Autor(a): Kiera Cass 
Editora: Seguinte 
Nº de páginas: 344
Narração: 1ª Pessoa

Sinopse: 

Quando o rei Jameson se declara para a Lady Hollis Brite, ela fica radiante. Afinal, a jovem cresceu no castelo de Keresken, competindo com as outras damas da nobreza pela atenção do rei, e agora finalmente poderá provar seu valor. 
Cheia de ideias e opiniões, logo Hollis percebe que, por mais que os sentimentos de Jameson sejam verdadeiros, estar ao seu lado a transformaria num simples enfeite. Tudo fica ainda mais confuso quando ela conhece Silas, um estrangeiro que parece enxergá-la  e aceitá-la  como realmente é. Só que seguir seu coração significaria decepcionar todos à sua volta...
Hollis está distante de uma encruzilhada  qual caminho levará ao seu final feliz?

O maior erro de um leitor (e provavelmente do ser humano) é criar a danada da expectativa. Eu errei aqui. Desde que vi sobre o lançamento do livro, involuntariamente, acabei criando uma expectativa muito grande, já que sou fã do trabalho da Kiera Cass. Mas pra quê? 
A história nos apresenta o universo de Coroa, mas focado no castelo de Keresken, que é onde conhecemos Lady Hollis, sua amiga Delia Grace e o rei Jameson. O recorte da história começa exatamente quando Hollis está se aproximando de Jameson e todos acreditam que ela se tornará a próxima rainha. Mas como a própria sinopse narra, temos a chegada de Silas, vindo de outro reino com a sua família para pedir abrigo ao rei Jameson. 
Sinceramente, se você esperava um triângulo amoroso (como eu esperava), isso não ocorre. Fica muito claro quem Hollis gosta durante a leitura e qual vai ser a sua escolha. 
"— Acho que serei obrigada a concordar com você. A posse mais valiosa que se pode ter é a garantia de um lugar no coração de alguém. É melhor do que qualquer colar, bem melhor do que quaisquer aposentos." Capítulo 15
Apesar da leitura ser fluída, porque a Kiera tem uma escrita muito boa, o problema da obra se fixa na falta de empatia pelos personagens. Eu pelo menos, não consegui me conectar com nenhum deles e dessa forma, o livro continuava trilhando seu caminho e eu me via apática, não me impactando de verdade com o desenrolar da narrativa. 


Então, quando chegamos no final do livro, onde eu deveria sentir um soco na minha cara por tudo o que havia acontecido ou pelo menos ter ficado nervosa, isso não me ocorreu. Só li e fiquei: "Gente, o que é isso?!", porque até para uma narrativa fictícia, parecia irreal. 
"Eu tinha dito que ele não me deiaria queimada. E ainda acreditava nisso. Se eu acabasse em chamas, seria ppr minha própria culpa."
Talvez realmente o grande trunfo do livro seja ele ter pelo menos me deixado curiosa sobre a ambientação política e o que pode acontecer no próximo volume, já que termina como se fosse o primeiro episódio de uma série, depois de fazer uma breve estruturação do que aconteceu no passado, para que a "treta" realmente comece. Nesse sentido, senti que estava lendo um prelúdio de algo muito maior que viria. 
Enfim, eu realmente queria ter gostado do livro e minha decepção foi exatamente essa. No mesmo período eu estava fazendo uma releitura de A Seleção e a diferença é gritante. Enquanto em um eu suspirava e me via eufórica, no outro eu não sentia nada. 


                                                       
 
                                                                                        



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