Ontem foi um dia muito bom, muito bom mesmo. O meu sorriso era tão largo e constante que temia a cada passo que algo mudasse e aquilo passa-se. E eu pensava em você, pensava em como era puta importante eu conseguir ser feliz unicamente e simplesmente por mim. Mas eu queria enviar uma mensagem pra ti, quando já tivesse chegado tarde em casa e estivesse me preparando para tomar banho, dizendo um: “tô muito feliz, e você?” e que você se importasse com a minha felicidade, me parabenizasse e dissesse que a gente deveria se ver naquela semana. Mas não, não foi isso que aconteceu. Eu continuei feliz, claro, afinal tinha tirado a nota máxima em uma prova que eu precisava muito, fui dormir tranquila, conversei com uma das minhas melhores amigas sobre uma tatuagem que ela fez e continuei a ler Harry Potter de madrugada, com a lanterna do meu celular. Só que bem lá no fundo, eu sabia o que queria, queria você, jogando conversa fora comigo, falando sobre a sua rotina de estudo e a ansiedade ou mesmo filosofando como a vida é engraçada e irônica, como em um momento estamos rindo e no outro chorando. Eu queria ficar rindo para a tela do celular e rindo contra a sua camisa quando te abraçasse apertado, só que isso parece muito mais com uma utopia. Sinceramente, não vou dizer que o erro foi meu, que eu simplesmente poderia ter uma conversa com meu coração e dizer pra ele tomar vergonha e fazer o seu único e perfeito trabalho de bombear sangue para o meu corpo, e não ficar imaginando e criando uma realidade que nunca existiu. Depois de 5 anos, eu pensei que tinha superado, que não estaria chorando de novo como a criança de 12 anos que chorou ao perceber que aquele menino por qual era apaixonada não podia ficar com ela. Enfim, acho que essa sou eu de novo, agora talvez por motivos mais maduros mas o mesmo coração infantil de 5 anos atrás. Eu sei que as coisas poderiam ser mais fáceis. 

Nota: Tava revirando as notas do meu celular atrás de uma coisa para a minha vó e acabei me deparando com esse texto de 24 de novembro do ano passado. Vou admitir para todos que cada palavra escrita veio de mim e das coisas que naquela época estavam acontecendo comigo. Lembro desse dia direitinho e de como pensei em tudo isso em pé na parada de ônibus. No fim, quero dizer que continuei muito feliz, exatamente porque tinha conquistado algo que não imaginava e provado para eu mesma que era capaz. Então é isso, mesmo que a gente sinta falta de alguma coisa, isso não irá anular nossa felicidade.

2 Comentários

  1. Eu amei seu texto e me identifiquei muito! Já passei por uma situação parecidíssima, porém com outro motivo por trás. E, assim como vc, não deixei de estar feliz pq não pude conversar com @ por isso. É nesses momentos que vemos o quanto amadurecemos

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    1. Fico muito feliz que tenha gostado do texto. E acho que feliz por você ter se identificado com o texto também, porque isso mostra que apesar dos acasos da vida a gente não desiste de ser feliz, mesmo quando o @ não colabora.

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