Desde que me separei de Isabelle quando atravessamos o Vale de Usib, estou explorando um dos mais inusitados lugares fantásticos em que já estive. Quando fui enviada para esta jornada, a anciã me informou que eu encontraria todo tipo de magia e criatura, além de tecnologias não catalogadas, e teria de fazer o máximo possível para me disfarçar.

Estou acompanhando a passos cuidadosos a missão de Irene, uma Bibliotecária em busca do manuscrito original dos Irmãos Grimm, volume 1 de 1812, no momento localizado em Londres, paralelo B-395. É um livro importantíssimo para a Biblioteca - um lugar com passagem para vários mundos, alternativos com muitas peculiaridades entre si. A missão a levou para um alternativo infestado pelo Caos, onde a Bibliotecária não só pode, como deve desconfiar de tudo e de todos - não há ninguém essencialmente "do bem". 

"Um alto nível de Caos significava que eles podiam esperar encontrar seres feéricos, criaturas do Caos e da magia, capazes de tomar forma e provocar desordem em um mundo tão corrompido. E isso nunca era uma coisa boa. [...] O Caos fazia os mundos agirem de forma irracional." (Capítulo 2)

Neste local, em quarentena devido ao Caos, pode-se esperar todo tipo de manifestação mágica. Até agora, nos deparamos com vampiros, feéricos, outros Bibliotecários problemáticos e houveram uma ou outra menções a lobisomens e feiticeiros, além de dragões e as grandes incertezas sobre os seus reais poderes.

Os Bibliotecários detém um poder que nenhuma outra criatura sequer tem conhecimento - a Linguagem. Até agora, mal pude entender como ela funciona, mas é um poder que exige muita precisão e bastante cuidado com as palavras. 

Desde o primeiro capítulo estamos vivendo grandes aventuras e estou farejando um romance nascendo entre Irene e seu aprendiz, Kai. No entanto, embora encontre muitos detalhes sobre os locais, as aventuras e até mesmo as aparências dos envolvidos, não sei se posso dizer que já conheço Irene tanto assim. Já presenciei grandes reviravoltas e ainda tenho metade do caminho pela frente. Que a anciã Rogéria esteja conosco! 


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