Desde que assisti How To Get Away With Murder e tantas outras séries de temática de advocacia, a Netflix me indica Scandal. Então, eu decidi dar uma chance. Confesso que, desta forma, tenho bastante coisa para falar sobre. 

Scandal

A série, que está em sua 5ª temporada, foi criada por Shonda Rhimes, que também produziu Grey's Anatomy e How To Get Away With Murder - o que nos faz querer que a série seja muito, muito boa. A primeira temporada, que conta com 7 episódios, eu devo dizer que não me prendeu 100%. Continuei assistindo e a segunda é, de fato, bem melhor. 

Sinopse

Uma ex-consultora de mídia do Presidente, Olivia Pope (Kerry Washington) dedica sua vida a proteger e defender as imagens públicas da elite americana, resolvendo problemas antes que o mundo saiba que eles já existiram. Depois de deixar a Casa Branca, ela abre sua própria empresa, na esperança de iniciar um novo capítulo - tanto profissionalmente como pessoalmente -, mas ela parece não conseguir cortar completamente laços com seu passado. 
Olivia é a chefe da equipe formada por Harrison Wright (Columbus Short), Quinn Perkins (Katie Lowes), Stephen Finch (Henry Ian Cusick), Abby Whelan (Darby Stanchfield) e Huck (Guilhermo Diaz).
Desse modo, a trama apresenta um grupo disfuncional que tem a função de mediar as crises empresariais e políticas de seus clientes. A Olivia Pope & Associates é uma firma composta por advogados e investigadores chamados para resolver situações que precisam ficar longe da mídia e da curiosidade do público, antes que cause um escândalo.



[Alerta spoiler!] A questão que implica em diversos problemas na série é que durante a campanha eleitoral do presidente, ele e Olivia engataram em um caso amoroso. Isso traz à série um drama que vez ou outra me dá vontade de abandoná-la. Isso também faz com que o próprio presidente seja um canalha milhões de vezes com a própria esposa, justificando que Olivia é o amor de sua vida. Queria encontrar com o personagem e dizer "querido, me poupe!". [Fim do spoiler]
Outra questão que me intriga é que diversas vezes durante a série, Olivia é apresentada como uma mulher forte, segura de si, cheia de segurança e desimpedida, quando, na verdade, chora o tempo todo e sofre por um amor não resolvido. Às vezes, deixa de agir racionalmente para agir com os sentimentos. Eu digo isso porque meu exemplo de mulher poderosa em casos assim seria a grande Annalise Keating (de HTGAWM). Tento não comparar as duas, mas é inevitável, levando em consideração o papel das duas em suas respectivas séries. As duas são símbolos de força, de poder, advogadas com muitos contatos e que sempre acabam tendo que recorrer para o trabalho sujo. Mas ao contrário de Olivia, Annalise passa por cima de tudo e de todos para o seu sucesso. 



De qualquer maneira, a série tem os seus pontos que me prendem à ela. Gosto da trama na Casa Branca, de como até mesmo o político mais limpo possui corrupção por baixo dos panos. E talvez isto represente alguma coisa em relação à minha personalidade, mas eu sempre gosto dos personagens mais esquisitos e misteriosos: o meu favorito de Scandal é o Huck, o que faz o trabalho sujo. É o meu favorito e talvez o único que eu goste de fato, além do Harrison e Stephen, que até tenho um certo afeto. O restante, nem mesmo fazendo 10 coisas boas anulam 1 coisa ruim que tenham feito; todo mundo é sujo nessa série.


"Huck, você tem que parar de matar pessoas.
- Por quê?"

Mas talvez isso seja exatamente uma coisa boa para a história. Não há ninguém perfeito, não tem um bonzinho neste meio. Todos são vilões, mesmo que façam coisas "boas", passam por cima de qualquer um para conseguirem o que querem. E esse "passar por cima" vai de tomar um cargo importante à realização de um assassinato. 
Os fãs vão me odiar, mas eu não tive um "feeling" enorme pela série. São só pequenos aspectos que me fazem continuar assistindo, mas só até aparecer outra que chame um pouquinho minha curiosidade, e eu mudo. Mas uma coisa é certa: a série apresentou um crescimento admirável e a melhora é nítida. Que continue assim!



"Eu quero ser um gladiador em um terno."

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