primeiro ano do blog, eles são bem vergonhosos!
                                                          




My body, my fucking rules.



Quando disseram que você não era capaz porque era apenas uma menina. Quando disseram que você não podia brincar com carros e bola, pois era frágil e se machucaria. Quando reclamaram que você não estava usando brincos e toda menina usa. Quando brigaram com você por ter falado uma palavra “feia” e não disseram nada quando seu irmão disse a mesma coisa (e ainda pior!). Quando compraram sua primeira sandália alta e você, mesmo sem gostar, usava, porque te disseram que meninas fazem isso, obedecem. Quando te deram de presente acessórios de cozinha de brinquedo, como panelinhas, pratos e vinha até com uma pia, mas a sua relação com a cozinha era mais sobre você poder comer tudo o que tivesse vontade.
Quando seu pai disse que você só namoraria aos 18 anos, mas encorajava seu irmão a beijar as “menininhas” da escola. Quando sua mãe falou para você usar mais vestidos, porque precisava parecer mais “mocinha”. Quando você tinha a primeira festa de 15 anos para ir e quiseram alisar seu cabelo – doía, mas você ouviu que “para ser bonita, precisa sofrer” e se contentou com aqueles puxões e deixou que queimassem seus cachos. Quando você começou a desenvolver seu corpo e tinha vergonha de mostra-lo porque alguém disse que você já tinha o corpo de uma mulher formada. Quando disseram que você precisava fazer academia, para ter a cintura de Barbie – mesmo que ninguém tenha perguntado se você queria a tal cintura.
Quando você surtou porque seu irmão podia ir para a festa, mesmo sendo mais novo que você, e você não pôde porque alegaram que não é coisa de menina. E quando disseram, depois desse surto, que você não arranjaria namorado nenhum com aquelas crises.
Quando você teve o seu primeiro beijo e o menino espalhou para a escola inteira que você deixou que ele tocasse em você, mesmo que fosse mentira, e todos julgaram-na de puta – mas ele foi vangloriado. Quando você começou a namorar e o cara era ciumento, possessivo, não queria nem que você tivesse o contato de amigos homens no telefone e você não percebeu, mas ele falava mal das suas amigas para que você não acreditasse nelas quando elas dissessem que esse relacionamento era péssimo para você.
Quando seu pai traiu sua mãe e todos na família disseram que ela devia ter "segurado" ele melhor. Quando você e seu namorado tiveram a primeira vez de vocês e ele achou que você tinha amado, mas na verdade, ele tinha te tratado como um mero objeto. Quando você descobriu que ele não te amava, só queria sexo e sumir na manhã seguinte.
Quando você foi chamada de puta mais uma vez, mas pelo seu pai, que descobriu que você transou antes do casamento, debaixo do teto dele, mesmo que o seu bendito irmão levasse uma menina nova toda semana para casa.
Foram todas as vezes em que você se moldou, se sacrificou e foi apedrejada por ser mulher. Foram as vezes em que tentaram jogar em você padrões e tradições que criaram para nos controlar, nos deixar de fora desta coisa toda de comandar o mundo. Acontece que você pôde perceber, depois, que você nunca precisou ter a cintura de Barbie, que você tinha mais caráter do que o seu irmão, que sua mãe merecia ser tratada como toda mulher merece, que você queria ter prazer ao fazer sexo, que queria estar em um relacionamento e se sentir livre e respeitada (o mínimo, é claro), e que seu corpo, assim como a sua mente – o que, depois, também vimos que são uma coisa só – merecem ser contemplados, valorizados, preservados como preciosidades.
Você jogou fora todas as saias que tinha no armário, parou de usar brincos e engordou alguns quilos. Abriu mão dos números. Conheceu pessoas legais, que só te chamavam de “amor” e coisas assim. Arranjou vários namorados e namoradas, mesmo que ainda surtasse vez ou outra. Machucou os joelhos várias vezes quando descobriu que amava jogar futebol, mas caía sempre, pois nunca deixou de ser desastrada e aquilo já não era mais um problema. Abraçou mais as causas de suas amigas e de outras mulheres, entendendo que todas elas, em algum momento da vida, sofreram e sofreriam de pressões sociais pelo simples fato de serem mulheres; e muitas vezes, não podem nadar contra a maré, como você fez. Nunca mais deixou que encostassem uma prancha no seu cabelo, os cachos pareciam ser uma metáfora sobre a sua vontade (e o cumprimento dela) de ser livre.
Você ainda tinha várias questões consigo mesma, inseguranças e paranoias que seriam difíceis de cicatrizar e renderiam longas sessões com o seu terapeuta. Mas foi quando você se soltou das algemas que te prendiam em um ideal de mulher perfeita, depois de muita luta e muita dor, que você se tornou a mulher mais feliz e a única dona do seu mundo.

