Não que eu precise dizer para alguém os porquês de assisti-la, mas durante esta semana eu me dispus a devorar, por assim dizer, a primeira temporada inteira - com muita vontade para assistir à segunda temporada. E confesso que só me dediquei a tal porque estava sem fazer nada e vi, passeando pelo Netflix, a série como uma das mais populares. Já havia visto algumas cenas no canal em que a série é transmitida (Canal Sony), mas nunca havia entendido realmente o seu propósito. Agora sim, posso dizer, essa é uma das melhores séries que eu já vi, não só pelo simples fato de ter paciência para vê-la.

How To Get Away With Murder

Sinopse: 

"Michaela, Wes, Laurel, Connor e Asher são ambiciosos calouros de Direito da prestigiada academia East Law School onde apenas os melhores alunos podem participar de casos reais. Eles competem entre si para conseguir a atenção da carismática e sedutora Professora Annalise Keating, na aula de Direito Criminal 1, também conhecida como "Como Se Livrar de Um Assassinato".


Eu ficaria horas aqui falando sobre cada personagem, mas não há nada melhor do que assistir à série e ir descobrindo mais e mais sobre cada um deles - isto a série não deixa a desejar: cada personagem tem o seu momento detalhado pela sua visão, pelo seu lado da história. A medida que o tempo vai passando, você vai entendendo e encaixando cada detalhe perfeitamente.
Bom, a primeira temporada é basicamente o seguinte: As aulas acabam de começar e você de cara já percebe o quão maravilhosa Annalise Keating consegue ser. A mulher é poderosa, não há uma pessoa que não note sua presença quando é feita. E a série destaca bastante isso, a força dela em momentos precisos. Contudo, ao mesmo tempo, também mostra seus momentos de fraquezas, os momentos em que ela se mostra como um "ser humano" também. 



A primeira temporada trata-se de um caso que Annalise precisa resolver, mas que envolve conflito de interesses, ou seja, não é tão fácil assim de se desenrolar. Os episódios são compostos por flashbacks intercalados com cenas do tempo real em que a história se passa, e não é difícil de acompanhar o tempo dos acontecimentos. Mesmo com este caso maior para ser resolvido, outros casos são assumidos pela professora, e desdobrados pelo seu grupo de alunos. 
Não há um segundo na série em que não haja tensão, dúvida e milhões de perguntas a serem respondidas. Aconselho, inclusive, que se caso se disponha a assistir, tire um tempo livre, um final de semana, até, pois a partir do momento em que se inicia, não dá para parar de assistir um segundo. 


Certas coisas eu acho interessante de se ressaltar, como o fato de que não há, em nenhum momento, um mocinho na história. Nem mesmo há um vilão específico. Todos erram, todos são hipócritas, todos julgam uns aos outros mesmo tendo lá os seus segredos. E com isso, cada um possui o seu papel importantíssimo na história, que mesmo não sendo revelado de cara, ao longo do tempo você acaba compreendendo o espaço daquele personagem em determinados cenários. 
Por fim, resolvi resumir em 5 tópicos as principais razões para se assistir HTGAWM:
  1. O tema: Eu descobri que aquilo que eu dizia ser falta de paciência com as séries é, na verdade, ansiedade para saber como as coisas vão desenrolar e quando a série não tem aquele gostinho de "quero mais", sinceramente, eu realmente não consigo lidar. Isso não acontece aqui. O tema da série muito me interessa. Todo o drama, o suspense, as investigações... Tudo isso me proporciona sede por querer mais e mais. E sem falar que você acaba acompanhando o dia-a-dia dos tribunais, das acusações, da vida dos advogados de defesa. E isso é demais.
  2. O enredo/desenrolar da coisa: Não tem como não se prender à série. Ela é muito bem contada, muito bem mostrada, e você fica abismado com o como as coisas são perfeitamente encaixadas. De acordo com que os acontecimentos vão se entrelaçando e você vai percebendo que tudo foi planejado propositalmente, acaba se tornando uma série de descobertas, de revelações a respeito de todos os personagens e você, querendo ou não, se prende a cada um deles.
  3. Os personagens: Não tem como não se apegar! Confesso que eu acho todo mundo ali um bando de louco, na forma mais coloquial da coisa. Todo mundo tem um parafuso a menos, um defeito absurdamente importante para o enredo, problemas e confusões que envolvem todo o grupo, mas mesmo com todas as divergências entre eles, não dá para imaginar o grupo se desfazendo de forma alguma. 
  4. A protagonista:

Eu já falei o quanto esta mulher samba? Ainda não aprendi a lidar com tanto glamour em uma pessoa só. E a forma como Annalise Keating (Viola Davis) é apresentada, a maneira com que vemos o quão errante ela é, a quantidade de defeitos que a tornam uma mulher completamente imperfeita, mas que não desce do salto nunca (não na frente de pessoas mais baixas que ela). Annalise nos encanta por ser um exemplo significativo de mulher forte que erra e aprende com seu erro de cabeça erguida. 

