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O filme chegou por estes dias à Netflix - não sei exatamente quanto - e caiu no meio popular como diversos outros filmes que vêm sendo lançados pela plataforma. Mas este, em específico, me colocou na palma da mãozinha quando fiquei sabendo que é a adaptação de um livro que compõe uma trilogia. E eu precisava saber um pouco mais sobre. 

Para todos os garotos que já amei

Autora: Jenny Han
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 320
Título original: To all the boys I've loved before

Sinopse: Lara Jean guarda suas cartas de amor em uma caixa azul-petróleo que ganhou da mãe. Não são cartas que ela recebeu de alguém, mas que ela mesma escreveu. Uma para cada garoto que amou - cinco ao todo. São cartas sinceras, sem joguinhos nem fingimentos, repletas de coisas que Lara Jean não diria a ninguém, confissões de seus sentimentos mais profundos.
Até que um dia essas cartas secretas são misteriosamente enviadas aos destinatários, e de uma hora para outra, a vida amorosa de Lara Jean sai do papel e se transforma em algo que ela não pode mais controlar. (via Livraria da Travessa)

O meu objetivo hoje não é falar sobre o filme. Acredito que muitas outras fontes, até melhores, podem ser encontradas sobre. 
Desde que a faculdade começou, eu não tido tanto tempo para ler coisas mais "leves". É artigo científico para cá, livro com léxico mais complexo para lá. Eu decidi que queria alguma válvula de escape. E no meio disso tudo, eu também estava na leitura de "Estive em Dublin e lembrei de você", emprestado pela Isabelle. Mas nada, há muito tempo, não me prendia como esta trilogia. 

Lara Jean Song Covey é uma adolescente comum à primeira vista. Apaixonada por livros, prefere ficar em casa com as irmãs e o pai a ir para uma festa como diversas garotas da sua idade. É a irmã do meio e por terem perdido a mãe muito cedo, as irmãs Song têm um quê de maturidade diferente. Margot, a mais velha, assumiu responsabilidades muito cedo e acabou sendo muito importante para a criação das irmãs. Só que agora ela vai viajar para a Escócia, fazer faculdade, e Lara Jean não sabe ao certo como será daí em diante. Margot sempre foi uma pessoa que deu a ela mais força, mais confiança em si mesma. As suas inseguranças durante o primeiro livro começaram daí. 

"Não são cartas de amor no sentido mais estrito da palavra. Minhas cartas são de quando não quero mais estar apaixonada. São cartas de despedida. Porque, depois que escrevo, aquele amor ardente para de me consumir. Posso tomar o café da manhã sem me preocupar se ele também gosta de banana com cereal; posso cantar músicas românticas sem estar cantando para ele."

Algo em Lara Jean talvez não seja normal para qualquer garota; para cada um dos garotos que já gostou na vida - cinco ao todo -, ela escreveu uma carta como espécie de despedida. Uma forma de deixar para trás aqueles sentimentos que, se trazidos para a vida real, a deixavam com medo. As cartas eram colocadas em envelopes, endereçadas, mas nunca enviadas. Guardadas dentro de uma caixa, esta escondida. Mas para a história acontecer, é claro que estas cartas deveriam parar nas mãos dos destinatários. 

"Se o amor é como uma possessão, talvez minhas cartas sejam meu exorcismo. As cartas me libertam. Ou pelo menos deveriam."

O que vem depois são as consequências destes romances que em grande parte se passaram no mundo das imaginações dela e uma das cartas até resulta em um namoro falso que é, então, o desenrolar da história. 
Lara Jean é muito apegada à família. É de crucial importância ter a aprovação de Margot, a amizade de Kitty (sua irmã mais nova) e o apoio do pai. De certa forma, a relação Margot-Lara Jean me deixou incomodada algumas vezes. Uma coisa é ter um carinho forte pela família, outra é deixar que a controlem ao ponto de a vontade deles valer mais do que a sua própria. E Margot, para mim, sempre teve um forte poder sobre Lara Jean, assim como sempre foi muito consciente disso. É algo que eu não consigo entender tão bem. 

"Irmãs deveriam brigar e fazer as pazes porque são irmãs, e irmãs sempre encontram o caminho de volta uma para a outra."

Dentre os destinatários das cartas, Josh Sanderson é ex-namorado de Margot e antigo melhor amigo de Lara Jean. A sua paixonite por ele durou até o exato ponto em que ela descobriu que Josh havia virado seu cunhado. Mas na confusão da carta, alguns sentimentos foram reacendidos. 
Mas a minha maior paixão deste livro é Peter Kavinsky, o namorado falso de Lara Jean. Tudo começa com o intuito de Peter fazer ciúmes à ex-namorada, Genevieve, e Lara Jean fazer em Josh. Porém, até mesmo isso sai do controle. Peter tem um crescimento ao longo da trilogia inteira que é o suficiente para nos apaixonarmos. E Lara Jean não foi exceção. 

"Por que é tão difícil dizer não para ele? Essa é a sensação de estar apaixonado por alguém?"

É bem possível que eu tenha gostado tanto assim porque me identifiquei com Lara Jean. Não é o tipo de livro que me chamaria pela capa, mas eu não me arrependi de ter dado uma chance. A coisa toda das cartas, da dificuldade com relacionamentos, da sua perspectiva sobre o amor; parece demais comigo. O livro é sobre como uma garota que, a princípio, morria de medo de viver um amor real, se entrega a ele como uma forma de descobrir a si mesma. É a hora do real. De falar sobre e viver coisas reais. Ela até me inspirou a fazer o mesmo, escrevendo as cartas. E é claro que eu fiz o que precisava fazer para nunca cair nas mãos de ninguém, estão seguras. Devorei o livro em dois dias - isso porque precisava ir para a faculdade, fazer trabalho e tudo mais. Realmente fiquei envolvida como sentia saudade de ficar. 
O livro é exatamente para você, que gosta de livro de romance adolescente e quer uma leitura leve e envolvente. Aconselho o filme também, se gosta do gênero. É fofíssimo e foi ainda melhor ter a imagem dos atores ao ler o livro - os personagens não são exatamente descritos fisicamente e eu amei imaginá-los como foram representados no filme. 

"O amor é assustador; ele se transforma; ele murcha. Faz parte do risco. Não quero mais ter medo."





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