Autor(a): Jennifer E. Smith
 Editora: Galera 
Número de Páginas: 224
 Narração: 3º Pessoa 
                                                             

Sinopse: 

Com uma certa atmosfera de Um dia, mas voltado para o público jovem adulto, A probabilidade estatística do amor à primeira vista é uma história romântica, capaz de conquistar fãs de todas as idades. Quem imaginaria que quatro minutos poderiam poderiam mudar a vidar de alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto em Nova York, esperando outro outro voo depois de perder o seu, ela conhece Oliver. Um britânico fofo, que se senta ao seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia. 


Já fazia um tempo que tinha uma certa curiosidade sobre esse livro, e agora no meu tempo livre onde queria ler algo leve e não ficar chorando por aí decidi ler-lo. Posso dizer que foi puro engano a parte onde eu disse que não ia chorar. 
"A probabilidade estática do amor à primeira vista" se passa em apenas 24 horas e é muito mais forte do que muitos livros que se passam em anos e se propõem a algo grandioso. O livro é simples e intenso, e acompanha bem os sentimentos dos personagens, desde a sensação de se apaixonar à tristeza de várias formas. O livro se tornou muito pessoal para mim quando começou a transcorrer sobre a relação de Hadley e seu pai, e cada palavra que ela ali transcorria eu conseguia sentir, desde o distanciamento cada vez mais presente do seu pai e como às vezes parecia que a relação de pai e filha não existia mais por causa da mágoa. Acho que todo mundo que teve ou tem problema na família, sabe como é muito doloroso, muito pior do que levar um pé na bunda da sua paixonite da escola, por que é um tipo totalmente diferente de amor e um que parece que nunca vai passar. 

"- Já sabe o que quer? - Se eu já sei o que quero? Hadley pensa sobre a pergunta. Ela quer ir para casa. Quer que seu lar volte a ser o que era. Quer ir para qualquer lugar, menos para o casamento do pai dela. Quer estar em qualquer lugar que não seja esse aeroporto. Quer saber o nome dele. Depois de certo tempo, olha para ele. - Não sei o que quero. - responde. - Ainda estou decidindo."


A relação dela com o Oliver é muito bem construída, apesar de se passar em apenas um dia. Mas é possível ver como os dois conseguem se abrir um com outro de uma forma natural, porém, a tensão entre eles é visível desde o momento que se conheceram. Os diálogos são engraçadinhos e dizem muito sobre as personagens. 
O livro em si fala muito sobre se apaixonar, seja na relação dela com Oliver, do pai dela com Charlotte - a nova madrasta -, a de sua mãe com um novo amor, e como a nossa trajetória nos transforma. Falar sobre sentimentos é muito difícil e mais difícil ainda é conseguir transmitir-los e consegui sentir tudo isso em uma estória aparentemente despretensiosa. Mas não dizem que as coisas mais simples são as mais importantes? 
Não quero dar maiores spoilers e espero que se permitam ler este livro e fiquem tão felizes quanto eu depois de ler algo tão bem escrito e singelo. Afinal, as coisas podem mudar muito em apenas 24 horas, inclusive nós. 

"Ela fica sem saber o que saber com tanta alegria no olhar dele, com seu sorriso profundo. Ela congela, fica dilacerada. Parece que estão torcendo seu coração como se fosse uma toalha molhada. Sua vontade é ir embora para casa."

                

                                                                           



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