Autor(a): Sarah J. Maas 
Editora: Galera Record
Nº de Páginas: 683
Narração: 1ª Pessoa

Sinopse: O esperado terceiro volume da série best-seller Corte de Espinhos e Rosas, da mesma autora da saga Trono de vidro. Em Corte de Asas e Ruína a guerra se aproxima, um conflito que promete devastar Prythian. Em meio à Corte Primaveril, num perigoso jogo de intrigas e mentiras, a Grã-Senhora da Corte Noturna esconde seu laço de parceria e sua verdadeira lealdade. Tamlin está fazendo acordos com o invasor, Jurian recuperou suas forças e as rainhas humanas prometem se alinhar aos desejos de Hybern em troca de imortalidade. Enquanto isso Feyre e seus amigos precisam aprender em quais Grãos-Senhores confiar, e procurar aliados nos mais improváveis lugares. Porém, a Quebradora da Maldição ainda tem uma ou duas cartas na manga antes que sua ilha queime.

Encerrar uma série é sempre difícil, e apesar de saber que ainda existe uma novel sobre o universo para ler, já me sinto meio órfã (Na realidade, não mais. Pois vi que vão sair mais livros. Vamos todo mundo gritar!!!). Acompanhar Feyre nessa jornada tão mirabolante e apaixonante foi extremamente gratificante e uma das minhas melhores experiências literárias. 
Em "Corte de Asas e Ruína" temos a ascensão da guerra. Então, a gente já sabe que em algum momento vai rolar tiro, porrada e bomba. Porém, imaginei que o ritmo do livro seria mais agitado, com pancadaria do início ao fim, só que isso não acontece, e as porradas mesmo ficam mais pro final da narrativa. 
"— Porque você é minha igual — explicou ele. — E por mais que isso queira dizer que apoiamos um ao outro em público, também quer dizer que concedemos um ao outro em público, também quer dizer que concedemos um ao outro o dom da honestidade. Da verdade." Página 197
Isso significa que a trama percorre por um meio político e nos apresenta Prytian e seus Grão-Senhores por completo. O que foi interessante por nos permitir conhecer as outras Cortes, ampliar a mitologia e causar empatia pelos personagens. Porque para mim esse é o grande segredo da escrita da Sarah: conseguir fazer com que nos apaixonemos pelos personagens, da mesma forma que consegue que os odiemos. De uma forma que ela não os deixa perfeitos e sim reais. Todos ali tem suas cicatrizes e importância. 
E é visível esse desenvolvimento nas irmãs de Feyre: Nestha e Elain. Principalmente em Nestha. As duas não haviam sido tão exploradas nos dois primeiros livro e admito que tinha um certo ranço da Nestha. Mas neste elas são bem mais exploradas e conseguem muitas vezes roubar o protagonismo de Feyre. 
Afinal, o papel delas e principalmente de Nestha são o tema central do livro para mim. Ambas depois de despedaçadas, violadas, são o começo da reconstrução da família de Feyre há tanto tempo destruída. 




Existem muitas alegorias em torno nas duas, desde de como foram Feitas no livro anterior. Estas alegorias, representações, são uma das coisas que existem de melhor na saga criada por Sarah J. Maas. Pois apesar de ser uma fantasia, ela discorre sobre preconceitos, machismo, violência e tantos outros assuntos que precisam ser sentidos e discutidos pela sociedade. 
     "Não sabia por quanto tempo minhas irmãs e eu tínhamos nos deitado ali juntas, da mesma forma como uma vez dividimos aquela cama entalhada naquele chalé em ruínas. Então...Naquela época, nos chutávamos e revirávamos e lutávamos por um pouco de espaço, algum respiro.       Mas naquela manhã, conforme o sol nascia pelo mundo todo, nós nos seguramos com força. E não soltamos." Página 571
Voltando a conclusão da guerra do rei de Hybern. Somos presenteados com inúmeros momentos de: Meu Deus, o que tá acontecendo aqui? Além de gritar de estéria e felicidade em certas ocasiões. E chorar também. Amados, chorei largada, viu. Meu emocional foi até lá em cima com as últimas páginas, como se alguém tivesse me levando numa montanha russa muito louca. Isso para mim é uma das melhores coisas que uma experiência literária pode causar, te levar aos extremos e se infiltrar na sua pele. 
Apesar de o segundo livro ser o meu preferido, simplesmente não consigo dar uma nota menor que 5 luas depois de ter sido levada nessa trajetória tão maravilhosa. Fazia um tempo que não me tornava tão apegada a vários personagens e me sentia parte de uma família como me senti aqui. Espero reencontrá-los sempre. 

           

                                                                 


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