Me perguntaram o que eu era. 
Eu digo: Sou flor.
Sou flor, que se acorda,
Aos poucos, preguiçosamente,
Risonha.

Sou flor, que a noite,
Se recolhe, removendo suas pétalas,
Suas forças.
Sou flor, falsamente frágil,
Falsamente bela, falsamente feliz.


Sou flor, que de tamanha beleza,
Se faz triste, tornando-se melancólica,
Sou flor.
Me despedaço, aos poucos,
Remoendo ao fim.

Sou flor, e hei de me adorar.
Entre as flores.
Descobrindo que nada é, eterno.
Que nada é belo.

Hei de ser flor.
Tornando o belo, em apenas ''ser''.

                                                                          

Deixe um comentário