(imagem retirada do Google. Na ausência do livro... É isso. Sinto muito.)

Livro: Minha vida fora de série
Autora: Paula Pimenta
Editora: Gutemberg
Narração: 1ª pessoa
Sinopse: Mudar de cidade sempre é difícil, mas fazer isso na adolescência é algo que deveria ser proibido. Como começar de novo em um lugar onde todos já se conhecem, onde os grupos já estão formados, onde ninguém sabe quem você é? A princípio, Priscila não gosta da ideia, mas aos poucos percebe que pode usar isso a seu favor, tendo a chance de ser alguém diferente. Mas será que o papel escolhido é aquele que ela realmente quer representar? Aos poucos, Priscila percebe que o que importa não é o lugar e sim as pessoas que vivem nele. E que, além da nova cidade, há algo mais importante a se conhecer: ela mesma. (...)
Encontro-me numa fase "menininha" da minha vida, e eu precisava, mais: eu necessitava ler algo como este livro. Meu interesse em conhecer um pouco mais de Paula Pimenta existe desde que alguma amigas leram e se apaixonaram perdidamente por Fazendo meu filme, que fizera bastante sucesso. Resumidamente, FMF conta a história de Estefânia (cujo nome é odiado pela dona, que prefere ser chamada de Fani), apaixonada por filmes e pelo seu professor de Biologia. Já Minha vida fora de série conta a história de uma das amigas de Fani, Priscila, desde o comecinho dela em BH.
Enquanto Fani é completamente apaixonada, viciada, apegada à filmes, Priscila ama mesmo seriados. Eles foram grandes válvulas de escape quando, ao separar-se de seu pai, sua mãe e ela se mudam de São Paulo para Belo Horizonte, onde a família materna mora. Das semelhanças que vejo entre elas, às vezes me deixa bastante indignada a forma como elas são mimadas, mas isso não vem ao caso agora.
Ela vive crises adolescentes mesmo que tenha acabado de completar seus 13 anos. Sai com as amigas, vai à festas, apaixona-se por pessoas sem nem mesmo conhecê-la... E que, mais tarde, lhe trará grandes problemas. Mas o que me encantou de verdade na história fora a forma com que a Paula trata de assuntos complicados para a fase de uma forma tão fácil de explicativa. Depois que se começa a ler, é quase impossível conseguir parar.
Mas, voltando à história, ao voltar às aulas, Priscila se depara com um garoto. Não, não um simples garoto. Acho que se eu pudesse eu materializava um daquele jeitinho mesmo para mim! Não vou ficar comentando sobre minha paixão incondicional pelo Rodrigo, menino que mexe com o coração de Priscila de uma forma única, por mais que outros digam que ele não é o certo, que ele é isso e aquilo, que ela não deve se aproximar. Menino que escreve poesia e que reserva sua vida para coisas úteis como participar efetivamente de uma organização não governamental para cuidar de animais maltratados: <3
Ela tem

Ela tem estrelas nos olhos
E a lua crescente no sorriso
Se eu fosse astronauta no seu céu
Eu iria ao paraíso

Ela tem o sol nos cabelos
E um caleidoscópio no rosto
O vermelho da sua boca
Eu quero tanto saber o gosto

Ela tem um jeito de fada
E um porte de princesa
Mas quando passa não enxerga
Que me deixa sem defesa

Ela tem sonhos secretos
E um corpo que vicia
Me tira o juízo e o sono
Me maltrata, me angustia

Ela tem tudo a seus pés
E consegue seja o que for
Eu não tenho mais que o desejo
De um dia ser seu amor.

Me diz se não é para se apaixonar? Me diz se não dá para sentir a mais profunda sensibilidade e carinho que este menino tem por ela? É fantástico como os livros da Paula são daqueles que você só consegue largar quando leu a última página. 
Com esse, não foi diferente. Eu ri, chorei, gritei, fiquei com muita raiva da Priscila e quis jogar o livro na parede, ao mesmo tempo que não conseguia nem viver direito até conseguir terminar. De acordo com que o tempo vai passando, você vai percebendo como os personagens vão mudando, a forma com que eles vão se adaptando ao que são impostos, vão aprendendo mais e mais sobre a vida. Em 408 páginas eu pude li uma temporada intensa, cheia de mudanças drásticas e conflitos que pareciam não ter fim, mas que deixa no final aquele gostinho de: não vejo a hora para os próximos episódios.
Minha vida fora de série une exatamente aquilo que mexe com meu coração de forma a me deixar repleta de lágrimas: músicas, poesia e amor. Muito amor. Além de, é claro, identificar-me muito bem com as confusões da vida de Priscila e todas as inclinações a atos totalmente sem noção, como eu. Só não bato tanto com ela porque, no caso filmes vs. seriados, eu sou mais parecida com a Fani, mas de resto... Conflitos, problemas, gostos e paixões muito parecidas. E agora, compartilhamos também de um amor absoluto pelo Rodrigo. Não tem como não amar.


Dou 4 luinhas porque, veja, não se deve esperar por uma literatura clássica, com um vocabulário vasto e complicado de se compreender; mas, sim, de capítulos grandes com fáceis compreensões, facilidade em se apegar ao livro e só conseguir largar ao chegar no fim. Não vejo a hora de ter em mãos a 2ª temporada! E, logo que a tiver, venho até vós com uma resenha cheia de amor ao cubo pelo Rodrigo e desavenças com Priscila... É assim que funciona minha relação com os personagens de livros. 
Logo, logo, Paula Pimenta estará rodando pelo Brasil inteiro com o lançamento da terceira temporada. Tenho que correr para estar em dia com a leitura e ir ao lançamento, que com certeza farei post sobre. Até a próxima!




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