De palavras vazias, escrevi um poema. Dele, transformei meus sentimentos em palavras. Depois, reli, e li uma coisa que eu jamais esperaria: Um amontoado de coisas bagunçadas. Sem sentido e todas baseadas numa única utopia, que me levam ao seguinte pensamento: Não adianta nada correr atrás agora. Não existe nada pior do que o já conhecido "tarde demais". E eu sou um poço de coisas mal terminadas. Cheia de defeitos, extinta de virtudes. Encontrada atualmente numa situação da vida que só sei reclamar de tudo. Do frio que congela meus pés; do calor que faz escorrer suor pela testa; da falta de alguém nas noites de sábado; dos filmes de comédia-sem-graça-nacionais; do café que está mais amargo do que nunca. Não sei parar de reclamar. E aquilo que eu sentia, aquilo tão... Recíproco; hoje sinto falta. O que, hipoteticamente, nunca aconteceria, aconteceu. Hoje, também evito usar a palavra 'nunca'. Se me referir a um futuro duvidoso, eu vou hesitar ao pensar em usá-la. 
        Afinal, eu cansei de tentar decifrar meu futuro. Sou incapaz de fazer planos, e quando os faço, não tenho força ou coragem suficiente para realizá-los. É quase um sonho impossível. E eles vão entrando na minha lista de utopias, esta que já está com lotação máxima. Também não temo a vida. Usualmente, procuro me proteger de algumas emboscadas, mas subitamente acabei cansando, desistindo. Desafio coisas que antes eu fecharia os olhos para que tal acontecesse. Estou sendo ameaçada pelo relógio. E nada disso me torna melhor ou pior do que ninguém. Desejo apenas aquele silêncio das madrugadas calmas e cheias de pensamentos soltos. Sonhar com algo e ter, até, utopias. Querendo ou não, uma hora, eu terei de dar um primeiro passo. Quando for o momento, creio eu, que saberei. E, de palavras vazias, escrevi um poema. Dele, resolvi dar um novo rumo á minha vida. Dele, eu hei de ser outra pessoa. 

Nota: Olá, queridos. Como estão? - Esse texto foi só um fruto de um momento 'estranho' meu, o qual, me fez pensar que meus textos são muito repetitivos. Sempre falam de um amor não correspondido (risos de vergonha) e da dor que sinto. Então, decidi mostrar pra vocês o meu lado cruel, meu lado ruim e chato. Procurei falar de uma forma fria, e acho que consegui, mesmo que pouco. E eu me apaixonei pelo título, modéstia parte. Gostaram? xoxo,


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