  1. O bônus:
 

Respectivamente, Connor Walsh (Jack Falahee) e Frank Delfino (Charlie Weber). É, eu também não sei como lidar com esses dois monumentos divinos desfilando pelo cenário da série! Definitivamente não sei. Eu precisava falar dos dois, mesmo que alguns os achem os mais apagadinhos da série, eles preenchem meu coração a cada vez que aparecem e fazem a cena ser mais completa para mim. Se vocês assistirem, entenderão a minha total e incondicional paixão.



Não vejo a hora da segunda temporada chegar ao Netflix (bora lá, né?) e apreciar mais, muito mais, de todo o drama e suspense que HTGAWM pode me proporcionar. Ficou claro que eu adorei, né? Então, nada mais justo que 5 luas para a primeira temporada da série!


Logo que assistir à segunda, trago para o blog o meu veredicto. Um beijo e até a próxima!


              Querido Noel,
              Então é Natal. Mais uma vez. Mais um ano vestindo aquela roupa nova que comprei especialmente para ficar algumas horas sentada no sofá ouvindo meus familiares com aquele famoso "é pavê ou pacomê?" e com aquelas incansáveis enquetes a respeito da minha vida; "e os namorados?", "você ainda não decidiu o que vai fazer? O ENEM já está aí!", e tantas outras perguntas que as únicas respostas cabíveis seriam olhos revirados, mas por educação à família eu apenas sorrioo amarelo e continuo comendo, pois não há nada melhor para fazer nestas ocasiões. Escuto todos os meus amigos desejando-me um feliz natal, sendo que ainda é dia 24. Vejo todo mundo com seus familiares, e eu, que já não aguenta mais comer, só quero que aconteça logo o amigo secreto para presentear um amigo com um presente pensado com todo o amor e carinho e acabar ganhando um par de meias para o dia se concretizar como apenas mais um infortúnio. 
              Daí chega meia noite. É hora de trocar os presentes. Depois dormimos até tarde no dia seguinte, almoçamos o que sobrou da ceia e fim. Começam agora os preparativos para o ano novo. Isso me intriga profundamente. Pessoas que nos outros 11 meses e 29 dias do ano são hipócritas, críticas e abusivos, chegam neste dia desejando felicidades a todos como se isso pudesse deixá-la com a consciência limpa apesar de tudo que fez no ano.
              E aquela sua perguntinha, querido Noel, "você foi um bom menino?"? Defina "bom menino", querido. O que é ser bom hoje em dia? É criticar tudo o que quiser na internet, pois não é preciso olhar nos olhos de alguém para fazer tal? É julgar as inúmeras Fabíolas que existem por aí e esquecer que "quem nunca pecou que atire a primeira pedra"? É colocar um problema acima de outro como se isso fosse resolver algo? Diga-me, então, se ser uma boa pessoa é ignorar problemas mais sérios por todo o mundo e se preocupar mais com futilidades que não o levarão a lugar nenhum. Que me perdoe você, bom velhinho, e todos aqueles que em você acreditam, mas este ano você não irá distribuir muitos presentes. Não, eu mesma não fui uma boa menina. Não de acordo com que a sociedade, hoje, dita. Eu decidi que sou contra aquilo que a família brasileira impõe, sou contra calar-me em frente de opressores e sou contra dar respeito a quem não merece. Desculpe-me, mas eu não fui uma menina. Não deixei me tocarem sem o meu consentimento, mesmo que eu estivesse com uma roupa um pouco mais curta que intitulam como o famoso "estava pedindo". Não permiti que falassem barbaridades contra o sexo feminino e quisessem que depois continuasse tudo bem. Não permiti uma mãe bater na própria filha, desobediente, pois achei que já passava dos limites. Não consegui ouvir meu tio falando repetidas vezes o quanto odiava aquela mulher do tempo do jornal da noite simplesmente por ela ser negra. Eu não consegui ficar calada, querido Noel. 
              E mesmo assim, se você ainda me achar digna de um presente, eu venho pedir o fim disso tudo. Fim do machismo, fim do preconceito entre raças, sexos e gostos. Ou apenas me dê paciência, se não for possível atender ao meu primeiro pedido, para suportar tudo isso. Por todo o mundo, Noel, eu peço paz. Peço consolo às mães que perdem seus filhos para a guerra. Peço lucidez e verdade para aqueles que estão no poder e precisam tomar decisões difíceis. Peço paz para as regiões conturbadas asiáticas. Eu peço clemência por aqueles que não reconhecem seus erros. Peço informação e estudo para aqueles que falam sem nada saber. Desculpe por pedir demais, mas para você, depois de tudo aquilo que eu já o vi fazer, este presente seria dos mais fáceis, não?
              Um feliz natal!

