Autor(a): Bárbara Sotello
Editora: Clube P.S.:
N° de páginas: 176
Narração: 3° Pessoa

Sinopse:

Verônica sempre esteve acompanhada por vitórias quando o desafio entre as crianças do bairro era a corrida. Filha de mãe viúva, foi assim que encontrou um modo de ajudar em casa desde cedo. Descoberta pela melhor equipe de atletismo do país, o que começou como uma brincadeira se tornou seu maior sonho - talvez junto com o inalcançável Guiga, amigo de infância dos irmãos e estrela em ascensão do futebol, por quem ainda tem uma queda. Agora, depois de conquistar a medalha de ouro na maratona feminina dos Jogos Pan-Americanos em Lima, seu foco está em Tóquio. Ela quer uma vaga para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos, mas um passo em falso pode fazê-la correr para trás. Culpa a si mesmo, que não deveria estar pensando em um cara enquanto o evento mais importante de sua vida se aproxima. No entanto, a mesma pessoa que a derrubou também pode ser a única capaz de ajudá-la a voar outra vez.


E cá estamos nós com uma nova resenha! Dessa vez cheguei muito rápido e já estou aqui para falar sobre o primeiro livro da série Deusas, de 2019, do Clube P.S.:. Caso você que está do outro lado da tela, nunca tenha ouvido falar do clube, vou dar uma rápida explicação: o "Clube P.S.:" é um clube de assinatura literária completamente nacional, que leva para seus assinantes um time de autoras da internet, com histórias novas, mimos exclusivos e uma experiência personalizada de leitura. Se quiser saber mais sobre o clube é só acessar o site: P.S.:
Agora que já está tudo explicado, vamos começar a falar! Primeiro que o kit que eu recebi é uma lindeza, feito com muito primor. Eu, como boa amante de papelaria, fiquei louca pelo meu "Diva Journal", mesmo que não tenha tantas coisas legais para pôr nele. Amei a medalinha, na qual é muito perceptível o trabalho que as menins tiveram para produzir. Além de marcadores lindos e uma carta com um design de dá inveja. Mas fora a todos esses "mimos" (blogueira mesmo viu), o livro é maravilhoso.  




Primeiro que não é a primeira história que eu li da Bárbara, já conheço ela da época dos meus surtos na internet lendo Bola de Ouro e tantos outros contos que ela escreveu a cerca do mundo do futebol. Eu virei a própria Maria-chuteira sabe. Na história da Nica, ainda temos a presença muito forte do mundo futebol caracterizado na personagem do Guiga, mas o principal de tudo é a maratona, visto que Nica é uma grande maratonista. 
A deusa que "abençoa" essa obra é a Nice, e fez muito sentindo para mim ao longo das páginas e das falas das personagens. Além disso, Verônica é uma mulher negra, com cabelos cacheados e que ainda está apreendendo a se amar. Bem no comecinho ela começa a abandonar a chapinha e ter mais autoconfiança com seus cachos, e ainda tem ótimas dicas para dar aquela finalizada e definir bem o cabelo. Toda essa representatividade é muito importante, pois é muito raro ver personagens negras e principais, tomarem frente a uma obra.
A obra é toda baseada em um ritmo esportivo, seja nas provas longas que Nica percorre ou nos noventa minutos que Guilherme passa dentro das quatro linhas. Todo esse clima, passa o ambiente de competição e força que os atletas tem, além de ser super legal poder saber um pouco sobre os bastidores disso e entender o tamanho da dimensão do preparo físico e da quantidade de trabalho que esses atletas têm que realizar.

"— Algumas — ele respondeu, fazendo uma careta engraçada —, mas não bebi o suficiente para esquecer a vontade louca que tenho de te beijar todo dia."Pág 154
No meio disso tudo, é claro que resiste um romance. E que romance! Nica e Guilherme se conhecem desde a infância mas nunca tiveram uma aproximação muito forte, até que depois de um churrasco na casa de Nica em comemoração a sua medalha de ouro, eles começam a se envolver. E tudo foi muito gradativo, não foi aquela coisa: olhei, beijei, transei. A relação dos dois foi acontecendo naturalmente (assim como os problemas) e foi uma delícia de ver! Por que além de Nica ser uma mulher maravilhosa e inspiradora, Guiga é um cara super legal, com um ótimo senso de humor, jogador de primeira linha, além de ser um gato gostoso (Chupa Neymar!)
Claro que durante todas as páginas, obstáculos aparecem, assim como em uma maratona surge o cansaço físico e para um atacante sempre vai ter aquele zagueiro chato. Nesse caso, essas personificações não são de fora e sim de dentro da família de cada um, pra gente ver que às vezes quem quer nos botar para baixo e fazer o mal pode está mais perto do que a gente imagina.
Para finalizar, quero dizer que ontem quando acabei o livro, senti aquele quentinho no coração tão específico de quando a gente fica tão feliz por uma história. P.S.: Viva o Guiga por ser um personagem sem masculinidade tóxica, precisamos de mais personagens masculinos assim.
"Nica achava que, apesar de todas as analogias entre a maratona e a vida serem clichês, faziam todo sentido. As duas exigem garra para serem percorridas e muita força para terem seus obstáculos superados. A grande diferença era que todos sabem o rumo que estão tomando em uma maratona; na vida, nem sempre." Pág 169


             

                           
                               



                                                          

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