              


National Geographic Traveler 2012
(via Pinterest)

Hoje tomei banho de chuva.
Foi engraçado porque já fazia muito tempo que eu não deixava de abrir o guarda-chuva. Tomei por livre e espontânea vontade, em um impulso, completamente diferente de quando eu era criança e era regra me molhar se começasse a chover – sabe como é, né, cidade do Nordeste...
A questão é que eu estava ali, deixando a água cair em mim, pensando como era louco o fato de que parecia chover muito mais do que de fato caía água na minha pele. Mas ali, olhando para o céu, eu também pensava como era ainda mais louco que eu estivesse achando incrível demais que seja possível cair água do céu, ainda que eu saiba das explicações científicas e tudo mais. Eu, que rio da cara de criacionistas (com todo respeito) com meus polegares opositores, estava ali, admirando a água que cai do céu, gelada, abundante.
Os fenômenos naturais sempre me alcançaram de formas diferentes. Nunca foi apenas chuva, nem apenas estrelas cadentes e arco-íris. Parecem ser mais que isso.
Quando me reencontro com gotas de chuva, meu queixo batendo de frio, eu penso que reencontro meus sonhos que deixei para trás, na última vez que tomei banho de chuva. É incrível me perceber diferente hoje, com o cabelo mais indeciso, a pele passando por várias mudanças, uma tatuagem, a cabeça com várias novas ideias e algumas reconfiguradas, posso dialogar facilmente sobre autoestima e relação com o corpo, defendo causas que antigamente me pareciam distantes... Talvez só as unhas mantiveram-se pintadas de preto. Provavelmente, isso será a última coisa que mudarei em mim.
Eu me sinto ótima em saber que não preciso de muito para me colocar no eixo. Sem falar na felicidade que tenho em vestir a roupa quentinha depois, pegar no cabelo molhado e ter a certeza de que, se eu me perder, virão outros dias de chuva. Mesmo que demorem e que fique muito quente antes de finalmente esfriar, a água vai cair. Vou sentir tudo de novo.

                                

Autor(a): Carol Sabar 
Editora: Jangada 
Nº de páginas: 368
Narração: 1° Pessoa

Sinopse:

Parada num engarrafamento no Rio de Janeiro, Bia está pensando em sua vida azarada. O motorista do carro ao lado, tenta se comunicar com ela, mas Bia não o reconhece. Então, ele sai do carro, mas não tem tempo de se explicar, pois começa um violento tiroteio e eles se jogam lado a lado no asfalto. Certa de que está prestes a morrer, Bia entra em desespero e se prepara para dizer suas últimas palavras, na esperança de que seu suposto desconhecido possa levar um recado a Guga, seu amor da adolescência, sem perceber que é ele próprio que está ali, ouvindo a inesperada declaração de amor! Os dois escapam juntos do tiroteio e, a partir daí, começam a se envolver, dia após dia. Guga, sem coragem de assumir sua verdadeira identidade, e Bia, feliz consigo mesma por finalmente estar se apaixonando por alguém que não é o Guga. Nunca uma maré de azar foi tão engraçada!