Nota: Não dava para fazer um textinho de natal comum, não é mesmo? Apesar dos pesares, um feliz natal a todos! Aproveitem bastante com suas famílias, peçam paz para este mundo! Um beijo, até logo.


Estamos no século XXI, onde gays, lésbicas, bissexuais e transexuais tem o seu espaço de direito(ou pelo menos é para ter). E com isso a liberdade para criar sobre esse tema cresceu gigantescamente, seja na indústria cinematográfica quanto na literatura, mesmo assim o mais comum é encontrar livros e filmes de romance heterossexual. E apesar de ser não meu tipo de livro favorito, já tive a experiência de ler uma história que mesmo não sendo o foco central, mostrava duas meninas em uma relação, e o livro era fantástico (só não vou falar o nome dele aqui. Pois ela ser lésbica é spoiler). E que muito provavelmente nós, deixamos de ler histórias fantásticas por não necessariamente nos identificarmos com a história de amor dos personagens. Por isso, hoje trouxe 3 livros com essa temática que são realmente famosos, mas claro, existem muitos outros, desde contos a romances.


1. Dois Garotos se Beijando

                      
David Levithan, é um dos maiores autores em relação a temática LGBT, ele está sendo muito importante nesse meio, se voltado para o público adolescente. Eu ainda não li nenhum de seus livros, mas já dei uma pesquisada e a maioria das críticas são positivas, principalmente para o seu título mais recente: "Dois Garotos se Beijando".


Sinopse: Do mesmo autor do best-seller Will & Will e Todo Dia. Do lado de fora da escola, ao ar livre, rodeados por câmeras e por uma multidão que, em parte apoia e em parte repudia o que estão fazendo, Craig e Harry estão tentando quebrar o recorde mundial do beijo mais longo. Craig e Harry não são mais um casal, mas já foram um dia. Peter e Neil são um casal. Seus beijos são diferentes. Avery acaba de conhecer Ryan e precisa decidir sobre como contar para ele que é transexual, mas está com medo de não ser aceito depois disso.
Cooper está sozinho. Passa suas noites em claro, no computador, criando vidas falsas online e seduzindo homens que jamais conhecerá na vida real. Mas quando seus pais descobrem seu passatempo proibido, o mundo dele desaba. Cada um desses meninos tem uma situação diferente. alguns contam com o apoio incondicional da família, outros não. Alguns sofrem bullying na escola, outros, com o coração partido.
Mas bem no centro de todas as histórias paralelas está o amor. E, através dele, a coragem para lutar por um mundo onde esse sentimento nunca seja sinônimo de tabu.


2. Azul é a cor mais quente.


                       
Azul é a Cor Mais Quente com certeza é o livro mais famoso dessa lista, por causa do burburinho que foi a adaptação cinematográfica. O que mais me interresa no livro é por ele ser graphic novel, ou seja, em quadrinhos, e pela forma que é feita, com o visual todo em preto e branco e só o azul do cabelo da Emma (creio eu que seja ela) se destacando.

Sinopse: O livro conta a história de Clementine e, uma jovem de 15 anos que descobre o amor ao conhecer Emma, uma garota de cabelos azuis. Atráves de textos do diário de Clementine, o leitor acompanha o primeiro encontro das duas e caminha entre as descobertas, tristezas e maravilhas que essa relação pode trazer. A novela gráfica foi lançada na França em 2010, já tem diversas versões, incluindo para o inglês, espanhol, alemão, italiano e holandês, e ganhou em 2011, o Prêmio de Público do Festival Internacional de Angoulême. Em tempos de luta por direitos e de novas questões políticas, AZUL é a COR MAIS QUENTE surge para mostrar o lado poético e universal do amor, sem apontar regras ou gêneros.

       



3. Will & Will

                             
Will & Will também é um dos livros mais famosos nesse meio, principalmente por ter o John Green em colaboração com o David Levithan. Algumas amigas minhas já leram e as opiniões são bem dívidas, umas dizem que amaram e outras que odiaram.

Sinopse: Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra...Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes complementes diferentes, os dois estão prestes a embarcar em uma aventura de épicas proporções. O mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.