(Reprodução: Blog Adormecidas)
Autor(a): Jill Santopolo
Editora: Arqueiro
N° de páginas: 272
Narração: 1ª pessoa

Sinopse: 

Da lista de mais vendidos do The New York Times, USA Today e Publishers Weekly. "Fãs de Um dia e Como eu era antes de você vão se apaixonar e chorar por este livro." - New York Post. "Jill Santopolo explora muito bem os temas da paixão, do destino e do que verdadeiramente faz uma boa pessoa. Uma história bela e devastadora, que vai cativar os leitores." - Kirkus Reviews.
A luz que perdemos é um romance impactante sobre o poder do primeiro amor. Uma ode comovente aos sacrifícios que fazemos em nome dos sonhos e uma reflexão sobre os extremos que perseguimos em nome do amor. Lucy e Gabe se conhecem na faculdade na manhã de 11 de setembro de 2001. No mesmo instante, dois aviões colidem com as Torres Gêmeas. Ao ver as chamas arderem em Nova York, eles decidem querer fazer algo de importante com suas vidas, algo que promova uma diferença no mundo. Quando se veem de novo, um ano depois, parece um encontro predestinado. Só que Gabe é enviado ao Oriente Médio como fotojornalista e Lucy decide investir em sua carreira em Nova York. Nos treze anos que se seguem, o caminho dos dois se cruza e se afasta muitas vezes, numa odisseia de sonhos, desejo, ciúme, traição e, acima de tudo, amor. Lucy começa um relacionamento com o lindo e confiável Darren, enquanto Gabe viaja o mundo. Mesmo separados pela distância, eles jamais deixam o coração um do outro. Ao longo dessa jornada emocional, Lucy começa a se fazer perguntas fundamentais sobre o destino e livre-arbítrio: será que foi o destino que os uniu? E, agora, é por escolha própria que eles estão separados?


Sinceramente, tenho que dizer adiei esse livro por um bom tempo, pois simplesmente sentia que ele destruiria um pouco do meu emocional. Então fugi e me rendi a outras leituras, porém, chegou o dia  que cai em suas graças e foi uma leitura espetacular, e claro, o meu emocional foi destroçado. 
Assim como é dito na sinopse, acompanhamos a história de Lucy e Gabe durante 13 anos, desde o dia que eles se conhecem, no 11 de setembro. É engraçado como sempre lembramos muito bem do momento de nossas vidas em eventos  impactantes. Por exemplo, uma pessoa provavelmente nem vai lembrar do que estava comendo no café da manhã no dia anterior, mas com certeza irá lembrar do que estava fazendo no dia da queda das Torres Gêmeas. Desse modo, Gabe e Lucy estão nus e crus um para o outro, montando uma história intensa desde o dia que se conheceram. 
É lógico que eles não viveram felizes para sempre desde esse dia, ao contrário, eles demoraram um tempo a se rever, mas quando se reencontraram tudo é intenso e a flor da pele. Eles falam demais, riem, fazem sexo, e entre outras coisas com a mesma intensidade. A relação dos dois tem uma certa dependência, o que de fato não é bom e Lucy percebe isso muito bem. 
Um ponto que eu acho lindo no Gabe é porque ele é apaixonado pela Lucy e automaticamente por tudo que ela faz, conversando e botando os sonhos dela no patamar nos quais eles devem realmente está, mesmo que outras pessoas pudessem tratar a produção de desenhos infantis como uma piada. Do mesmo modo, ela o apoia em seu desejo pela fotografia e por dá um real significado a vida, mesmo sabendo que isso irá o tirar de sua vida. 
"Parecia que o mundo tinha se fragmentado. Era como se tivéssemos atravessando um espelho estilhaçado e penetrado num espaço despedaçado atrás dele, onde nada fazia sentindo. Como se nossos escudos tivessem caído por terra e nossas muralhas estivessem destruídas. Naquele lugar, não havia por que dizer não." Capítulo 2
Então ele vai embora, atrás de se descobrir de fato, tirando fotos e mostrando ao mundo o terror da guerra. E Lucy fica, pois apesar de amá-lo demais e até querer acompanha-lo em certo ponto, ela continua a ter uma vida e tem que seguir com ela. 
O tempo passa, Lucy finalmente se entrega a outro alguém, se rendendo a calmaria de Darren e um tipo de amor totalmente diferente do que teve com Gabe. Darren é uma importante parte desse livro e em certo ponto parece que temos mais contato com ele do que temos com Gabe, visto que a história é contada de Lucy para outra pessoa. Darren é um cara legal, bonito e trás conforto, além de ser engraçado e querer definitivamente construir algo com Lucy, e é triste e bem sutil como a autora botou pontos de um machismo estrutural nele, como o fato dele não dá tanto valor ao trabalho de Lucy e outras coisas. 
Nesse meio tempo encontramos Gabe novamente, e dói no peito saber que ele encontrou todo o sucesso profissional e quem ele era como artista, mas continuava terrivelmente só, sendo Lucy o seu apoio principal mesmo quando se veem tão distantes. Apesar de todo essa trajetória, é muito claro que Lucy e Gabe são os amores da vida um do outro e que esse livro foi uma grande carta de amor dela para ele. 
Para finalizar, quero dizer que estou quase novamente em lágrimas escrevendo essa simples resenha, pelo fato da Jill ter escrito com tanta delicadeza a história dos dois e ter transformado personagens fictícios em reais, os dando sofrimentos, momentos bonitos, qualidades e defeitos. 
"- Era - respondi, enfiando a cabeça sob seu rosto. - Ela trabalhava na promotoria de Manhattan antes de eu e Jason nascermos, mas quando ela teve o Jay, largou o trabalho. Durante o resto da vida, passou a ser definida por suas relações com os outros: a mulher de Don, ou a mãe de Jason e Lucy. Isso acontece com muitas mulheres. Não quero que aconteça comigo" 

                

Nota: Esse livro de fato é sensacional e espero não ter dado spoilers ou pelo menos muitos spoilers. Voltamos na ativa no instagram do blog, é @blogadormecidas, segue lá. Beijos e tchau.


                                           

Deixe um comentário