Autor(a): Helen Hoang

Editora: Paralela 

Nº de páginas: 280

Narração: 3ª Pessoa


Sinopse: 

Um romance que prova que o amor muitas vezes supera a lógica. Já passou da hora de Stella se casar e constituir família - pelo menos é isso que sua mãe acha. Mas se relacionar com o sexo oposto não é nada fácil para ela: talentosa e bem-sucedida, a econometrista é portadora de Asperger, um transtorno do espectro autista caracterizado por dificuldades nas relações sociais. Se para ela a análise de dados é uma tarefa simples, lidar com os embaraços que uma interação cara a cara pode parecer uma missão impossível. Diante desse impasse, Stella bola um plano bem inusitado: contratar um acompanhante para ensiná-la a ser uma boa namorada. Enfrentando uma pilha cada vez maior de contas, Michael Phan usa seu charme e sua aparência para conseguir um dinheiro extra. O acompanhante de luxo tem uma regra que segue à risca: nada de clientes reincidentes. Mas ele se rende à tentação de quebrá-la quando Stella entra em sua vida com uma proposta nada convencional. Quanto mais tempo passam juntos, mais Michael se encanta com a mente brilhante de Stella. E ela, pela primeira vez, vai se sentir impelida a sair de sua zona de conforto para descobrir a equação do amor. "Fazia tempo que não lia um livro assim, tão completo: é engraçado, triste, comovente e impossível de parar de ler." - Christine Feehan, autora best-seller do New York Times (CONTÉUDO ADULTO)


Antes de falar propriamente sobre o livro em si, queria dizer que já o queria ler por vários motivos: a capa bonita, a sinopse super interessante e as resenhas positivas de amigas minhas. Mas o que realmente me impulsionou a fazer a leitura foi ler primeiro "Perfeito para o papel". Como "Perfeito para o papel" também aborda a Síndrome de Asperger, fiquei muito curiosa de como seria um livro protagonizado por uma pessoa portadora, e ai finalmente fui ler a obra de Helen Hoang. 

Em "Os Números do Amor", conhecemos a história de Stella, uma mulher metódica, que trabalha em uma grande empresa como economestrista e é portadora da Síndrome de Asperger. A questão é que a sua família quer que ela encontre um namorado e comece a própria família, só que Stella tem problemas em se relacionar com o sexo oposto. Para resolver isso, ela contrata Michael Phan para ensiná-la a ser uma boa namorada e conseguir ter relações sexuais (vou ser direta aqui, mona mur). 

"Estava quase funcionando. Sua mente estava enevoada, mas de um jeito bom. Distraía sua atenção da dor de cabeça que sentia, e do fato de que estava completamente fora da rotina, o que em geral a deixaria irritada e frustrada até que as coisas voltassem ao normal." Capítulo 15

Eu tinha boas expectativas sobre esse livro, é daqueles que eu bato o olho e espero dar cinco luas, mas ele conseguiu ser tão bom que é até complicado de explicar. "Os números do amor" possui uma premissa já conhecida de outras histórias, mas com muitos elementos únicos, como o fato do Michael ser de uma família Vietnamita e essa cultura ser marcante durante toda a narrativa. 

Sobre a questão da Stella ter Asperger, é crucial em toda a história, ela não seria ela sem a síndrome, e é doloroso e ao mesmo tempo bonito entender como ela se sente, quais são suas dores, o que a incomoda e como às vezes ela deixa que os outros digam certas coisas e ajam de certas maneiras porque não quer incomodar. Acho que esse não é só um sentimento da Stella. Nós como mulheres, às vezes tão podadas e interrompidas, nos boicotamos e agirmos com medo de incomodarmos o outro. 

Tudo que ela sentiu, dentre seus medos e sua frustação, eu também pude sentir na minha pele. E a partir do momento que ela percebe que estava se apaixonando e como é gostoso se sentir amada, cuidada, essa sensação também invadiu o meu peito. Eles realmente se encontraram um no outro e exalam química por entre as páginas. O desejo que ambos sentem um pelo outro é palpável, assim como o amor, e a forma como ele quebra ela e a faz se sentir diferente, assim como ela com ele. É simplesmente lindo. Sim, me apaixonei por eles completamente, 

'"Estou obcecada por você, Michael", ela confessou. "Não quero só uma noite ou uma semana. Quero você o tempo inteiro. Gosto de você mais do que cálculo algébrico, e olha que matemática é a única coisa capaz de unir o universo. [...]' Capítulo 19

Mas além de ter me apaixonado por essa história e de tudo que ela representa, dando sexualidade, amor, sensualidade, expressões, raiva e tristeza as pessoas que tem Síndrome de Asperger ou algum grau de autismo, eu me apaixonei por Helen Hoang, Os agradecimentos dela foram tão reais e tão significativos que tornou toda aquela história que eu já tinha lido, melhor. Tô emotiva, quero chorar. 

É isso, leiam "Os números do amor" (vocês viram o conteúdo adulto na sinopse. Tá avisado!) e fiquem frustradas comigo por não terem um Michael!  E dona Paralela, a senhora não me faça de besta e publique o segundo livro, viu. Obrigada. 

              

                                                                              




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