"Azar o Seu!", foi uma maravilhosa surpresa para mim. Nunca havia entrado em contato com os livros da Carol Sabar, e foi muito bom saber que temos esse potencial brasileiros para livros chicklit. Acredito que por "n" motivos criamos um certo distanciamento da literatura brasileira em geral, e fora a Paula Pimenta e outras autoras que estão na grande mídia, é difícil ver estórias assim em destaque nas livrarias, o que ocasiona no total desconhecimento dos leitores por essas obras.
Efim, se você gosta de Sophie Kinsella, com certeza vai adorar esse livro. A estória em si é muito divertida, com a personagem principal, Bia, fazendo ótimas tiradas e e rindo da própria desgraça. O que diverte e causa reconhecimento com o leitor, principalmente por ser uma leitura de certa forma mais madura, encarando uma vida cheia de tropeços e não com uma visão pura de como a vida adulta é, e sim a encarando com as marcas que ela pode causar. Como o fato da personagem está em situação de desemprego, com dívidas e mais dívidas e ainda ter que aguentar uma entrevista de emprego com um assediador.
A relação dela com o Guga, é de certa forma muito juvenil, surgindo naqueles amores que nos deixam nervosas e ansiosas para a próxima mensagem. Foi uma grande sacada da autora o fato dele não se revelar como Guga e cria um ambiente de expectativa para o momento da revelação ao leitor. 
Uma das coisas que não sentimos diretamente quando lemos um livro estrangeiro, é a identificação com o local e as piadas, e mesmo os jogos infantis. Para mim foi muito acolhedor quando a personagem citou um jogo de criança que era aquele de escolher três futuros maridos, a cidade na qual você vai morar, se será rica, milionária, pobre, a quantidade de filhos, etc. Esse era o tipo de brincadeira que fazia com as minhas amigas quando tinha onze anos, então ver aquilo escrito na página do livro me fez ter um quentinho no peito. Fora as referências ao Faustão e toda a nosso sistema de televisão que são maravilhosas. 
Jura? Eu me emocionei e, com a voz fraquinha, até me empolguei: Então encontre ele! Encontre o Guga! Entre nos pensamentos dele, na alma dele. Fala para ele que morri pensando naquele beijo e que, no fundo do meu coração, por mais que ele tenha feito questão de me esquecer...ele nunca me ligou, nunca parei de me perguntar por que ele nunca quis saber de mim...Sempre tive um sonho secreto em que ele voltava para o Brasil e me mostrava a explosão sexual do prazer."
O que mais me atraiu no livro na realidade, é a verdade que ele trás. Estou cansada de ler livros em que as personagens principais são no estilo modelo da Victoria's Secrets e não tem um furinho na bunda. A Bia, o seu pai, Joana, Raíssa, são todos reais, inclusive a mãe plastificada de Guga e Raíssa, eles são os típicos personagens que a gente pode encontrar e até conhecer. Bia, sendo aquela amiga engraçada e azarada; o seu pai, o senhorzinho legal que todo mundo adora; Joana, aquela mulher forte e decidida super simpática; Raíssa, a colega de classe rica, que apesar de sempre ter tido tudo, é muito legal e a mãe plastificada que só liga para o novo preenchimento labial que saiu e uma nova cirurgia plástica que dê uma empinada na bunda. Nós estamos muito acostumados a ler sobre a garota perfeita e o cara mais perfeito ainda, e a realidade é importante, principalmente porque não vamos enxergar essa perfeição nos olhares que cruzarem com o nosso na rua, as pessoas são falhas. Estamos muito vidrados no caminho da perfeição, onde a barriga é durinha e não tem nenhuma dobra, a virilha é muito bonita e não tem uma marca, e que acordamos a 7 da manhã, com uma lingerie sensacional e os cabelos que acabaram de sair de uma propaganda. Isso é pura idiotice! 
Mas voltando, a estória em si, apesar de ser engraçada, vai falar como deixamos ir muitas coisas por pura insegurança, seja amores, oportunidade etc. Exatamente porque duvidamos tanto de nós, que travamos e pensamos que não somos bons o suficiente, e isso é lindamento expresso em toda a confusão sentimental que passa pela vida de Bia. 
Agora vamos falar de Guga, eu adoro que ele seja músico, porque enfim, amo músicos e eles sempre têm um charme a mais e o fato de que na adolescência, ele fosse cheio de espinhas. Certo que ele agora está lindo e maravilhoso, e todos os adjetivos que podem usar para caracterizar um cara gato. O bom, é que além de lindo e super irresistível, ele tem um ótimo senso de humor, não se tornando aquele cara cheio de músculos (o que ele não é) que só pensa com a cabeça de baixo. O bom é que ele também erra, personagens masculinos perfeitos demais me irritam, porque o que mundo tá vendendo é bem diferente disso. Porém, os erros são perdoáveis e todos amarram a narrativa lindamente.
"A gente nasce, cresce, se ilude, se reproduz, se ilude de novo, quebra a cara. Depois a gente morre. Muitos de nós, inclusive, morrem sem se reproduzir. Sem se iludir ou quebrar a cara? Jamais."
"Azar o Seu!" é um livro que recomendo para todo mundo que quer se voltar para a leitura nacional e quer fugir dos clássicos, além de esquecer todo o drama das milhares de outras estórias e se permitir passar um tempo gostoso, na companhia de Guga e Bia. Garanto que vai te render boas risadas. Leiam mais livros nacionais, gente! E vamos apoiar esses autores que fazem um trabalho maravilhoso e infelizmente não são tão divulgados quanto merecem. A Carol Sabar, tem mais algumas obras e espero está de volta em breve com mais uma resenha desta autora para vocês. 

"— Sorry, moço! — Levantei o braço quando o motorista buzinou irritado. — Eu sou da roça!"