É dia 25. 
Eu percebo que não mudei muito quando me pego chorando de novo em todos os finais de ano, não porque percebi que mais uma vez comi demais e estou passando mal novamente, mas é inegável a minha emoção ao fazer uma retrospectiva do ano mentalmente, juntando todos os meus aprendizados, descobertas, sentimentos e pessoas novas que eu adicionei, às quais eu fui adicionada e as pessoas que eu reencontrei. Eu queria poder pegar uma palavra ou duas para falar de tudo. Mas 2017, meu amigo... 
O ano que eu mais pedi para acabar e o que eu mais tive medo que passasse, pelo próximo ano que vem aí. O ano que eu mais me conheci, me reaprendi, me superei,... O ano em que eu mais procurei sumir. Venho vivendo em um looping infinito em que todo fim de ano me traz aquela angústia do novo que está por vir, um alívio pelo que passou e aquela gratidão que me preenche, o sentimento de dever cumprido. 
Hoje é dia 25 e eu espero que, para quem a data tem significado, tenha sido um dia para estar com a família, para abraçá-los e refletir sobre todas as coisas boas que aconteceram nos últimos meses. E para quem não vê significância, que também tenha sido um dia bom para ficar com quem se ama, para amá-los mais e para ser grato pela vida.
Eu decidi que, a partir deste ano, eu amarei o Natal. Será uma época linda, feliz e com muito mais amor do que tenho o ano inteiro. Isso pode ser chamado de resoluções de ano novo, não pode? E decidi também que este texto será apenas uma forma de não deixar a data passar batido (é mais válido o que está acontecendo lá fora: minha família reunida, comendo, rindo e cantando músicas que realmente não são natalinas, mas tudo bem. Estão felizes demais para se importarem com isso).
Feliz Natal para todos nós e que muitos outros dias 25 estejam por vir.




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