50% de A farsa de Guinevere

Deixar Caraval para trás e encarar uma aventura em tempos tão sombrios e confusos quanto o período medieval, diretamente em Camelot, no auge da Era Arthuriana, está sendo definitivamente surpreendente. Mas, de forma inesperada, estou amando a minha perigosa e misteriosa aventura.
Os boatos são verdadeiros: o Rei Arthur é um homem virtuoso, forte, corajoso e bom. Essencialmente bom, mesmo que seu passado e suas origens sejam marcados pela dor. Vim parar em uma Camelot cuja magia fora banida, assim como o grande e confuso Merlin, mas não necessariamente o seu Rei está protegido dela. Por causa disso, estou acompanhando Guinevere, uma jovem bruxa enviada por Merlin, a primeira rainha de Camelot. Mesmo honrada, Guinevere esconde segredos e possui um único objetivo: proteger seu rei. No entanto, estou sentindo que não se concentrará apenas nisso. Pode surgir um amor entre os dois.

"O medo que sentia era como a água - ensurdecedora, desenfreada, que recobria tudo -, mas a força dele era como as rochas: firmes e imóveis." (Capítulo 2)

Estou imersa no clima medieval que há tempos não visitava - há muito mais na magia moderna para explorar -, mas nada me tira do foco e da ansiedade de descobrir de onde virá e do que se trata exatamente o perigo que Guinevere - e, com muito mais clareza, Merlin - enxergam no horizonte.  Com a magia dos nós e o suporte das mulheres ao seu redor, consigo ver Guinevere conseguindo cumprir o seu papel e tornando-se a rainha que Camelot e o Rei Arthur querem e precisam. 

Acreditar nela, contudo, não me faz confiar totalmente em Merlin. Por mais que Arthur, em segredo de seus súditos, saiba a verdade sobre Guinevere, tem algo que o grande bruxo não revelou que pode pôr em apuros a nossa jovem rainha. Estou aqui para relatar todos os perigos que a magia descuidada pode oferecer a Camelot e, quando for preciso, ajudar Guinevere. Mesmo confusa, acredito que posso confiar cegamente nela - vejo que ela abdicaria de tudo pela sua vocação e isso é louvável.

"Queria entregar seu nome para Arthur. Queria entregar tudo para ele. E isso a apavorava." (Capítulo 13)


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